🦋𝐁𝐔𝐓𝐓𝐄𝐑𝐅𝐋𝐈𝐄𝐒🦋 ~ 𝓓𝓻𝓪𝓬𝓸 𝓜𝓪𝓵𝓯𝓸𝔂

Perdoe-me

Draco:

Comecei a caminhar desesperadamente pelos corredores da Comunal à procura de Sarah. Eu realmente não sabia se ela está compartilhando algum dormitório com alguma amiga ou se ela tinha arrumado seu próprio quarto.

Deixei a Comunal e pelas masmorras, procurei Snape. Eu gostaria de perguntar a ele se este sabia alguma coisa sobre Sarah.

Cheguei perto da sala do professor, localizada e reconhecível pelas paredes sombreadas e pelo ambiente repleto de objetos.

— Professor? — Bati três vezes na porta esperando uma resposta.

— Entre. — Ele disse assim que girei a maçaneta. O professor nem mesmo tirou os olhos dos papéis que estava analisando.

— Bem, se você estiver ocupado, posso voltar em outro horário.

— Diga o que você precisa.

— Sim... bem, eu queria saber se você sabe onde Sarah está.

— Sarah? Eu não a vi hoje. Ela não estava presente nas aulas? — Ele perguntou enquanto segurava uma pena entre os dedos.

— Ela não foi às aulas hoje, mas...

— Como? Ela faltou às aulas? Por quê?

— Não sei! Se eu soubesse, não estaria perguntando a você. — Eu digo ficando com raiva da posição do professor.

— O que disse? — Ele perguntou depois de se levantar de sua cadeira.

— Não. Nada, professor.

— Vou procurá-la! Agora vá almoçar no Salão Principal. — Ele diz em tom curto e claro para mim.

— Sim, senhor. — Saio rapidamente, fazendo uma careta de desaprovação pelo que fiz. Eu não deveria ter colocado o pai dela nesta situação.

Burro, eu sou muito burro.

Deixei o escritório do professor e caminhei em direção ao Salão Principal para almoçar.

Sarah:

Eu estava tentando me distrair de todas as formas, podia parecer bobagem para alguém, mas ser magoada e depois humilhada por uma pessoa que você se importava, era muito mais doloroso do que levar vários tapas na cara.

Confesso que ainda sentia algo por Draco, não sabia se amor ou ódio... porém, o jeito que ele andava, falava e até mesmo como resmungava, me deixava nas nuvens.

Porém, nunca me esqueceria de como ele apenas se divertiu com meus sentimentos. Eu nunca mais queria vê-lo de novamente, nunca.

— Sarah? — Eu ouço a voz do meu pai me fazendo sair de meus pensamentos.

— Pai?!

— Abra a porta! Nós precisamos conversa. — Ele diz soando sério.

Eu me levantei da cama, destranquei  a porta e girei a maçaneta. — Oi pai. — Digo sem coragem e sem olhá-lo nos olhos.

— O que aconteceu, filha? Por que estava chorando? — Ele pergunta colocando as mãos nos meus ombros.

—Pai, eu... como descobriu que eu estava aqui?

— Não mude de assunto! Alguém te fez alguma coisa? Você faltou às aulas hoje. 

— Não pai, eu apenas não estou me sentindo muito bem hoje, só isso.

— Eu realmente vou precisar descobrir a verdade lendo sua mente?

— Pai, por favor, me dê privacidade. Me deixe sozinha, não quero conversar. — Falo tentando conter as lágrimas.