Quando Hye entrou, ficou surpreso ao encontrar Namjoon sentado no sofá. Os dois apenas se deram um sorriso e um aceno de cabeça. Hye nem mesmo quis sentar, então fiquei de pé também.
- Olha... - ele disse tirando alguns papéis da bolsa e me entregando. - parece que Kwon Seok-Gi acrescentou cláusulas no contrato.
- Como assim? - perguntei, folheando os documentos.
- Ele me apresentou essa nova cláusula onde diz que em caso de falecimento de um dos sócios, o outro ficaria com cinquenta por cento mais um de sócio administrador.
- E isso quer dizer...
- Quer dizer que ele ainda tem muito poder sobre a livraria. Ele não pode fazer nada sem te consultar, mas você também não pode mover um livro lá dentro sem ter a concordância dele. De alguma forma ele conseguiu a assinatura do senhor Woo nesse documento. Eu não posso provar, mas tenho certeza de que ele convenceu o senhor Woo de que se tratava de outra coisa.
- E qual é a notícia boa?
- Essa é a boa.
Meus olhos se arregalaram quando saíram dos documentos em direção a Hye.
- A notícia ruim é que ele deixou bem claro que tem planos de vender a porcentagem dele para alguma companhia. O que significa que alguma empresa pode tomar o lugar na sociedade e tentar transformar a livraria em alguma franquia...
- Mas pra isso eles precisam da minha autorização, não é?
- Em teoria, sim.
Tive vontade de jogar os papéis para o alto, mas apenas os bati na lateral da perna, tentando conter a raiva.
- Por que esse documento não estava com os outros? - Namjoon perguntou.
- Acho que a intenção dele era usar como uma cartada. Como agora.
- Mas isso poderia estar em sigilo? Como advogado, é esperado que você busque essas informações.
- Ahn... - eu tentei intervir.
- Como um Idol, você não sabe sobre nenhum processo que é feito para identificar isso. Eu sou o mais interessado em dar a Aimy o que é dela por direito.
- Não parece...
- Tá bom, já chega! - repreendi os dois. - Isso tá indo longe demais.
Então os dois desviaram o olhar um do outro.
- Hye, vou precisar de você mais tarde, mas já pode ir. - eu disse e ele concordou. - Namjoon pode ir também.
- Mas eu achei...
- Quer que eu chame um táxi?
Ele negou com a cabeça e ficou observando enquanto levei Hye até a porta. Assim que fechei a porta, senti a presença de Namjoon atrás de mim.
- Posso ficar? - ele perguntou.
- Depois dessa cena toda? - me virei para olhá-lo.
- Desculpa, jagiya. Eu fiquei... - ele limpou a garganta como se estivesse desconfortável com o que ia dizer. - com ciúmes.
- Não me diga...
- A gente pode só continuar de onde parou? Você por cima...
- Namjoon! - Eu o empurrei levemente para passar por ele.
Fui até a cozinha pegar um copo de água e ele me seguiu, escorando o corpo no batente da porta e cruzando os braços. Eu queria poder pensar a respeito do que Hye disse e dar a devida importância, mas Namjoon estava ali, depois de tanto tempo.
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The Bookstore
FanfictionMorando a dois anos na Coréia, Aimy passava o tempo entre o trabalho, em uma livraria, durante o dia e os estudos durante a noite. Seu maior objetivo era prosperar a pequena livraria do senhor Woo e reavivar os dias de glória do estabelecimento, par...