Infiltrada - Atentado Em Moscow

capítulo 87

Aquilo me quebrou por inteira, eu me odeio por não conseguir manter a personagem fria por muito tempo, teria sido mais fácil se ele tivesse realmente se afastado, porque aí eu teria um motivo para odiar ele, não esperava que ele fosse praticamente ignorar tudo, mas gostei que ele não quis abrir mão de nós, já é um ponto positivo.

—Eu também te amo, se ousar dizer que estou te traindo de novo, eu corto seu pênis.

—Aí, isso não vai ser necessário.

—Eu espero que não mesmo.

Nos deitamos novamente, ele coloca a mão na minha barriga.

—Acha que o bebê vai ficar bem agora?

—Ele vai.

—Desculpa por não ter cuidado de você, agora prometo que não vai fazer nada eu farei tudo, se for menino vai mesmo chamar ele de Alec?

—Sim, é bonito, não é?

—É lindo, e se for outra garotinha?

—Melanie.

Melanie era o nome da mãe do Nik.

—É lindo, minha mãe iria amar a homenagem, meu pai também, queria muito que eles estivessem aqui, para ver a família linda que construímos.

—Tenho certeza que estão vendo, e estão muito orgulhosos de você.

Falo colocando minha mão em cima da dele.

—Eu espero que sim.

Ficamos em silêncio um pouquinho até eu quebrar com um assunto bem aleatório.

—Eu estava aqui pensando e nossos filhos são descendentes de americanos, italianos, russos e franceses, sua mãe se naturalizou russa, mas nasceu nos Estados Unidos, e minha avó materna era Francesa, tem várias culturas misturadas né?

—Sim, eu nunca tinha parado pra pensar nisso, e meu avô materno era alemão, mais uma descendência pra lista.

Fala ele rindo.

—Do que está rindo?

—Do nada você com um assunto bem aleatório, mas voltando aquele assunto, eu vou poder pelo menos dar na cara do Sebastian né, só um soco pra ele ficar esperto.

—Não, não quero que briguem, principalmente se a Giulia estiver por perto, não quero que ela veja o pai e o padrinho brigando.

—Se ela não estiver por perto eu posso?

—Não Nik.

—Só um soco na costela ou no saco dele, na boca então, pra quebrar os dentes dele, Anika não vai achar ele tão encantador se estiver banguelo.

—Seria engraçado, mas não.

Falo rindo em seguida ficando séria.

—Promete que não vai brigar com ele?

—Vou ver e te aviso.

—Estou falando sério Nik.

—Eu também, não vou prometer algo que posso não cumprir, faz tempo que minha mão tá coçando pra dar um soco nele.

—Ele disse que se for pra cima dele, ele vai revidar.

—Ah ele quer me enfrentar, melhor ainda, então que ele seja homem e venha me enfrentar, a menos que ele só vai ficar fugindo como tá fazendo, se ele realmente fosse um homem maduro e quisesse algo sério com a Anika, ele teria vindo falar comigo, pelo menos por consideração né.

—É, acho que ele já deveria ter feito isso.

—Há quanto tempo isso vem rolando entre eles?

—Bastante tempo, bem antes da Anika ir pra Alemanha no meio do ano, ela me disse que estava muito confusa sobre seus sentimentos por ele e que não queria sentir nada por ele, por isso foi pra Alemanha pra tentar esquecer ele, até cogitou a ideia de ficar morando lá, mas não aguentou ficar longe da gente e dele, estava se sentindo muito culpada por estar gostando dele.