Jantar

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Oi, galera. Como estão?

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 - Hoje teremos companhia no jantar. - falei para as princesas que me esperavam. Somente Emma não estava ali, já que naquela noite teria aula por ter faltado pela manhã. Tinha um pressentimento em meu subconsciente, mas preferi não exteriorizar aquilo, podia não ser nada.

- Martha nos acompanhará? - Marina perguntou levemente espantada, afinal não era sempre que estranhos tinham a chance de dividir um momento assim conosco.

- Sim, hoje e nos próximos dias. - as outras não falaram nada, já estavam por dentro do que tinha ocorrido.

Entramos na sala de jantar e Martha já nos esperava. Nos olhava com certo receio, na verdade não sabia como agir.

- Boa noite, Martha. Ficamos felizes que aceitou meu convite para nos acompanhar no jantar nesses dias que ficará aqui. - falei formalmente.

- Não recusaria um convite vindo da senhora, Majestade. - disse no mesmo tom.

Sua expressão não conseguia disfarçar sua surpresa, já que não costumávamos ser formais nem nas vestimentas e tampouco no modo de agir, quando estávamos em casa. Os empregados trouxeram os pratos e começamos a saboreá-los tranquilamente.

- Faz quanto tempo que você trabalha na Empresa Real, Martha? - perguntou Aisha, tentando incluí-la na conversa – Posso te chamar assim?

- Claro, senhorita Lacost. - respondeu – Trabalho já tem vinte e cinco anos, desde a época do Rei Victor.

- Pode me chamar de Aisha, sem formalidades na nossa casa. - a morena falou simpática, tirando um pequeno sorriso da "convidada".

O assunto prosseguiu e logo Martha conversava com todas ali. Ela não era uma pessoa desagradável, muito pelo contrário, era simpática e facilmente se entrosava. Com certeza não seria aquele pequeno deslize que cometera naquele dia que iria fazer com que eu confiasse menos na competência e lealdade dela.

Todas seguiam conversando, enquanto Melissa e eu éramos as mais quietas, e isso me preocupava, já que minha loira era muito sensitiva. Marina de tanto em tanto nos observava, justamente estranhando aquele nosso silêncio.

- Vocês estão bem? - perguntou preocupada.

- Estou preocupada com Emma. - Melissa falou e isso me deixou ainda mais alerta. Mal terminou de falar e seu telefone tocou, atendendo em um salto – Laura? O que houve com Emma?

Melissa perguntou e todas focaram sua atenção nela, igualmente preocupadas. Os corações acelerados. Laura era a irmã gêmea de Melissa e desde que seu talento para armas e artes marciais havia sido descoberto, havia se tornado braço direito de John e segurança pessoal de minhas companheiras. Atualmente ela cursava a universidade juntamente com Emma, trabalhava disfarçada como colega de aula para não levantar suspeitas.

Melissa escutou atentamente o que a irmã dizia, suas feições foram de preocupadas para raiva, e isso me deixou alerta. Pedi que ela me desse o telefone e falei diretamente com Laura. Da mesma forma que Melissa, minhas reações foram mudando conforme ouvia o que ela dizia.

- Estou indo para aí. - falei exacerbada.

- Não precisa, Majestade. Patrick e Lucas me ajudaram a conter a situação e estamos levando o filho da mãe para falar diretamente com a senhora. - apesar de ser minha cunhada, ela sempre mantinha a formalidade quando estava com outros colegas, para não alegarem favoritismo em sua posição.

- O que houve com Emma? - July perguntou visivelmente preocupada.

Martha observava a toda aquela situação em silêncio. Ela mesma preocupada com Emma, pois apesar da situação ocorrida, apreciava ela como pessoa. Também estava meio perdida naquele momento, pois jamais imaginou que vivenciaria um momento tão íntimo da vida de sua Rainha. Sabia que a situação que a levou ali não era das melhores, mas também tinha certeza que sua Majestade a perdoaria, senão não a convidaria para dividir a mesa de refeição durante sua estadia na mansão real.

- Um dos professores tentou agarrá-la a força depois da aula. - falei com raiva – Laura estava sondando as atitudes dele fazia algum tempo e já tinha me comunicado. Mas nunca havia passado de alguns flertes e insinuações. Hoje o desgraçado deixou que todos saíssem e pediu para que ela ficasse, alegando que precisava corrigir uns pontos do artigo que ela havia entregue. - meu sangue fervia conforme falava e não consegui terminar.

Quinze minutos depois Laura entrou com Emma abraçada a ela. Praticamente corremos em sua direção. A abracei com força, transmitindo segurança. Nossas companheiras estavam em nossa volta, fazendo um círculo protetor.

- Você está bem? - perguntei preocupada, olhando seu rosto com atenção.

- Sim. Sim. Foi só o susto mesmo. - falou, dando um fraco sorriso – Ele tentou me beijar a força e quando eu reagi ele me deu um tapa. Isso só aconteceu porque me pegou desprevenida. Com certeza eu conseguiria dominar a situação. - justificou.

- Ele não fez mais nada? - Christin perguntou preocupada, também analisando-a.

- Não, Laura entrou na mesma hora com os outros dois seguranças e o conteve. Com certeza ele não estava em seu estado normal. Acredito que estivesse sob efeito de alguma droga. - explicou.

- Também acho. - Laura finalmente falou – August está com as pupilas extremamente dilatadas. E apesar de ser bastante inconveniente, nunca o vi agir assim.

- Daqui a pouco vou falar com ele. - disse – Preciso me acalmar para não matá-lo ali mesmo. Ninguém mexe com minhas companheiras. - rosnei furiosa.

- Calma, Vicky. Não deixe a emoção tomar sua razão. - Laura falou apaziguadora, com medo que eu perdesse o controle de vez.

- A Laura tem razão, amor. Não vá fazer nada que vá se arrepender. - Melissa também apaziguou.

A loira abraçou sua irmã em agradecimento. Apesar de serem gêmeas as duas eram bem diferentes. Ao contrário de Melissa, Laura era morena, mas tinha os mesmos olhos azuis. Também tinha os traços delicados, mas não se assemelhavam em praticamente nada.

- Obrigada por proteger nossa baby girl, Laur. - agradeceu à irmã.

- Apesar de ser meu trabalho, jamais deixaria que algo acontecesse a uma de minhas cunhadas. - declarou – Porque você não podia ter me dado apenas uma, tinham que ser logo sete. - debochou e bateu com o ombro no de Melissa, falando em descontração – Mulherenga.

Melissa arregalou os olhos em indignação e cruzou os braços, emburrada com a irmã. Às vezes pareciam crianças. Todas riram da birra das duas, esquecendo da tensão por um instante, inclusive Martha, que havia sido esquecida por nós, diante de toda aquela situação.

- Oh, Martha. Nos desculpe ter que presenciar toda essa situação. - falei.

Martha iria me responder quando Laura se virou para olhá-la, não havia se dado conta da presença da estranha ali. Seus olhares se cruzaram e as duas ficaram mudas. Olhos arregalados. Boca entreaberta. Coração acelerado.

- Parece que seus dias de mulherenga acabaram, irmãzinha. - debochou Melissa, feliz por ver que sua irmã havia acabado de se conectar à bela mulher ali presente.

HarémOnde histórias criam vida. Descubra agora