SEM REVISÃO
Primeira atividade: 24/08/2020
Continuidade: 15/08/2021
Conclusão: 31/10/2022
Livro ll da Trilogia Jornadas do coração
Livro l: Até a última folha
Caleb Jones carrega no corpo cicatrizes de uma infância perturbada. Foi obrigado a encara...
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Caleb beija meus lábios e eu não consigo deixar de sorrir com isso. Estamos estacionados no subsolo da Jones filial e ele fez questão de me trazer hoje.
Alegou que ainda queria compensar o tempo que passamos separados, mas sabia que não era só isso. Ele pensava que eu não via a troca de carros constante, as rotas alternativas a cada dia para ir para o trabalho.
Ele estava com medo e faria tudo que pudesse para evitar que qualquer um deles, nos pegassem desprevenidos.
— Te busco às 18h, pequena. — Ele beijou meus lábios novamente e sorriu. — Vamos jantar na minha mãe hoje.
Assenti e abri a porta, mas ele pegou meu braço antes que eu pudesse descer e me puxou para o seu colo. Uma risada alta escapou de meus lábios e apoiei os braços ao redor do seu pescoço.
Ele enfiou o rosto na curva do meu pescoço e respirou fundo, inalando meu perfume adocicado e arrepiou minha pele. Seus braços me apertaram fortes e senti o martelar do seu peito frenético.
— Eu te amo tanto. — ele sussurrou, ainda com o rosto enfiado no meu pescoço.
Algo lhe incomodava, mas o conhecia muito bem para saber que mesmo que eu insistisse, ele não iria falar. Caleb era assim, escondia tudo que sentia até não ter mais escapatória e explodir.
Mas ele estava trabalhando nisso com a terapia e dava para a mudança dele, desde que nos conhecemos.
O antigo Caleb era quase como uma versão gêmea dele, era como colocar um ao lado do outro, o gêmeo bom e o ruim. Ele finalmente estava conseguindo separar essas duas versões de si mesmo.
Acariciei seus cabelos e beijei seu rosto, fazendo o que eu fazia de melhor nessas horas; o acalmando.
Ele respirou fundo e permaneceu com os braços ao meu redor. Ficamos ali, parados e imersos em nós mesmos por longos minutos, até que senti seus braços se afrouxando ao meu redor e as batidas de seu coração se acalmando.
Ele segurou meu rosto sob as mãos e olhou no fundo dos meus olhos, quase me afoguei naquela imensidão cristalina.
Senti o medo que ele estava irradiando das suas pupilas e aquilo fez meu peito se apertar, formando um nó em minha garganta.
— A gente vai sair dessa. — ele sussurrou, mas para si mesmo do que para mim. — Vou resolver tudo isso. — Ele beijou novamente meus lábios, como se tentasse se desculpar por tudo aquilo. — Eu te prometo. — sua voz era um fiapo e ele recostou a testa na minha, respirando fundo. — Até mais tarde, meu amor. — ele falou, com um pequeno sorriso.
Tentando dissipar a tensão em que estávamos. Assenti e sai de cima do colo dela, ajeitei a saia do meu terno e sai pela porta. A fechei e me inclinei sobre a janela aberta.