CAPÍTULO XXXIV

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"Bem-vindo à minha escuridão, eu estive aqui por um tempo
Nublando a luz do Sol, sofrendo por um sorriso
Ou algo assim, mas algo sempre se transforma em nada"

— Dark side - Bishop Briggs

— Dark side - Bishop Briggs

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Estou entrando no carro quando ouço o barulho de mensagem chegando no meu celular, tateio o terno procurando onde coloquei o aparelho e o encontro no bolso interno do blazer.

Desbloqueio o celular e vejo que a mensagem é do Albert. Ele estava a alguns dias responsável por outro trabalho e por isso não estava mais fazendo a minha segurança. Fiquei sem segurança propositalmente, assim, se alguém tentasse vir atrás de mim ou da Duda, me escolheria por ser o mais indefeso no momento.

Não ligava para o que poderiam fazer comigo, desde que, deixasse minha mulher em paz.

Entrei no carro, fechei a porta e coloquei o cinto, pluguei o celular no suporte e liguei o bluetooth do carro e do celular. Ative o comando de voz e pedi para ligar para ele.

— Senhor? — Albert atendeu no primeiro toque.

Olhei no painel do carro e resmunguei ao constatar quão cedo ainda era. O relógio mal marcava 06h da manhã.

— Você a encontrou? — perguntei, sem postergar o assunto.

Ele sabia bem de quem eu estava falando.

— Te encontro no seu escritório daqui 1 hora, chefe. — Albert respondeu, desviando da minha pergunta.

Para ele optar em conversar comigo na Jones, já sabia que o assunto era sério. Concordei e desliguei a chamada. Girei a chave na bugatti, dando partida no carro.

Nos últimos dias optei em usar o antigo carro do meu irmão, era mais veloz e mais potente do que a minha Suzuki. Troquei também o carro da Duda, do Hyundai para um Audi r8 preto. E iriamos revezar os carros, até encontrar a Melissa e o bando dela.

Duda reclamou de começo, mas depois entendeu minhas razões por temer sua segurança. Fora o carro, ela não saia de casa sem ao menos dois seguranças. Um deles ia com ela no carro e o outro seguia eles com algum dos nossos carros da garagem.

Poderia ser paranoia minha, mas preferia errar pelo excesso, do que pela falta de cuidado.

Sorri ao ouvir o ranger do carro e o volante vibrar em minhas mãos. Eu amava esse carro, não só pela velocidade, mas também por apego emocional.

Meu irmão era tudo para mim e ainda era extremamente sofrido pensar na sua morte.

Era um misto de raiva e saudade. Passei anos da minha vida tentando achar provas contra o David e até hoje nenhuma delas havia aparecido.

O responsável por mata-lo havia simplesmente sumido do mapa, evaporado e sem deixar nenhuma possível pista do seu paradeiro. E com ele, foi a arma do crime e qualquer testemunha que pudesse corroborar com a prisão dele.

Cicatrizes e Demônios  |  Livro 2 [SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora