Hermione fechou os olhos; ela podia sentir uma onda de leveza enquanto caía na sensação que era ao mesmo tempo uma memória distante e tudo o que a fazia se sentir viva agora.
Seu beijo foi vertiginoso, enviando-a para um vórtice de desejo. Não houve nada de gentil nisso... nada de hesitante, nada remotamente hesitante. Era tudo uma questão de tomar.
Enquanto ele chupava sua pele e enfiava a língua em sua boca, Hermione estava ciente de cada emoção dele indo direto para seu coração. Havia tanta saudade, tanta impaciência na maneira apressada com que as pétalas macias de seus lábios se moviam incessantemente contra ela, que ela não teve escolha a não ser retribuir o beijo com a mesma ferocidade.
As memórias podem não estar lá, mas a paixão estava tão presente como sempre esteve.
Apesar de não se lembrar, Draco estava recuperando o que havia perdido.
Ele se separou de sua boca apenas para adorá-la com uma trilha de beijos que ia do queixo até o pescoço e ao longo dos ombros. Hermione se viu choramingando o nome dele sem fôlego.
— Draco.
Ela estava encostada precariamente na porta; sentindo-se pesada, ela enfiou os dedos nos cabelos dele para se equilibrar, segurando a cabeça dele como se fosse a única coisa sólida que restava na sala. Tudo era um borrão, um turbilhão de tempo avançando – os meses esquecidos estavam colidindo com o momento atual.
Antes que ela percebesse, a boca dele voltou para a dela e suas mãos estavam sobre ela, avançando lentamente ao longo de sua clavícula, acariciando até os lados de seu peito. Os dedos dos pés dela se curvaram sob o toque dele; tremores selvagens pulsaram em seus nervos. Pela primeira vez, quando ele segurou seus seios inchados através da camisa, ele fez uma pausa e seus olhos brilhantes se abriram para captar a reação dela.
— Não pare — ela ofegou. — Me toque.
Agarrando a mão dela, Draco puxou-a para frente, conduzindo os dois para trás em direção à mesa de nogueira de Harry.
Com um movimento fluido, ele a levantou e a girou, colocando-a cuidadosamente na beirada. Suas palmas se espalmaram atrás dela na superfície de madeira; em um esforço para se equilibrar, ela derrubou uma pilha de pergaminhos e um copo de penas, fazendo com que os suprimentos caíssem no chão. Mas isso não importava porque ela estava esticando os joelhos, tentando atrair Draco o mais perto possível.
Seus olhos estavam semicerrados quando ele se aproximou; ele se inclinou com cuidado, ficando entre as pernas dela, suas próprias mãos descansando ao lado de suas coxas. Era estranho, pensou Hermione, ter o bebê entre eles. Durante a noite, era como se o corpo dela não fosse mais apenas dela. Ela parecia macia e redonda, mas também desconfortavelmente pesada; o peso de sua barriga não podia ser ignorado.
Mas mesmo que Hermione não estivesse acostumada com isso, Draco não parecia se importar. Na verdade, ela podia sentir os olhos dele absorvendo-a enquanto olhava com desejo para ela grávida. Esse olhar de desejo foi suficiente para fazê-la balançar os quadris contra ele em antecipação. Inclinando-se para ela, seu calor enviou uma faísca ao seu âmago; de repente, ela pôde sentir seus mamilos endurecerem contra o peito dele enquanto ele sussurrava em seu ouvido.
— Posso? — ele perguntou, sua voz suave como seda.
Hermione mal conseguiu processar a pergunta. Ela estava febril, esparramada na mesa diante dele, desejando que ele apenas separasse suas vestes.
— Não quero machucar você — acrescentou ele, como uma reflexão tardia.
Inclinando a cabeça para ele, Hermione deu um beijo casto nos lábios de Draco. Seu interior doía por ele; tudo em seu corpo era excessivamente sensível; eles não tinham muito tempo, mas ela duvidava que demorasse muito para gozar.
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Heartlines and Bloodlines | Dramione
FanfictionCinco meses após Harry Potter derrotar Lorde Voldemort, o novo Ministério da Magia está processando os Comensais da Morte em toda a sua extensão, na esperança de erradicar a supremacia do sangue puro da sociedade. Ao retornar como monitora-chefe de...