CAPÍTULO XLVII

612 51 8
                                    


Já faziam 24 horas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Já faziam 24 horas.

Vinte e quatro horas desde o seu desaparecimento e não tínhamos a mínima noção do que havia acontecido com ele.

A polícia não conseguiu rastrear a picape preta, pois a placa era clonada e eles perderem o paradeiro dela assim que o irmão do Caleb entrou na avenida principal da cidade.

Ele provavelmente trocou de carro.

Estávamos num completo estado de choque.

E o pior disso tudo, era que não podíamos ficar juntos.

Albert conseguiu avisar a Scarlett, mas por segurança de todos, optamos em continuar separados. Porque claramente o foco deles era causar dor para o Caleb, não importa como.

Albert ainda mantinha o Henrico — descobri o nome dele através do Albert — e mesmo após horas de violência, que eu preferi não ver, ele continuava não querendo falar.

A única coisa que ele fez, foi cuspir na cara do Albert, mandá-lo se foder e dizer que a gente nunca mais veria o Caleb.

Pelo menos, não com vida.

E essa parte, acabou comigo. Ao ponto deu perder o controle sobre o meu corpo e enfiar uma tesoura na perna dele.

Depois disso, o Albert decidiu levá-lo para o porão.

Para o bem dele mesmo. Já que ele precisava arrancar alguma informação decente do filho da puta.

Meu coração estava acelerado, a respiração ofegante e sentia todo meu corpo tremer. O suor escorria pela minha coluna e as lagrimas desciam sem controle sobre o meu rosto.

Não havia conseguido dormir direito e quando consegui, acordei assustada depois de um pesadelo.

"Estava escuro, só conseguia ouvir os sons ocos dos meus pés no chão gelado. A única iluminação que havia no local, era de uma pequena fresta de luz que escapava pela porta que tinha no fim do que parecia um corredor.

Meu coração acelerava, batendo descompassado em meu peito, a cada passo que eu dava para mais próximo da porta. Por algum motivo eu sabia que o que havia do outro lado dela, era ruim.

Só não sabia quão ruim era.

Por mais que meu corpo inteiro tremesse de medo e frio, minhas pernas continuavam andando até a maldita porta.

O suor pingava do meu rosto, fazendo a roupa que eu usava, grudar em minhas costas, irritando minha pele.

Meus pés estavam gelados e por algum motivo sórdido, eu estava descalça, pisando sob o piso gelado. Calafrios subiam pelas minhas pernas, fazendo meu corpo tremer com violência, pelo frio.

Minhas mãos estavam geladas e eu apoiava uma delas, na parede, para me guiar pelo caminho. Minha visão estava começando a se acostumar com o breu do local, como um animal noturno, conseguia distinguir o tamanho do corredor.

Cicatrizes e Demônios  |  Livro 2 [SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora