Harém

Boate - Aisha

 O resto dos dias passou de forma lenta, alguns tratados pareciam se complicar. O reino vizinho vinha trabalhando com afinco para denegrir a imagem da rainha Vicktória diante dos outros reinos, mas por enquanto ela estava conseguindo reverter a situação. Esperava que, com a chegada da lua de sangue, a realização do ritual final e a revelação sobre a profecia, os ânimos se acalmassem e seus aliados voltassem a ter a mesma fidelidade de sempre.
A quinta-feira chegou e agradeciam à Deusa que no dia seguinte seria feriado. Chegou em casa passado das seis da tarde, direto para um banho relaxante em sua banheira. Jantou na companhia de suas princesas, de Laura e Martha. Aisha logo saiu, pois a noite na boate seria agitada, já que estava promovendo a apresentação de uma famosa DJ.
 
POV Rainha Vicktória
 
- Espero vocês mais tarde, mas não cheguem tarde. A Dj vai tocar a partir das vinte e três e trinta. - recomendou.
Todas assentiram, inclusive Martha, já que eu havia a liberado de sair com Laura, a qual se responsabilizou por ela.
Era quase dez e meia da noite quando saímos de casa, chegando à boate às onze horas. Eu vestia uma roupa que normalmente não usaria, mas a última coisa que queria era ser reconhecida e não ter sossego com as meninas. Usava os cabelos soltos, um boné virado para trás, óculos estilo aviador com lentes amarelas, uma calça larga de moletom de uma marca famosa, assim como um par de tênis e uma camiseta branca justa, que marcava meu abdômen e seios.
Várias pessoas que dançavam na pista nos olharam com desejo quando entramos na boate. Fomos direto para a área vip, onde tínhamos nosso lugar cativo. O garçom logo nos trouxe a primeira rodada de bebidas. As meninas dançavam animadas, enquanto eu sentei em nossa mesa às observando se divertir. Era muito bom vê-las daquela forma: felizes, desinibidas, sensuais e só minhas.
Laura e Martha dançavam um pouco mais afastadas, se reconhecendo e tocando levemente uma o corpo da outra. Acreditava que nem haviam se beijado ainda, mas, com certeza, daquela noite não passaria. No local ainda havia alguns de nossos guarda-costas, disfarçados como se fossem clientes da boate, agindo como qualquer outra pessoa, mas sempre atentos a nós.
Tomei mais um gole de meu drink e resolvi me juntar às meninas. Dançávamos animadas enquanto observávamos a pista de dança mais abaixo. Meu olhar procurava Aisha, já que não a havia visto desde que chegamos. A encontrei conversando com uma loira perto do bar inferior. Notei que ela mantinha uma distância cordial com a mulher, que a todo momento tentava uma aproximação com toques ou buscava falar perto de seu ouvido. Via seu sorriso forçado, de longe eu reconhecia quando qualquer uma delas não estava a vontade.
Minha parte Alfa rosnava por dentro e eu me controlava para não saltar no pescoço daquela loira. As meninas notaram meu desconforto e logo também olhavam a cena com descontentamento evidente em suas faces.
- Fiquem aqui que eu resolvo. - falei já me dirigindo à saída da área vip.
Andei pelo meio da multidão de pessoas que moviam seus corpos conforme o ritmo da música. Avistei minha morena parada perto do bar, cada vez mais encurralada pela mulher. Eu tinha plena convicção que ela sabia se defender e se livrar de pessoas inoportunas como aquela, mas meu instinto falava mais alto e como Alfa tinha que proteger minha companheira de qualquer ameaça.
A loira colocou a mão na cintura de Aisha no mesmo momento em que ela me avistou e abriu um sorriso para mim. A infeliz que a tocava entendeu que o gesto havia sido para ela e sem qualquer permissão selou os lábios da morena.
- Sai de perto da minha mulher! Agora! - minha voz reverberou como um rosnado.
A mulher assustou-se e cambaleou para trás, afastando-se de Aisha por instinto. Meus olhos estavam vermelhos, o que a assustou ainda mais. Nem os óculos conseguiam disfarçar.
