CAPÍTULO XLVI

543 49 3
                                    

Não

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Não...

Não!

Não!

Isso não podia estar acontecendo!

Andava de um lado para o outro, dentro do maldito quarto do pânico.

Mas sentia que era eu que estava em pânico. Sentia as paredes de titânio se fechando ao meu redor, fazendo meu peito doer, implorando por ar. Estava tendo um ataque de pânico.

Estava claustrofóbica ali dentro e tudo só piorou ainda mais, quando vi pelos monitores, eles pegando o Caleb.

Lágrimas escorriam pelo meu rosto, embaçando minha visão, mas não bastante para me impedir de enxergar, enquanto eu os via carregando para fora.

Totalmente desacordado.

Pensei em sair do quarto, mas a ordem do mais alto me fez paralisar onde eu estava.

— Revira a porra da casa inteira e a encontre!

— Faço o que quando acha-la chefe? — o mais baixo perguntou.

Na noite em que eles me esperavam ao lado do meu carro, o mais baixo usava um taco de beisebol, mas hoje ele vira muito bem armado.

— Faz o que você quiser. — O mais alto deu de ombros. — Contanto que ela não fique respirando depois. — Ele sorriu. — Ele a quer morta.

— Entendi. Seu pai quem manda, chefe.

Seu pai?!

Como assim?

Quem era ele? E quem era a porra do pai dele?

Fui até a porta, verificando se estava trancada e depois fui até o canto do quarto, me encolhendo no chão. Ergui os joelhos até o peito e os abracei, chorando compulsoriamente, enquanto implorava a Deus para manter o homem que eu amava, vivo.

Olhei pelo visor e vi quando o mais baixo desceu a escada do porão. Ele sorria para a enorme porta de titânio e balançava a arma entre as mãos. Sabia que era uma escopeta, pois o Albert tinha uma igual.

Ele me ensinou a atirar com ela e com um rifle de longo alcance também.

— Sei que você está ai, docinho. — ele falou, contra a porta. — E não vou a lugar algum, até você sair.

Senti meu corpo inteiro tremer e um medo absurdo percorrendo pelas minhas veias.

— Uma hora você vai ter que sair e quando você sair... — Ele riu.

E eu sabia muito bem o que ele queria fazer comigo.

O homem andava de um lado para o outro, já começando a ficar impaciente, vi pelo visor que já faziam quase 20 minutos que ele estava ali e sabia que logo o Albert estaria em casa.
Ele só precisava ficar mais um tempo na casa.

Cicatrizes e Demônios  |  Livro 2 [SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora