Heartlines and Bloodlines | Dramione

32 | Preservando a linhagem

— Draco... vamos nos atrasar.

Hermione estava prestes a sair do chuveiro quando sentiu ele puxar seu cabelo. Ela tinha acabado de retribuir o favor lavando seu corpo, passando a toalha sobre os músculos de sua forma impecável e marmórea. De repente, a palma da mão dele foi pressionada contra a nuca dela de forma a direcionar os lábios dela de volta aos dele.

— Estou falando sério — ela disse depois de respirar fundo. — Nossos convidados estão esperando.

— Então? — Draco questionou, um sorriso maroto destacando seu rosto. Com sua franja loira molhada cobrindo os olhos, ele a puxou para mais um beijo profundo.

— Mais tarde — Hermione insistiu. Apesar de seus esforços para manter a compostura, um pequeno sorriso surgiu quando ela percebeu Draco fazendo beicinho. — Eu prometo — ela disse a ele, com os olhos brilhando enquanto observava novamente os belos ângulos de sua mandíbula e maçãs do rosto. Ela adorava quando ele estava assim, olhando para ela como se ela fosse o centro do mundo dele.

Com relutância, Draco a deixou ir. Enquanto ele terminava de tomar banho, Hermione secou o cabelo, alisando sua longa cabeleira em ondas elegantes. Ela aplicou uma maquiagem leve e escolheu um vestido verde escuro esvoaçante.

A festa estava acontecendo atrás da mansão. Os elfos penduraram dezenas de luzes cintilantes ao redor das paredes externas de pedra, dando ao pátio um brilho aconchegante sob o sol poente; uma mesa também foi enfeitada com rosas vermelhas. Era uma daquelas noites de início de outubro em que o calor do sol diurno parecia deixar o ar noturno com a temperatura perfeita. No entanto, ao longe, a linha das árvores contava uma história diferente, à medida que folhas douradas, enferrujadas e marrons começavam a surgir.

— Preparado? — Hermione perguntou enquanto Draco ajeitava a gravata diante do espelho.

Seu coração acelerou de excitação; ela não pôde deixar de notar o quão sonhador ele parecia em seu terno preto. Finalmente longe dos horrores dos últimos meses e da escuridão da prisão, seu rosto não parecia mais tão pálido e magro. Havia um leve rubor em sua pele, uma vibração que estava faltando há tanto tempo.

Ele assentiu, virando-se para ela com a mão estendida.

Enquanto ela entrelaçava os bíceps dele com os dedos, Draco se inclinou para roçar os lábios na orelha dela.

— Linda — ele murmurou.

Juntos, eles caminharam pelo corredor da mansão e desceram a grande escadaria. No hall de entrada, Mitzy estava esperando por eles com Scorpius nos braços.

— Está quase na hora de o bebê dormir — ela guinchou, entregando o bebê para Hermione. — Mas Mitzy achou que o Mestre e sua senhora queriam exibi-lo primeiro.

— Claro — Hermione disse, cutucando Scorpius com o nariz; seu rostinho redondo se iluminou com um leve sorriso por causa do toque. — Vou alimentá-lo e colocá-lo na cama antes do jantar.

Com o bebê apoiado em seu ombro, Hermione seguiu Draco pelo corredor até as portas duplas que davam para a varanda.

Suspiros de surpresa e coros de 'awws' podiam ser ouvidos da pequena multidão quando eles saíram.

— Tão precioso.

— Deixe-me ver!

— Parabéns!

Diante deles, Harry, Luna, Neville e Theo, junto com Daphne, Blaise e Pansy estavam segurando taças de champanhe, aparentemente prontos para um brinde. É certo que Hermione ficou um pouco chocada ao ver os outros sonserinos lá, mas ela confiava que seria melhor se Draco estivesse lentamente reacendendo suas antigas amizades. Ele ficou tão retraído enquanto estava em Hogwarts; embora ela mesma nunca tenha sido particularmente próxima deles (especialmente Pansy), seu coração ficou feliz em vê-los de volta em sua vida.