041

5.7K 477 54
                                    

Any Gabrielly

Deveria se arrumar mais, é vergonhoso sair com você usando essas roupas. – Diz Tyller quando saio do quarto, vestindo uma roupa confortável depois de um longo dia de trabalho.

– Acabei de chegar em casa, não vou sair então não preciso me arrumar.

– Como não? Eu disse que Hanter faria uma festa Sexta a noite.

– Pois vá você, não aguento a dor nas minhas costas. – Reclamo, ao me sentar no sofá procurando o controle da TV.

– Você não vai ir? – Questiona impaciente com as chaves do seu carro em mãos.

– Não.

Ele não diz nada, apenas abre a porta e sai pisando duro, batendo a porta em seguida.

Suspiro cansada, levando minha cabeça para trás e fechando os olhos. Minhas costas estão me matando e não sei o que faço, já tomei remédios mas não parece funcionar, cobri uma colega hoje e trabalhei o dobro do normal e isso me destruiu.

Sozinha nesse apartamento olho em volta, vendo que não posso sair com minhas amigas pois meu namorado não gosta, sendo que pode. Me encolho no sofá, encarando a janela que mostra a cidade iluminada por já se passar das oito da noite.

Penso em pedir uma pizza mas não tenho dinhiero, irônico, pois recebi meu pagamento hoje. Como pó, ele saiu das minhas mãos para pagar as contas enquanto meu namorado está na farra me traindo, pois é, eu sei que ele me trai, depois da festa, que o vi subindo com uma garota para o quarto descobri que me traia, não uma ou duas vezes, aconteceu e acontece há tempos.

Queria deixar tudo para trás mas não tenho para onde ir, não tenho dinheiro para nada, a minha única alternativa é ficar aqui, fingindo que meu namorado não me deixa sozinha em casa e se satisfaz com outras por aí.

– Any? – Josh me tira dos meus devaneios. – Você está chorando. – Diz secando uma lágrima que caiu sem que eu perceba. – Está tudo bem?

Ainda estamos na área de laser dos Deinert, Josh está entre minhas pernas, acariciando minha cintura.

– Eu me lembrei de algo que fez parte do meu passado. – Digo simples.

– Foi com o seu ex? – Assinto. – O quê você lembrou?

– Que me sentia sozinha, que meu namorado saia para se satisfazer por aí com o meu dinheiro e não podia fazer nada, afinal, não tinha onde morar e morar com ele era minha única alternativa. – Com as costas da mão seco a lágrima indesejada que corre pelo meu rosto.

– Hey, olha pra mim. – Pedi, acariciando minha bochecha já que encaro o chão, assim que meus olhos encaram os seus Josh para com o movimento de vaivém com seu polegar na minha bochecha. – Já acabou ok? Ele não faz mais parte da sua vida, não precisa dele para nada.

– Pois é, e as consequências disso é que não tenho onde morar.

– Você vai conseguir, eu sei que vai. – Ele se aproxima, segurando meu rosto com as duas mãos. – Você veio  aqui pra se divertir certo? – Assinto. – Então faça isso.

– Eu acho que bebi demais. – Digo ao arrumar meu vestido e Josh rir.

– Por quê diz isso? – Questiona, olho para o canto da sala conflituando com o desejo que me toma.

– Por quê eu quero que você durma comigo. – Digo tomando coragem para olhá-lo.

– Hey, já não iriamos dormir juntos. Afinal só a uma cama no quarto.

– Eu estou dizendo... – Penso antes de dizer. – Quer saber, deixa pra lá. – Digo saltando da mesa, caminhando até a porta mas Josh me segura pelo braço, de forma leve.

– Diga. – Pedi, encarando meus olhos.

– Que durma comigo, abraçado ao meu corpo, há muito tempo não sei o que é isso. É algo dentro de mim grita que isso seja com você. – Um sorriso simples surge em meus lábios.

Josh se aproxima, colando nossos corpos, enquanto abraça minha cintura e fico meio envergonhada por pedir isso. – Você não sabe o quanto eu quero isso. – Um sorriso surge em seus sábios me fazendo sorrir. – Acho que já podemos subir, já são duas da manhã e você merece descansar ao máximo.

Meu coração palpita ao ouvir isso.

– Acho que o problema de dividirmos a cama já não é um problema.

– Definitivamente não. – Ele ri, acariciando minha cintura. – Vem,
Vamos nos deitar.

Quando ia abrir a porta seguro em sua mão, ele me olha sem entender e caminho até ele. – Provei do que você tinha a me oferecer e agora eu quero mais, muito mais. – Declaro, olhando em seus olhos.

Josh se aproxima, ficando em minha frente. –Tem certeza de que não irá se arrepender daqui algumas horas? – Pergunta receoso.

Me aproximo, segurando seu queixo e depositando um selinho em seus lábios. – Não, não irei me arrepender disso, eu garanto a você.

Josh abre a porta com a chave que deixei ao lado da mesma e seguimos juntos até a casa, ainda há várias pessoas no gramado e também dentro da casa. Josh segura minha mão no meio das pessoas indo até a escada.

Não vejo minhas amigas nem os meninos e deduzo estarem por aí, fazendo o que eu estava fazendo alguns minutos atrás.

Chegamos no quarto e Josh fechou a porta, a trancando já que há pessoas desconhecidas pela casa, não é de se esperar que entre duas pessoas aos beijos procurando um lugar para transar.

Fico parada no meio do quarto sem saber o que fazer, algumas horas atrás tudo estava diferente e agora está tudo tão confuso, eu estou confusa. Josh retira sua camisa e vejo suas tatuagens, retira os sapatos e caminha até sua mochila, retirando de lá uma bermuda.

– Só vou trocar roupa. – Diz simples e eu assinto.

Quando a porta se fecha levo minhas mãos aos cabelos, o quê eu estou fazendo? Não que me arrependa disso, de dizer a Josh que eu queria que ele me beijasse, quase implorando para que o faça e que desejo que durma comigo, pelo contrário, me sinto corajosa ao pedir.

Vou até a minha mochila e pego uma blusa leve e um short, espero Josh e quando o mesmo sai do banheiro, não evito de morder meu lábio ao vê-lo sem camisa, apenas com uma bermuda preta. Me levanto, passando por ele e entro no banheiro, troco de roupa enquanto ouço o som ainda estrondoso no andar de baixo.

Ao sair vejo Josh sentado na cama, quando vê a porta se abrindo, direciona seu olhar para mim, dos pés a cabeça e novamente me sinto a mulher mais linda do mundo ao seu olhar.

Josh desfaz a cama, puxando a coberta até o meio da cama, dou a volta na cama e Josh se deita, me deito ao seu lado e o mesmo me puxa para seus braços, inclinando minha cabeça para lhe deposita um beijo em meus lábios. – Boa noite. – Diz e sorrio.

Josh desliga o pequeno abajur ao seu lado já que antes de se deitar, desligou a luz. Me aconchego em seu peito e suspiro. – Boa noite Josh.

ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora