Luke Patterson point of view;
Hoje completa uma semana de nossas apresentações no Audition Music, e aquela sensação única ainda não desaparece. É algo lendário, que vai ficar marcado pro resto de nossas vidas.
Agora estou sentado na pequena varanda que temos em nosso apartamento escrevendo algumas letras de músicas, pra ser mais específico: revisando a música que fiz pra minha mãe. Vocês não fazem idéia da saudade que eu tenho de casa, lógico que eu amo morar com meus amigos, mas sinto falta dos sermões de mamãe, ou então assistir jogos de futebol com papai aos domingos. Minha família sempre foi muito unida em relação a tudo, porém isso mudou quando completei 17 anos. Sempre fui uma criança apaixonada por música, segundo mamãe escutava desde quando estava em sua barriga!Quando virei adolescente isso não mudou, apenas cresceu mais. E no meu aniversário de dezessete anos, ganhei uma guitarra de meus pais.
E foi aí que o inferno começou.
Minhas notas na escola começaram a cair, não estava mais fazendo lição, focava apenas na música. Até que eu e meus amigos decidimos criar a Sunset Curve, já que tínhamos tudo o que queríamos. Os pais dos meninos foram de boa em relação a isso, e sempre apoiaram. Diferente dos meus pais,que fizeram o contrário disso tudo. Meus pais não queriam um filho de 17 anos numa banda de rock, então me proibiram de falar com os meninos e tiraram a guitarra de mim. Fiquei revoltado com isso, e após milhares de brigas, eu finalmente fugi de casa e fui pra casa do Alex. Mas o mesmo também foi expulso depois de contar que era gay, então fomos morar com Reggie, e hoje em dia temos nosso próprio apartamento. Nem vejo quando já amanheceu e dou um longo suspiro indo em direção ao banheiro, tomando um demorado banho, enquanto organizo meus pensamentos. Algumas idéias passam por minha cabeça e até chego considerar algumas, mas logo as afasto. Tomo uma xícara enorme de café e vejo que já deu um horário bom pra ir chamar Julie. Pego o carro do pai de Willie, pois foi quem nos emprestou desta vez, e dirijo calmamente até a casa da cacheada. Desço do carro e toco a campainha que depois de um tempo é aberta por Carlos.
- Oi carrapato.- o mais novo me cumprimenta.- Entra aí.
- Oi Sr. Porteiro.- passo a mão em seus cabelos, os bagunçando.- Jogando o que?
- Fortnite! Quer jogar também?- pergunta e nego, o mesmo faz um biquinho.
- Prometo que outro dia eu jogo quantas partidas você quiser.- ele abre um sorriso enorme.- Agora você pode chamar sua irmã, por favor?
- Mas já, Patterson? Hoje foi cedo hein.- a mesma diz enquanto desce as escadas vestida em uma roupa linda. Sem brincadeira.
- Você tá linda julie.- digo e ela revira os olhos.- É sério!
- Já que você diz - dá de ombros- Obrigada pelo elogio.
- Só disse verdades.- digo e dou uma piscadela,fazendo a mesma corar e revirar os olhos.- Vim te fazer um convite.
Me acompanha até a casa dos meus pais?- juro que a mesma ficou até tonta. Já tinha contado minha história pra Julie uma vez, que me consolou e disse que me ajudaria em tudo. - Tudo bem se não quiser ir.
- Eu vou.- ela diz após um tempo e sorrio.- Só preciso trocar de roupa rapidinho.
- Pra que?- pergunto e ela me olha confusa. - Tô falando sério, você tá linda assim.
- Bom, já que você tá falando! Deixa eu só mandar uma mensagem pra meu pai.- ela diz enquanto caminhamos pra fora.- Não sou dona do meu próprio nariz ainda.
Depois de algumas alfinetadas e patadas bem generosas, finalmente chegamos em frente a casa dos meus pais, onde estacionei do outro lado da rua pra não ter erro.
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𝗺𝘂𝘀𝗶𝗰𝗮𝗹 𝗴𝗶𝗿𝗹 ; 𝑗𝑢𝑘𝑒
Romance[+ 𝐉𝐔𝐊𝐄] Julie odeia Luke desde sempre, pelo fato dele a irritar desde que se conhece por gente, se tornando um grande clichê. Mas após um concurso entre escolas tudo muda. Amizades e amores novos virão. E para saber o que vai acontecer, apenas...
