Chance

014

Any Gabrielly

Enquanto dirigia, via pelo retrovisor que o carro de Josh estava atrás de mim, mais precisamente me seguindo e acelero, como se fosse para me irritar ele também acelera, ficando perto de mim.

Quem esse cara pensa que é?

Acelero e vejo seu carro ficar para trás, quando me aproximo do farol diminuo a velocidade, meu carro pode demorar para ligar mas ele é rápido, na medida do possível também, se forçar demais, o motor explode, como sempre vivendo perigosamente.

Quando dobro na rua de Heyoon vejo que Josh me segui novamente, não não dou bola e estaciono na vaga que estava usando anteriormente. Aperto o botão e espero com a sacola do restaurante em mãos, quando ouço o barulho do carro de Josh, mais precisamente o ronco potente do motor ao entrar na garagem aperto repetidas vezes o botão, como se assim o elevador descesse mais rápido.

Josh estaciona seu carro ao lado do meu, olho em volta e vejo no mínimo oito vagas vazias quais ele poderia sair sem preocupações depois mas para implicar, e estaciona do lado do meu carro.

As portas se abrem e me apresso a entrar e suspiro aliviada quando vejo as portas se fecharem mas o alívio some quando a mão de Josh impedi a porta de se fechar completamente, que droga. Assim que entra com a sacola em mãos e para ao meu lado reviro os olhos.

– É Beauchamp. – Diz quebrando o silêncio.

– O quê? – Questiono confusa sem saber do que se referi.

– Meu sobrenome, é Beauchamp. – Ele arranha a garganta. – Você errou. – Explica.

– Tanto faz, não importa.

– Grossa.

– Intrometido.

– Mal-agradecida.

– Eu não sou mal-agradecida. – Me defendo.

– É sim.

– Me de um motivo para essa afirmação? – Questiono me virando,  ficando de frente para ele.

– Você nem me agradeceu por ter ajudado você quando estava bêbada por exemplo.

– Obrigada. – Digo irônica e de repente o elevador para. – A não! – Aperto rapidamente o botão vermelho que informa que o elevador quebrou ou parou, espero que seja a segunda opção.

– Calma Any, tem medo de lugares fechados?

– Não e também nem é da sua conta!

– Nossa, achei que tinha pânico de lugares fechados, já vi pessoas desmaiarem.

– Pode deixar, tomarei o maior cuidado para que isso não aconteça ainda mais estando no mesmo ambiente que você.

– Qual é Any, o que você tem contra mim? O quê fiz a você?

– Por infelicidade do destino você saiu daquele elevador e achei que você seria minha salvação para mostrar para o idiota do Tyller que não precisava dele para nada. Mas aí eu percebi quando você estava em todos os lugares que não foi sorte nos cruzarmos, foi azar.

– Não sei o que fiz a você mas peço desculpa.

– O problema é que você me tira do sério garoto. – Josh sorri, passando a língua no labio inferior. – No lado negativo. – Acrescento.

– Você parece minha vó, ranzinza como ela. – Diz ao se encostar na parede metálica do elevador.

– Está me chamando de velha?