Infiltrada - Atentado Em Moscow

capítulo 31

Maggie

Depois que saio da cozinha, subo para o dormitório, precisava de um banho, pego minhas coisas e vou para o banheiro, entro debaixo do chuveiro e deixo a água cair por meu corpo, sorrio me lembrando do beijo de Nikolai, das suas mãos no meu corpo, o efeito que aquele homem exerce sobre mim, é surreal.

Fecho os olhos imaginando ele ali comigo, então algumas imagens bem excitantes começam a passar na minha cabeça, eu estava literalmente sonhando acordada, mas então me dou conta de que poderiam ser lembranças e não sonhos.

—Ah merda!

Termino logo o banho e saio do banheiro, mas aquelas imagens me perseguiam, me deito um pouco, e o sono bate, acabo tendo um sonho estranho, onde eu estava numa maca, e meus braços estavam amarrados, eu chamava por Nikolai e por Giulia, então alguém aparece, era Eric, eu pergunto quem era ele, alguém diz que algo não deu certo, então a pessoa entra no meu campo de visão, era Scott, eu tento me soltar das cordas, e pergunto o que não deu certo, Eric pede para aumentarem a dose de alguma coisa e Scott diz que aquilo pode me matar, então começo a me debater desesperada, e Eric diz para Tyler me apagar, acordo assustada e quase dou um pulo da cama, quando vejo que Eric estava bem ali me olhando.

—Porra, você me assustou.

—Me desculpe, você estava tendo um pesadelo.

Ah merda, era só o que faltava, eu ter falado tudo do sonho, que na verdade não era um sonho, era uma lembrança, eles injetaram algo em mim, que fez com que eu perdesse a memória, agora tudo faz sentido.

—Um...pesadelo?

—É, estava se debatendo e gritando algo, está tudo bem?

—Eu estava gritando, o que?

—Me tirem daqui, o que sonhou?

—Eu estava em uma cela escura e que fedia muito, e estava com medo, antes de me encontrarem, e de me trazerem para fazer parte da equipe, eu fiquei presa em algum lugar, cheguei a falar disso pra vocês?

Pergunto, claro que era mentira, mas precisava inventar algo para despistar ele.

—Sim, logo que perdeu sua família, você foi presa por estar ilegal no país, acharam que era uma terrorista.

As histórias do Eric eram tão ruins, que nem ele acreditava no que ele dizia, como poderia achar que eu seria tão burra a ponto de cair.

—Nossa que merda em, perdi minha família e ainda fui presa acusada de terrorismo?

—Não, é brincadeira, você foi presa uma vez, porque acharam que era uma agente russa, Sam teve que intervir a seu favor.

—Que fonte que você cria essas histórias em Eric?

—Fonte da minha cabeça.

—Bem ruins por sinal.

Ele ri.

—Eu amo sua sinceridade, mas o último é verdade, deve estar começando a se lembrar, isso é bom.

—E como é bom, nossa, já anoiteceu.

—É, você dormiu bastante, como não descia para jantar, vim ver se não havia sumido de novo.

—Sabe que nunca vai poder me segurar, não sabe?

—É, ultimamente isso tem ficado bem claro, acho que vou ter que amarrar você.

Quando ele diz isso, fico em choque e me afasto dele.

—Ei, eu tô brincando, não vou te amarrar, é só modo de falar.

—Você ainda vai acabar morrendo por seu modo de falar.