Depois de algumas semanas, Namjoon e eu constatamos que a mídia e as pessoas estavam cada vez mais acostumadas com nosso relacionamento. Em pouco tempo minhas redes sociais ultrapassaram os cinco milhões de seguidores, o que me levou a ter que desativar os comentários e privar o envio de mensagens diretas. Namjoon sempre pedia para que eu ignorasse os haters que apareciam, mas às vezes eu lia alguma coisa.
Eu estava na sala de dança da empresa, mexendo no celular, enquanto os meninos ensaiavam uma nova coreografia. Minha convivência com eles era muito mais frequente e minha presença na empresa, agora, parecia mais bem-vinda.
Por mais que eu quisesse prestar atenção no que eles estavam fazendo, eu conversava com Hye por mensagem, a respeito do leilão.
Hye: Vai ser no final de semana. Ele organizou o leilão, para acontecer na própria empresa.
Me: Essa família é completamente egocêntrica, não me surpreende ele fazer isso.
Me: Você conseguiu saber quem são os possíveis compradores?
Hye: Sim...
Hye: Mas eu quero que saiba que não importa quem arremate a sociedade, eu vou ajudar você a manter a livraria da forma que você desejar. Todos os meios legais serão utilizados.
Me: Eu agradeço muito por isso. Mas... A lista é tão ruim assim?
Hye: Temos duas esperanças. Uma editora pequena, que combina muito com a atmosfera da livraria e acredito que irá manter tudo como está. E uma empresa que não consegui encontrar muitos detalhes, mas aparentemente revitaliza comércios que mantêm a cultura milenar viva.
Eu esperava muito que esses dois investidores tivessem capital o suficiente para brigar com os demais empresários da lista. Hye havia dito que, era praticamente certeza que se a sociedade fosse arrematada por qualquer uma das outras empresas, nós perderíamos muito do que a empresa tem hoje. Talvez mudanças muito mais radicais do que simplesmente colocar o brasão da família em cada prateleira da estante.
- No que está pensando? - A voz de Namjoon me chamou atenção.
Ele me olhava um pouco sério, enquanto batia levemente com a toalha contra o rosto, para tirar o suor.
- Nada demais. - eu disse colocando o celular no bolso e ele chacoalhou a cabeça, negando.
- Você ficou estranha agora.
- Não é nenhum hate. - Ele pareceu um pouco mais aliviado. - são só coisas sobre a loja.
Namjoon jogou a toalha de lado e segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos. Com a outra mão ele segurou meu rosto para depositar um beijo na minha testa. Eu lhe dei um pequeno sorriso.
- Você já sabe a data?
- É... Já. - Eu não sabia se queria Namjoon lá. Não pela companhia dele, mas pela exposição.
- E quando é?
- Nam...
- Por que você não quer que eu vá?
Pisquei rápido algumas vezes.
- Eu não disse isso.
- Você demonstra isso.
- Eu só não quero que você se exponha tanto.
- Achei que esse papel de proteção fosse meu. - ele franziu a testa. - Olha, não importa quem esteja lá, nós vamos juntos. Só vamos assistir, porque não tem muito o que a gente possa fazer nessa situação e eu sei que você está chateada com tudo isso. Eu prefiro estar lá do que deixar você sozinha com o... é... Só não quero deixar você sair de lá triste e sozinha.
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The Bookstore
FanfictionMorando a dois anos na Coréia, Aimy passava o tempo entre o trabalho, em uma livraria, durante o dia e os estudos durante a noite. Seu maior objetivo era prosperar a pequena livraria do senhor Woo e reavivar os dias de glória do estabelecimento, par...