Parecia tão real.
Os sinuosos corredores de pedra do Ministério eram intermináveis. Todas as portas pareciam iguais, altas e de madeira com correntes medievais. Cada sussurro frenético de — Alohomora — era inútil; todas as portas verificadas estavam trancadas. Ela podia sentir o aperto nos pulmões e a dor nos pés enquanto continuava a busca desesperada. Havia uma urgência – uma voz interior a instruiu a continuar.
Ela tinha que encontrá-lo.
Havia uma última porta no final do corredor – seria sua única esperança. De fora de seu corpo, ela podia ver a cena. Ela ergueu a varinha uma vez e acionou os movimentos do feitiço. A porta em arco se abriu.
A sala estava escura como breu. Não foi apenas devido à ausência de luz, mas um encantamento bastante pesado foi lançado propositalmente para cobrir a sala. O que quer que estivesse escondido não era para ser encontrado. Pela luz brilhante de sua varinha, ela podia ver o reflexo de algo brilhante logo à frente. Barras de metal.
Uma jaula, grande o suficiente para acomodar alguém pequeno.
— Mãe? — A voz era tão pequena. Mal atravessou a magia espessa da sala.
Ela correu em direção ao recinto. Agora iluminado pela luz que ela trouxe, ela podia vê-lo: uma criança pequena, com cerca de três anos de idade. Pele pálida, cabelos loiros cacheados. Olhos redondos e cinzentos manchados de lágrimas.
Era o filho dela.
— Não... — Ela tentou alcançá-lo, mas a magia a mandou de volta, empurrando-a com força oposta. — Socorro! — Ela chorou, mas não havia ninguém que pudesse ouvir.
.
— Hermione... estou aqui.
Os olhos de Hermione piscaram ao ouvir sua voz calma.
Draco estava inclinado sobre ela na cama, acariciando seus cabelos levemente. Embora seu quarto estivesse escuro, a luz da lua entrava apenas o suficiente pela janela para revelar seu olhar de aço, aqueles olhos cheios de preocupação. Aqueles mesmos olhos prateados.
— Um pesadelo — ela gaguejou, percebendo que estava sem fôlego, como se realmente estivesse correndo. —Sonhei que o Ministério levou nosso filho, um menino, e o trancaram numa jaula. Ele estava escondido.
Draco desceu a mão até a boca dela. Seu polegar roçou levemente seu lábio como se quisesse acalmá-la. Ele então segurou o queixo dela na mão.
— Não se preocupe, é apenas um sonho — disse ele sombriamente.
Alcançando o braço de Draco e puxando-o em volta de si, Hermione se acomodou nos cobertores mais uma vez. Ainda não era de manhã; ainda faltava cerca de uma hora até que o alarme dela tocasse.
— Só estou preocupada — ela sussurrou. — A varinha de Theo foi confiscada, mas consegui fazer com que Harry confirmasse que não havia nada suspeito em sua história. Acho que foi uma tentativa de prendê-lo. Se o Ministério está atrás de você, quem pode garantir que não irá atrás do nosso bebê?
Draco a puxou para mais perto de seu corpo. Ele beijou o topo de sua cabeça.
— Eles não vão — disse ele. — Vamos nos certificar disso.
Hermione sentiu-se reconfortada mais uma vez pelo calor do corpo dele. O familiar aroma amadeirado dele desacelerou as batidas angustiadas de seu coração.
— Está na hora — ela começou hesitante, — acho que devo ir ao seu cofre. Se a varinha for tão mortal quanto você diz, então poderemos precisar dela.
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Heartlines and Bloodlines | Dramione
FanfictionCinco meses após Harry Potter derrotar Lorde Voldemort, o novo Ministério da Magia está processando os Comensais da Morte em toda a sua extensão, na esperança de erradicar a supremacia do sangue puro da sociedade. Ao retornar como monitora-chefe de...