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Any Gabrielly

O intusiasmo de Heyoon contrasta com minha preguiça enquanto choramingo deitada de barriga para baixo na cama, ainda tentando levantar mas como um imã, a cama não me permite, Heyoon cantarola e sua voz sai estranha por estar com a escova de dentes na boca.

– Vamos Any, se alegre. – Diz ao entrar no quarto e ir até a janela, abrindo as cortinas com um intusiasmo que eu odeio por sinal.

– Quem fica alegre de acordar cedo em um Sábado? – Questiono levantando levemente minha cabeça com os olhos cemi cerrados por causa da claridade que emanda da janela.

– Eu, e você também ficará, você irá se divertir por dois dias inteiros. Por um ano e meio você se privou disso e acabou se acostumando. Estou querendo minha antiga amiga de volta, aquela que virava doses de Tequila em menos de um minuto. – Ah Heyoon, ela se foi, junto com  minha vontade de sair dessa cama.

– Ela não existe mais Heyoon, ficou no passado, como todas as memórias felizes. – Minha voz sai abafada por afundar a cara no travesseiro, rezando para que isso seja um sonho e quando acorde, olhe no relógio e ele marque duas da tarde.

– Não ficou no passado não, ela está aí, adormecida mas já já irá acordar. – Diz confiante.

– Está mais adormecida do que a Bela.

– Any, já chega. – Heyoon puxa a coberta que me cobria, fazendo a mesma cair no chão. – Levanta, lave esse rosto, escove esses dentes e se arrume. – Ordena mas não me movo. – Eu vou contar até três, um... — Não me movo. – Dois... – Fingo que nem está falando comigo. – Três... Vou atormentar você até se levantar.

A mesma pega um dos travesseiros e começa a me bater com ele. – Levante, você...– Me acerta com o travesseiro. – Precisa... – Me acerta novamente. – Se divertir! – Bate uma última vez e me dou por vencida.

– Você ganhou. – Me levanto, me sentando na beira da cama, coçando meus olhos. – Me de um minuto para levantar de fato.– Aponto o meu dedo indicando um minuto e a mesma pega meu pulso e me puxa a força.

– Sem um minuto, você descansa quando chegar lá. Ficará comigo na beira da piscina, pegando um sol e bronzeando esse corpo perfeito. – Heyoon é o tipo de amiga que coloca você para cima.

Tenho autoestima por causa dela, que me força a comprar roupas, só não fez isso ainda pois não tenho dinheiro para alugar um lugar para ficar, imagina fazer compras.

Caminho até o banheiro e me apoiando na pia de mármore em tons marrons, me olho no espelho e está escrito na minha testa "destruída" ou talvez acabada, depende de quem vê meu estado. Pego minha escova de dentes e preguiçosamente coloco um pouco de pasta nas serdas e levo a escova aos dentes. Enquanto tento manter meus olhos abertos escovo os dentes querendo voltar correndo para a cama.

Quando termino de escovar os dentes, pego a escova de cabelo e começo a desembaraçar o cabelo caminhando até o quarto encontrado Heyoon procurando algo na minha mala que está no mesmo lugar desde que cheguei: Jogada no chão, aberta com as peças de roupas amontoadas e amassadas.

– Pegue. – Ordena após retirar uma camiseta branca e uma calça jeans com a barra larga.

– Escolha interessante, quer que eu me senti na cama para você amarrar meus cabelos mamãe?! – Digo irônica, por parecer minha mãe quando eu era pequena, saia do e esperava ela me vestir e arrumar meus cabelos.

– Haha, engracadinha. Vista-se, Josh já deve estar chegando. – Diz e me apavoro, que horas são?

Corro até meu celular e me assusto ao ver que estou "atrasada", eu tenho essa mania, por isso acordo mais cedo do que preciso, assim não me atraso e não faço nada as pressas, sob pressão não funciona comigo.

Troco de roupa as pressas e pego minha mochila, quando está tudo pronto, pego uma maçã para não ficar de estômago vazio enquanto caminho até a porta a abrindo em seguida, encontrando Josh parado com as mãos no bolso da calça. O mesmo usa uma blusa preta, óculos de sol e tem uma cara de sono. Mastiga um chiclete de menta, sei pois consigo sentir o cheiro de menta de longe.

– Bom dia. – Diz e vejo que não sou a única que não gosta de acordar cedo.

– Viu Heyoon, não sou a única que acorda de mal-humor. – Digo a mesma que está a poucos passos de mim.

– Por isso se merecem! – Exclama ao se encostar na porta. – Bom dia Beauchamp, cuide bem dela. – Ordena me fazendo rir.

– Ok, prometo cuidar da sua filha. – Brinca Josh me fazendo revirar os olhos.

– Haha, que engracadinho, para quem acordou de mal-humor você está bem brincalhão não acha? – Cruzo meus braços em frente ao peito e ele sorri, passando os dedos na extensão do nariz, aquele sorriso idiota.

– Bom, temos uma longa estrada pela frente e quero chegar antes do meio dia. – Diz Josh ao olhar em seu relógio de pulso, nunca reparei que usava e agora me pergunto como nunca apercebi.

– Ok. – Suspiro cansada não querendo ir. – Nos vemos lá. – Digo a Heyoon antes de me despedir.

– Juízo! – Diz quando nos aproximamos do elevador.

– Acho que eu quem deveria dizer isso a você. – Na mesma hora a porta do apartamento ao lado se abre, revelando o mesmo e vejo Heyoon ficar desconcertada.

– Já estão indo?– Questiona o rapaz ao olhar para nós.

– Já, Noah disse que esse horário era melhor. – Josh informa, apertando o botão do elevador que fica verde.

– Devo demorar um pouco, você se importa Heyoon? – Lamar questiona a Heyoon que permanece na porta do seu apartamento, agora com os braços cruzados.

– Não, preciso comer algo, não quero pegar a estrada de estômago vazio como essa doida. – Se referi a mim.

– Eu me atrasei ok! – Me defendo.

– Eu posso esperar você tomar café da manhã. – Josh diz ao me olhar já que estava de costas para mim.

– Não, precisa, se ficar mais dois minutos desisto de ir e não quero ficar ouvindo de Sina depois. – Digo já entrando no elevador.

– Bom, nos vemos lá então. – Josh diz  a Lamar que assenti.

Josh adentra o elevador e as portas se fecham e o frio na barriga me toma novamente. Vai ser sempre assim quando estiver em um elevador com ele?

Quando chegamos no primeiro andar faço menção de pegar a mochila que arrumei mas Josh a pega antes que eu tivesse tempo para isso. Coloca em seu ombro e sai do elevador sem dizer nada, esqueci que ele é um "cavalheiro".

Quando chegamos ao seu carro, Josh deixa minha mochila no banco de trás e adentro o veículo. O banco macio me faz querer dormir e por isso bocejo instantaneamente.

– Se quiser dormir, prometo não bater o carro. – Diz ao girar a chave e o motor roncar.

– Deve ser chato viajar com alguém e essa pessoa dormir. Assim quando chegarmos, tenho a desculpa que estou com sono e assim Sina não me leva para piscina. – Digo ao me acomodar no banco.

– Não sabe nadar? – Questiona simples, ligando o radio do seu carro.

– Sei, só não estou afim de pegar um sol. – Minto, tenho uma tremenda insegurança com meu corpo e isso não me faz bem. Queria me amar e não ligar para as pessoas apontando o dedo para seus defeitos mas não consigo. Irei correr de todo modo da piscina dos Deinert, caso contrário, se meu plano der errado, trouxe meu biquíni que comprei e quase nem usei, ele foi caro, preciso usar ele se não tiver outra alternativa já que Sina é persistente.

Não esqueçam da "⭐" pois ajuda demais e comentem, os comentários me motivam a continuar.💕

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