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Any Gabrielly

Assim que terminamos de arrumar tudo preparamos as coisas para o piquenique, Josh comprou uma cesta só para esse piquinique, já que o mesmo não tinha em seu apartamento. Enquanto preparo os sanduíches, Josh arruma tudo dentro da cesta de forma organizada.

– Você acha que sua mãe vai gostar de mim? – Pergunto já que estou de costas para ele, mordo meu lábio esperando sua resposta.

– E quem não gostaria de você? – Pergunta como se isso fosse óbvio.

– Não sei, vai que... – Ele me interrompe.

– Ela vai adorar você. – O mesmo caminha até mim, parando atrás de mim, beijando meu ombro. – Não tem como não gostar de você morena.

Me pego sorrindo pelo apelido.

– Estou ansiosa para conhecer sua mãe.

– Não contei a ela que estou... – Ele parece pensar na palavra correta. – Me envolvendo com alguém. Esse sempre foi seu sonho, ver o filho com alguém, só que eu não estava afim de me envolver com ninguém.

–  E o que fez você mudar de opinião?

– Uma certa morena, de cabelos cacheados, um tanto durona, que me beijou para fazer ciúmes para o ex namorado.

– E o quê ela tem de especial para ter feito você mudar de ideia?

– Não sei, me pergunto todos os dias.

– Talvez ela tenha enfeitiçado você.

– Com sua beleza? Talvez, ela realmente é encantadora.

– Obrigada jovem cavalheiro. – Me viro, ficando de frente para Josh.

– As suas ordens senhorita. – O mesmo se aproxima, selando nossos lábios.

Deixo o sanduíche de lado e levo minha mão até sua nuca, Josh afasta tudo que está sobre a bancada para o lado, sem se importar se irá cair no chão ou quebrar e me colocar sobre a bancada, se encaixa entre minhas pernas, apertando levemente a minha coxa.

Descendo beijos molhados pelo meu pescoço, Josh tatea meu corpo, como se desbravasse cada parte dele. Volto aos seus lábios, o beijando intensamente, puxando seu lábio com os dentes lhe arrancando um gemido abafado.

– Eu acho que o piquinique pode esperar. –Diz contra meus lábios.

– Eu quero ir ao parque, podemos transar depois Josh. – Choramingo manhosa contra seus lábios.

– Ok. – O mesmo se afasta minimamente, de forma que nossos rostos fiquem próximos. – Mas eu vou cobrar.

– Não irei esquecer, prometo. – Sorrio lhe dando um breve selinho.

Josh me desce do balcão e termino de preparar os sanduíches, arrumo a cesta com os morangos, os sanduíches e duas garrafas de suco de laranja. A todo momento sinto o olhar de Josh sobre mim e um calor em meu ventre surge, pois até mesmo de costas, sei que me observa.

– Vamos?

– Vamos. – Josh pega a cesta, pego meu celular, o colocando no bolso da calça e também as chaves do apartamento de Josh, as coloco no meu bolso e saímos do apartamento.

Quando chegamos ao elevador as portas se abrem, revelando um casal de idosos, eles estão de mãos dadas e sorriem quando nos veem. Demos passagem para o casal passar e entramos no elevador, sorrio ao ver o casal feliz de mãos dadas, o senhor fez questão de segurar a sacola do supermercado para a amada, e pelo visto a presenteou com um rosa já que a senhora sorri segurando a flor.

As portas se fecham e enlaço minha mão na de Josh, logo deitando minha cabeça em seu ombro. Em poucos minutos as portas se abrem e saímos do elevador de mãos dadas. Caminhamos até seu carro, Josh colocou a cesta no banco de trás e logo entramos no veículo.

No caminho fico observando a cidade, até que me viro e fico admirando Josh, como um homem tão lindo gosta de mim, ele poderia escolher qualquer uma mas ele me escolheu, me fez sentir mulher desde que me viu pela primeira vez.

– Por quê eu? – Pergunto repentinamente.

– O quê? – O mesmo parece não ter entendido.

– Por quê você me escolheu? Há tantas mulheres mais bonitas do que eu, por quê você me escolheu?

– Aí Any, nenhuma delas chega aos seus pés, deveria ver isso quando se olha no espelho. Não escolhi você só por sua beleza, você é uma mulher forte, não deixa ficar por baixo, é determinada e além de tudo tem um coração gigante.

– Você me fez sentir viva, me fez sentir desejada, me fez sentir que posso me entregar a alguém sem medo. Eu agradeço imensamente por isso.

– Não deveria agradecer, você se libertou, eu não fiz nada. Você está em uma jornada de autoaceitação, está se descobrindo como mulher. Eu não fiz absolutamente nada.

Enlaço nossas mãos e beijo as costas da sua mão, Josh acaricia as costas da minha enquanto dirige sem direcionar seu olhar para mim.

- Ok, não vou dizer mais nada, vocês terão que perceber isso algum dia mesmo.

Pois é Heyoon, eu já percebi. Menti para mim mesma, tentei negar com medo de sofrer mas não mandamos no nosso coração, ele escolhe quem devemos amar, quem deveremos dar os sorrisos mais idiotas, quem devemos nos entregar.

É, eu estou apaixonada por Josh.

Por quê isso parece me assustar tanto? Eu já sofri em um relacionamento mas eu não estava apaixonada, eu não sabia disso mas nunca fui apaixonada por Tyller. De certa forma isso é estranho, me apaixonar pela primeira vez.

Meu cérebro diz que é cedo mas meu coração diz que é certo. Escutar a razão ou a emoção? Qual lado da balança pesa mais?

– Chegamos. – Josh anuncia quando estaciona o carro.

Desço do veículo pegando a cesta no banco de trás do carro, dou a volta no veículo enlaço minha mão na de Josh.

– Está tudo bem? – Pergunta e assinto com a cabeça.

– Estou ótima. – Eu estou ferrada.

Caminhamos até um lugar mais afastado, nos sentamos em baixo de uma árvore e estendemos o pano sobre a grama, montamos nosso piqunique e nos sentamos sobre o pano.

– Faz mais ou menos uns oito anos que não faço um piquinique. – Josh diz, abraçando seus joelhos.

– Também não faço um piquinique há alguns anos, costumava fazer com minha irmã. Quando íamos para a fazenda dos nossos avós, montavamos um piquinique junto com nossa avó, ela sempre gostou de piquiniques. Virou tipo uma tradição, quando passavamos as férias na fazenda dos nossos avós.

– Minha mãe tinha um costume de fazer piquiniques no parque para que eu e meus irmãos pudéssemos brincar. Sempre jogávamos bola com meu pai, era divertido, andávamos de balanço, cansei de ralar meu joelho caindo do balanço.

– Você disse que era uma criança quieta. – O lembro é o mesmo ri.

– Se você não caiu e ralou o joelho, você não teve infância.

– Isso é verdade, já cansei de ralar o joelho brincando com meus amigos na rua de casa.

– Típico de menino. – Afirmo levando um morango a boca logo me deitando sobre o pano, olhando o céu azul.

Não esqueçam da "⭐" pois ajuda demais e comentem, os comentários me motivam a continuar.💕

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