Infiltrada - Atentado Em Moscow

capítulo 82

Pouco antes do almoço a médica me dá alta e então vamos pra casa.

—Você está se sentindo bem mesmo Maggie, ou só disse isso pra médica pra ir embora?

Pergunta Sophia.

—Pela milésima vez, eu tô bem, só estou faminta, então cala a boca e dirige, ainda precisamos ver o que fazer pra comer.

—O Nik já está cuidando disso.

—É, eu mandei pra ele as coisas que a médica disse que poderia comer, provavelmente a comida já está pronta, então relaxa Maggie.

—Ah que lindo, agora ele vai fazer de tudo para que eu o perdoe.

—Para Maggie, eu sei que está brava com o Nik, mas ele sempre fez de tudo por você, ele ama cozinhar e faz isso pra vocês muitas vezes.

Fala Sophia.

—É tem razão, só estou arrumando um motivo para implicar com ele.

Elas riem.

—Você é terrível Maggie, vai fazer o coitado do meu pai sofrer nas suas mãos.

—É como eu disse querida, eu posso até perdoar, mas não sem antes ele sofrer e se martirizar muito pelo que me fez.

—Você faz isso com o Sebastian até hoje.

Fala Anika.

—Sempre que eu tenho uma oportunidade.

—O sobrenome da Maggie é rancorosa, nunca vi uma pessoa guardar tanto rancor dentro de si.

—Tem coisas que machucam muito, e eu sou uma pessoa que perdoa muito fácil, mas jamais esqueço o que me fizeram passar, e também não deixo ninguém esquecer.

—É, o coitado do Sebastian tem traumas disso.

Fala Sophia.

—Tem mesmo, ele sempre diz que se pudesse teria feito tudo diferente.

—Pois é, mas não podemos voltar no passado pra consertar as merdas que fizemos.

—Você acha que se tivesse tido o bebê, ainda estaria com ele?

—Não, meu relacionamento com o Seba sempre esteve fadado ao fracasso, desde o começo, eu só não queria enxergar isso, mas provavelmente só manteríamos uma boa relação por causa do nosso filho, mas tudo tem um propósito né, eu não teria conhecido seu pai se tivesse um filho, jamais deixaria meu filho para me infiltrar em uma máfia, nunca na vida, e então eu não teria a Giulia e não teria conhecido você, tem coisas que eu não mudaria, mesmo se pudesse.

—É como dizem, a males que vem para o bem.

Fala Sophia.

—Exatamente.

Então chegamos em casa, descemos do carro e entramos.

—Isso aqui tá quieto demais, Giulia deve estar aprontando.

Falo.

Nesse momento Amélia uma das meninas que trabalham na casa, desce as escadas com o cesto de roupas sujas da Giulia.

—Bom dia senhora, já voltou, está melhor?

—Bom dia Amélia, estou sim, obrigada, onde está Giulia e Nikolai?

—Estão na cozinha.

—Ta bom, obrigada.

Vamos para a cozinha.

—Eu fiz certo, papai?

Ouço Giulia perguntar.

—Sim amor, ficou perfeito.