16 | Femina Lumen Omnia

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Deixando cair a bolsa no chão, Hermione parou na grande entrada. Ela levou mais um momento para olhar as velas, a árvore e a guirlanda; Malfoy escolheu propositalmente essas decorações para ela. Ele queria que ela se sentisse confortável.

Mas havia algo mais. Por mais altos que fossem os tetos e por intermináveis ​​corredores à sua frente, havia um escudo no ar que reinava em sua paranóia. Uma magia tangível pulsava por todo o perímetro da Mansão. Parecia que um cobertor invisível e pesado havia sido enrolado em volta dela. Era evidente que as Proteções de Sangue permitiam grande proteção.

Hermione não pôde evitar correr até ele. Quando suas mãos tocaram a nuca de Malfoy, ela pulou para envolver as pernas em volta da cintura dele. Ela podia sentir o coração dele bater em antecipação contra o dela enquanto ele a segurava contra ela. Mesmo através das roupas, houve um choque – uma eletricidade que ela nunca sentiu por estar tão perto de outra pessoa.

— Obrigada — Hermione disse sem fôlego. — Por tudo isso... por me convidar.

Malfoy não respondeu a princípio, mas cutucou a cabeça para que ela olhasse para ele.

— Eu não pensei que você gostaria de estar aqui por razões óbvias — ele começou hesitante. — Então, eu não fiz planos originalmente.

Hermione olhou em seus olhos conflitantes.

— Mas eu sabia que você estava pensando em mim — continuou Malfoy. — Eu tinha um pressentimento. É difícil de descrever. Você ainda se sentia incerto agora mesmo — disse ele, apontando para a porta, — lá fora.

— Eu estava... como você sabia? — Hermione perguntou antes que ela percebesse. — Você pode me sentir através da nossa conexão com o ritual.

Ela refletiu sobre as últimas semanas. O que ela aprendeu com Malfoy? Ela sentiu uma espécie de saudade misturada com uma pitada de tristeza quando seus pensamentos se voltaram para ele. Mas parecia que ele era mais hábil em entendê-la. Hermione se perguntou se ele seria capaz de ocluir novamente.

Malfoy assentiu.

— É por isso que enviei Dobbins também. Eu podia sentir que algo não estava certo.

— Oh! — Hermione olhou para o corredor, como se esperasse que os elfos domésticos se materializassem a qualquer momento. — A pequena elfa, Tilby, eu acho. Ela ficará bem? Sinto muito, ela estava no meu guarda-roupa e pensei que alguém fosse me atacar...

— Não se preocupe com isso, Granger — Malfoy a interrompeu em tom divertido. Ele roçou o nariz no rosto dela. — Ela vai se recuperar. Ela provavelmente nunca mais concordará em deixar a Mansão, mas está tudo bem. Estou surpreso que você, entre todas as pessoas, tenha ferido um dos meus elfos.

— Malfoy! — Hermione puxou uma mecha de cabelo dele alegremente. — Eu me sinto mal! Mas poderia ter acontecido com qualquer pessoa – qualquer criatura. Por que ela estava escondida lá, afinal?

Ele suspirou.

— Não sei. Tilby é tímida. Achei que ela iria gostar de você. Pensei que você fosse mostrar a ela o quão compassivos alguns bruxos e bruxas podem ser, mas aparentemente não — disse ele, dando-lhe um sorriso malicioso.

— Pare com isso. Quero vê-la antes de partir — Hermione fez beicinho contra a boca de Malfoy. Ele ainda a estava segurando. — Você pode, er, me colocar no chão agora.

— Tenha cuidado com o que você deseja — Malfoy respondeu com uma voz rouca. Ele se virou, levando Hermione alguns passos até uma sala de estar próxima que abrigava uma lareira acesa. Assim que ele a deixou cair no sofá de couro, seus olhos ficaram escuros e ela pôde sentir todo o peso dele pressionando seu corpo.

Heartlines and Bloodlines | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora