In The Middle Of The Night | Jujutsu Kaisen | One Shot | S/n

Não Quero Perder Tempo | Megumi Fushiguro

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Mais alguns dias se passaram e tudo aparenta estar bem, já que Gojo e os outros estão fora em um missão importante na qual S/n e Megumi já haviam participado. Restando apenas os dois e Nanami como feiticeiros livres, ambos se encontram em uma biblioteca para estudar coisas em relação aos sonhos da menina de cabelos vermelhos. Graças ao seu amado Megumi, ela aceitou ser ajudada por Nanami, o guardião legal após o banimento de Toji há quatro anos atrás. Os olhos da menina buscam pelo óbvio, uma coisa que levará a velha guarda a se intrometer em sua vida pela terceira vez.

A resposta para os seus problemas sempre esteve em sua frente, mas fingiu não ver por toda a sua vida. Incomodada por esconder há tanto tempo a verdade que esteve enraizada em sua mente por todos esses anos, S/n joga o livro sob a mesa e se levanta com brutalidade buscando se manter sã em frente aos dois, que param o que estão fazendo para observar o desequilíbrio da menina.

Nanami ─ Quer nos contar alguma coisa? ─ Como um pai antiquado e cheio de temores, o loiro encara S/n com seriedade buscando uma resposta plausível para o seu show.

S/n ─ Eu fui amaldiçoada, esse é o motivo dos meus sonhos e de tremer como uma velha louca.

Nanami ─ Como, se a maldição não te tocou?

S/n ─ A maldição daquela coisa vinha dos olhos... ─ S/n respira fundo e volta a olhar os dois atrás de si. ─ Não vão falar nada?

Nanami ─ Por quanto tempo pensou em esconder isso? Sinceramente S/n, pensei que fosse mais responsável, mas esconder que foi amaldiçoada por todos esse anos, já é demais.

Megumi ─ Você podia ter morrido e isso... isso me mataria por dentro. ─ Megumi se levanta sem olhar para S/n e sai da sala se sentindo horrível por ter tentado de todas as formas ajudar a garota, que sabia o que devia ser feito para livra-la dos pesadelos com a maldição.

Nanami ─ Trate de reverter isso antes que se torne mais grave, antes que se torne como o Sukuna!

S/n ─ Eu tive medo, eu podia ouvir a maldição o tempo todo dizendo que me mataria se eu contasse. Crianças tem medo de tudo Nanami, e eu tive medo a minha vida toda, por isso não arrisquei em contar.

Nanami ─ Devia ter ao menos tentado dizer a ele, sabe que ele ama cada parte sua!

S/n ─ Só espero que ele não me odeie por isso, espero que ele entenda que eu fui uma covarde idiota!

Nanami ─ Tudo bem sentir medo as vezes, mas devemos enfrentar o medo o quanto antes, antes que ele nos consuma de vez. ─ Com carinho o homem se aproxima e a abraça sem pensar em seu ódio por ele, a confortando em seus braços, que são inundados pelos fios vermelhos de S/n.

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Sendo um pouco orgulhosa em suas ações e em como deve agir em relação às pessoas, S/n se viu em um labirinto de dúvidas, não se decidiu em ir atrás de Megumi ou ficar para recorrer o reitor do colégio para convocar uma reunião com a velha guarda para removerem parte da maldição que ainda habita seu corpo. Porém, o jovem passou a sua frente e sem pensar duas vezes, foi atrás do reitor para comunicar a não tão boa novidade em relação a sua amada. Por sua vez, foi obrigado a ouvir um bocado de baboseiras partidas do velho que cria bonecos amaldiçoados, engolindo toda sua raiva para poder salvar a vida de S/n.

Como as notícias costumam voar na velocidade da luz, os amigos de S/n logo apareceram voltando da missão para dar a ela um gostinho da consequência da sua falta de responsabilidade. Mas, ao irem atrás da menina pelos corredores do lugar, encontraram seu quarto vazio e Megumi sentado na cama segurando um bilhete pequeno com poucas palavras.
Por ser tarde demais, a jovem sabe o que a aguarda se caso decida ir até os velhos, sabe que seu caminho terá um fim no mesmo instante em que por os pés naquele salão. Tendo a gravidade em mente, sua morte será a única escapatória para acabar com a maldição enraizada em suas entranhas.