capítulo 25

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-E que Deus nos ajude, mas me fala, então você realmente tem uma boa relação com meu ex?

-Sim, como eu disse, ele é o padrinho da nossa filha, ela gosta muito dele, um conflito entre nós não seria bom, mas também não tem porque ter conflito, você já deixou bem claro pra ele, e ele parece ter superado bem, apesar de achar que ele ainda te ama.

-Isso te incomoda?

-Não mais.

-Por que?

-Porque sei que não tem nenhuma possibilidade de você corresponder.

-Você tem muita certeza disso.

-Eu tenho que ter né, eu confio em você e confio em mim, eu sou um marido incrível, não teria porque você querer me trocar por aquele cabelo lambido, como diz a Giulia.

Rimos.

-Ele é um bom padrinho pra ela?

-Sim, ele cuida da Giulia como se fosse filha dele, e ele me provoca dizendo que ela é nossa filha.

-E como você lida com isso?

-Levo numa boa, se a pessoa trata minha garotinha bem, automaticamente eu já gosto dela, Sebastian morre de amores pela Giulia, e as vezes eu tenho ciúmes do quanto ela é apegada a ele, e nesses meses que ficou sumida, ele me ajudou muito com a Giulia, e também tem ajudado muito seus pais, quando não estou presente.

-Isso é bom, superaram o fato de ambos serem apaixonados por mim, pelo bem da nossa filha.

Ele ri.

-Sim, exatamente.

-Olha, eu sei que disse que ia ficar mais um pouco e realmente gostaria de ficar, mas me lembrei que sai bem cedo e às escondidas do esconderijo, e quando derem por minha falta, vão ficar me procurando e depois vão me encher de perguntas, e já perceberam que não estou no meu melhor momento, então, acho melhor eu voltar, tudo bem?

-Sim, sim, você tem razão, temos que ser discretos, não podem perceber, mas não deixe de vir aqui.

-Eu venho amanhã cedo, aí conversamos com a Cate, pode ser?

Pergunto me levantando.

-Tá legal, só toma cuidado tá?

-Tá bom, de manhã é mais fácil, porque caso especulem, eu fui correr e parei pra espairecer ou comer em alguma padaria.

-Tá bom, eu te levo até a porta.

Vamos para a porta.

-Você não acha que vai ser estranho, eu ficar vindo aqui, e não ficar por muito tempo, quer dizer, as pessoas desse prédio me conhecem, e vão achar estranho o fato de eu não dormir aqui com meu marido.

-É, mas ninguém tem nada a ver com nossa vida, a não ser que queira vir dormir aqui.

-É tentador, mas infelizmente não dá.

-Por enquanto, mas a única pessoa que pode especular algo, é o porteiro, mas ele é bem discreto, qualquer coisa eu invento alguma coisa.

-Tá bom, tchau.

Falo saindo assim que ele abre a porta, mas ele me segura pelo braço e me puxa de encontro ao seu corpo.

-Não sem um abraço.

Abraço ele também, ele beija o alto da minha cabeça.

-Se cuida tá, eu te amo.

-É... obrigada?

Infiltrada - Atentado Em MoscowOnde histórias criam vida. Descubra agora