capítulo 17

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Maggie

Depois de deixar o cara estirado no chão, saio correndo e me escondo em um beco, me sento em uma escada e tento processar o que havia acabado de acontecer.

Quatro meses se passaram desde que comecei a desconfiar que não éramos os mocinhos, e minhas suspeitas foram ficando mais fortes a cada dia, e foi na nossa última "missão" que eu tive certeza, nós roubamos um laboratório de química em Paris, com o intuito de evitar que uma poderosa arma química caísse em mãos erradas, já que tínhamos uma informação de que ela seria vendida a um famoso traficante de armas químicas e biológicas da Síria, mas o detalhe que eu não pude deixar passar é que meia hora depois, a mesma arma química matou todas as pessoas que estava no laboratório, inclusive o cientista que havia feito ela, não poderia ser coincidência, não depois de tudo que vinha acontecendo.

Nossa próxima "missão" será aqui na Rússia, e eu tinha a contante sensação de que já estive aqui, mas não conseguia me lembrar, se realmente já estive ou era só imaginação minha, mas eu sabia exatamente como chegar em determinados lugares como a Praça vermelha, o Kremlin, Catedral de São Basílio, eu andava pelas ruas de Moscou como se as conhecesse bem, e naquele dia saí para dar uma volta pela cidade, foi quando percebi que estava sendo seguida, começou na catedral onde senti a necessidade de ir até lá, fiquei lá por alguns minutos, e saí, então percebi um homem que me seguia, toda vez que eu conseguia despistar ele, ele me encontrava novamente, até que ataco ele no beco, e ele começa a dizer coisas estranhas, me chamava de meu amor, que estava com saudades de ouvir minha voz, e me chamava de Maggie, eu ainda não havia visto seu rosto, então o viro pra mim e olho em seus olhos, e aquela sensação de que o conhecia de algum lugar me pega desprevenida, porque sinto uma vontade enorme de chorar, algo dentro de mim dizia que eu o conhecia, mas minha mente não conseguia assimilar o rosto dele a alguém, o olhar dele pra mim é tão...mas tão intenso que minhas pernas até ficam bambas por um momento.

Pela forma como ele me olhava, era nítido que ele me conhece, eu não conseguia decifrar o olhar dele, era tão...tão sei lá, alguma coisa bem lá no fundo me dizia que aquele homem significava algo para mim, eu só não sabia o que.

Nesse momento ouço conversas no beco, então me levanto e saio dali rapidamente, assim que chego no alojamento que estavamos ficando na Moscou, Eric vem até mim.

—Ashley, por Deus, onde você estava, estávamos preocupados.

—Eu só saí para dar uma volta.

—Deveria ter chamado alguém para acompanhá-la, poderia ter se perdido, não conhece nada aqui.

—Tá tudo bem, eu não me perdi.

—Está bem mesmo, parece meio pálida e distante.

—Eu tô bem Eric, me deixa.

Falo em seguida subindo para o dormitório, me deito na cama e olho para o teto, quando Lexie entra.

—Oi, aí está você, por onde andou?

Pergunta ela.

—Fui conhecer a praça vermelha.

Digo me sentando na cama

—Sério e soube chegar lá sem se perder?

—Era como se eu soubesse exatamente para onde ir, como se eu já estivesse vindo aqui, em algum momento da minha vida que não me lembro.

—É talvez sim, Eric ficou preocupado achando que poderia se perder, pelas ruas de Moscou, mas eu disse pra ele não se preocupar, porque você saberia se virar, está tudo bem, estou achando você meio aérea.

Infiltrada - Atentado Em MoscowOnde histórias criam vida. Descubra agora