- Calma, amor. - a morena chegou perto de mim, puxando meu rosto, fazendo encará-la – Respira. Se acalma, vamos evitar uma cena.
Seus olhos e sua voz me trouxeram de volta e eu agradeci à Deusa. A última coisa que eu queria era fazer um escândalo em sua boate. A mulher ainda me olhava com um misto de medo e raiva, mas isso já não me importava.
Aisha me pegou pela mão e me arrastou pela porta de acesso a seu escritório. Ela exalava o cheiro da excitação que sentia e isso me atiçava. Abriu a porta de sua sala e com pressa subiu a própria saia e tirou sua calcinha.
- Você me deixou muito excitada agindo assim. - falou, me trazendo para junto dela, massageando meu pênis que já estava pronto para ela, apenas por sentir seu cheiro – Agora eu quero que minha alfa me foda.
Assim como havia colado seu corpo contra o meu ela se afastou. Caminhou até o sofá e ficou de joelhos, apoiando-se contra o respaldo, empinando a bunda para mim, me mostrando sua intimidade já brilhante. Levei a mão entre minhas próprias pernas, pressionando meu órgão sobre o tecido da calça.
- Você me quer? - perguntei de forma lasciva.
- Siimmm. - pediu – Todinha dentro de mim.
Não aguentei mais aquela provocação e me aproximei rapidamente. Baixei minha calça e minha cueca com facilidade até os joelhos e sem qualquer aviso ou preliminares me introduzi por inteiro nela. Aisha deu um gritinho de satisfação e virou o rosto para trás, me dirigindo um olhar de quem queria muito uma foda gostosa.
A penetrei como tinha vontade, enquanto ela rebolava em meu pau e gemia alto. Em nenhum momento trocamos alguma carícia. Eu só a penetrava e ela me recebia. Ela apoiada naquele sofá, totalmente molhada e com aquele salto agulha que me excitava, iria me fazer chegar ao limite rapidamente. Metia até o fundo, com força. O sexo era bruto, mas qualquer uma de nós duas estava se deleitando com isso.
Senti seus músculos se fecharem, pressionando meu pênis a cada penetração. Aisha gemia sem controle algum. Eu já sentia um pouco mais de dificuldade a cada estocada e minha excitação estava quase no limite. A senti chegar ao orgasmo, que foi confirmado pelo gemido alto e arrastado que deu. Meu pênis pulsou forte quando ejaculei dentro dela. A segurei forte pela cintura e joguei minha cabeça para trás, também gemendo em satisfação.
Permanecemos mais uns instantes no mesmo local, ainda nos deleitando, quando ouvimos a porta ser aberta e a mesma mulher loira, totalmente inoportuna, estaqueou ao nos ver naquela posição. Seu rosto ficou em choque, mas rapidamente ela se recompôs e ficou de costas para nós.
- Desculpe, Aisha. Não tive intenção de interromper. - gaguejou – Só estava te procurando para avisar que vou começar a apresentação.
- Não se preocupe. Apesar de ser bastante inconveniente, não atrapalhou. - falei de forma seca, enquanto arrumava minhas roupas, e a morena apertou levemente meu braço.
- Tudo bem, Chloe. Já estamos indo. - disse séria e a outra já ia saindo quando terminou – Da próxima vez bata na porta antes de entrar, por favor.
A mulher parou por um momento, mas apenas assentiu e saiu, ainda envergonhada.
- E essa quem é? - perguntei sem conter o ciúme.
- É a DJ que vai fazer o show. - riu e me abraçou, beijando delicadamente meus lábios – Obrigada por me salvar, minha rainha. Mas você sabe que eu sei me defender e que você tem que se controlar em público, não é?
- Sim eu sei, princesa. - falei escondendo o rosto em seu pescoço, agora envergonhada – Mas você sabe que meu lado alfa fala mais alto nesses momentos.
Ela me beijou mais uma vez e de mãos dadas voltamos para a área vip bem no momento em que Chloe começava a tocar. As meninas logo vieram para junto de nós, agindo da mesma forma que eu, totalmente protetoras e possessivas com sua companheira.