SEM REVISÃO
Primeira atividade: 24/08/2020
Continuidade: 15/08/2021
Conclusão: 31/10/2022
Livro ll da Trilogia Jornadas do coração
Livro l: Até a última folha
Caleb Jones carrega no corpo cicatrizes de uma infância perturbada. Foi obrigado a encara...
"Frio como um vale Onde eu coloco minha cabeça Frio como mulher Na cama de outro homem Abaixo da floresta Com o diabo em mim Lembro-me dos olhares nos rostos Através dos sicômoros"
— Helfire – Barns Courtney
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Terminei de colocar as roupas e olhei em volta, procurando um papel e uma caneta em algum lugar do apartamento de Cassie. Achei um pequeno bloco de post-it em cima da mesa dela, escrevi rapidamente um bilhete agradecendo pela noite, deixando-o em sua cabeceira e fui embora. Nunca gostei de dormir fora de casa, ou em casas desconhecidas e já havia aberto exceções demais para uma noite, essa estaria fora de cogitação. Precisava de uma longa chuveirada e minha cama. Estacionei a Bugatti na garagem e apoiei a cabeça no banco, respirando fundo, o relógio do carro marcavam 3:30 da manhã e me xinguei mentalmente por ter chego tão tarde, sendo que precisaria estar na Jones as 7 horas para fazer as entrevistas com os futuros funcionários.
Me arrastei até meu apartamento, fui tirando a roupa assim que bati a porta e corri para o chuveiro, tomando uma ducha rápida e me jogando na cama em seguida, sem me dar o mínimo de trabalho de colocar a roupa. Mal havia pego no sono quando ouvi algum barulho ensurdecendo pelo apartamento, praguejei antes de levantar e quase fiquei cego com a claridade que entrava pelas enormes janelas, só então me toquei que já havia amanhecido e dormi feito uma pedra.
— Porra de despertador! — Procurei meu celular pela sala e estranhei quando encontrei minhas roupas dobradas em cima do sofá. — Eu nunca lembro de nada mesmo. — Dei de ombros e desliguei o apito incessante do alarme.
— Bom dia senhor Cale... — Paralisei ao ouvir a voz de alguém que naquele momento eu desconhecia. — Ai meu Deus! Perdão!
Permaneci de costa para ela e agradeci por isso, caso contrário ela teria visto um nu frontal nada agradável.
Ouvi a voz dela se afastar, indicando que teria voltado para a cozinha, puxei rapidamente uma almofada e corri para a suíte do meu quarto, me jogando no chuveiro.
Me arrumei e segui até a sala, a mesa do café já estava posta e pelo barulho que vinha da cozinha a mulher deveria estar por lá.
— Bom dia. — Falei enquanto entravava na cozinha e encontrava uma senhora que deveria ter uns 45 anos.
— Me desculpa senhor Caleb, se eu soubesse que o senhor estaria indisponível naquele momento, não teria aparecido, é que...
A senhora gesticulava nervosamente enquanto tentava se desculpar e suas bochechas estavam da cor de um tomate.
— Ei... — Peguei suas mãos, colocando entre as minhas na tentativa de acalma-la. — Não teria como você imaginar que eu estaria pelado. — Acariciei o dorso de suas mãos. — Fique calma, não precisa se desculpar, acontece.