Cápitulo II

2.6K 144 0
                                    

By Grace

~3 anos depois~

Hoje tenho 18 anos, e bem, você deve estar se perguntando o que aconteceu durante os últimos 3 anos, e a resposta é simples: após me levar de navío até uma ilha, uma grande ilha e a mulher finalmente se identificou, e ela era ninguém mais e ninguém menos do que a própria Deméter.

Sim, eu pensei a mesma coisa que você pensou agora, por quê uma deusa tão incrível como a Deméter é perderia tempo da sua vasta imortalidade para cuidar de mim, e bem, eu também não sei a resposta.

Depois de algum tempo la, eu finalmente percebi que ser criada entre ninfas e outras criaturas mitológicas não era tão ruim assim, e é claro que isso não significa que eu não tenha tentado fugir algumas vezes o que desencadeou a ira da deusa algumas poucas vezes.

Esta manhã amanheceu ensolarada, como todas as outras, Argos e eu decidimos passear um pouco pela vila construida pelas ninfas.

Quando de repente uma luz passou pelos céus e se chocou contra a terra fazendo um barulho muito grande.

Eu corri em direção a grande explosão, particularmente eu esperava que a causadora dela fosse uma pedra ou algo do tipo, mas aquilo era bem melhor...

Deméter: OQUE VOCÊ PENSA QUE ESTA FAZENDO?

Deméter apareceu atrás de mim, Argos pulou em meu ombro e se escondeu em meus cabelos.

E quando eu achei que receberia um sermão sobre não sair sozinha ela olha para a minha frente.

Deméter: Hermes?

Ok, Hermes, o deus mensageiro estava ali, em pessoa.

E eu sei que pareçe infantil da minha parte, mas nós não recebiamos tantas visitas assim

Hermes: Deméter, que bom reve-la, tenho uma mensagem para você, podemos conversar?- E ele olhou para mim, que obviamente entendi o sinal e sai após uma breve reverência.

Grace: O que acha que eles estão falando?- Perguntei para o meu pequeno furão que se atacava com uma flor qualquer, e ao ouvir a minha pergunta olhou para mim e continuou com sua batalha contra uma margarida.

Hermes: Porque não nos pergunta?

Com um pulo me virei para encarar o dono de um sorriso de lado e cabelos bagunçados pelo ventos.

Grace: Desculpe- Eu disse involuntariamente desviando o olhar para os meus pés.

Deméter: Ora Hermes, pare de pertubar a menina e va fazer o trabalho- Deméter colocou os braços envolta da cintura.

Hermes: Tudo bem- Ele levantou as mãos para cima em forma de redimento- Eu ja estava indo- E assobiou para seu pégaso que veio mancando pela queda- Você esta linda como sua mãe, espero que não tenha herdado o seu temperamento- Ele montou no pégaso dando uma pequena piscadela em minha direção- Ah, e Deméter, você continua doce como sempre- E saiu rasgando os céus.

Deméter: Fedelho abusado- Ela disse com um estalar de língua- Grace, vamos, acho que ja é a hora do jantar.

~Durante do Jantar~

Clare: Onde você esteve?- Uma ninfa de pele escura e cabelos com a cor do sol cruzou os braços com uma falsa cara de indignação

Grace: Boa Noite para você também, Clare, eu estive passeando por ai, conhecendo Hermes e tenho quase certeza que Argos comeu uma papoula- Ele dançava com algumas borboletas, depois de duas voltas caiu com as patinhas para cima.

Clare: O que você disse?- Clare me olhou como se não acreditasse em algo.

Grace: Que Argos comeu uma papoula?- Perguntei ja sabendo do que ela perguntava.

Clare: Você sabe do que eu estou falando, e o que ele fazia aqui? afinal, não acho que a Senhora Deméter goste muito dele- Ela torceu o nariz.

E ela estava certa, Deméter não era a maior fã de Hermes desde o dia em que ele roubará a metade de sua colheita só para azucrina-la, ele tinha 3 anos.

Grece: Não acho que tenha sido algo realmente importante, afinal, ela não formou um redemoinho dessa vez- E nós duas rimos até que...

Deméter: Olha que duas pestinhas fofoqueiras- Deméter tocou nos nossos ombros assustando-nos- Espero que não estejam planejando outra "festinha de primevera".

Grace: É claro que não, aliás, não entendo o porque você ficou tão brava da ultima vez- E fiz a minha melhor cara de inocente.

Deméter: Era verão- ela disse como se fosse uma coisa obvia, eu achei meio desnecessário, afinal, esse é um erro muito comum.- Acho que ja esta tarde, por que vocês não vão dormir?

Eu e Clare nos entreolhamos e saimos.

~02:30 da manhã~

Grace: Clare- Eu sussurava e balançava minha querida amiga que mais parecia uma morta enquanto tentava não acordar outras 20 ninfas que dormiam ao ar livre em volta de uma lagoa- Clare levanta, vamos, você prometeu que ia comigo.

Clare: Eu não acredito nisso, você acha mesmo que ela não iria perceber? Grace, ela é uma deusa

Grace: E você é minha melhor amiga, e me prometeu uma coisa.

É, eu sei que chantagem emocional não é a coisa mais madura do mundo, mas funcionou.

Clare: Ok, você me convenceu, sabe como chegar la?

Grace: É claro que sei, vamos.

~2:50 da manhã~

Grace: É, estamos perdidas.

Clare: Estamos o que?

Grace: Perdidas?

Clare: Ah por Zeus, Grace, que parte do "você sabe onde é?" Você não entendeu?

Gracie: Eu sei que isso parece ruim, mas olha pelo lado bom, pelo menos, se você estiver certa, Deméter vai nos achar daqui a pouco, gritando, mas vai.

Clare: Essa é a última vez que você vai me arrastar para um lugar desse de novo, e mais uma coisa- Mal tinha acabado de falar isso quando ela coloca a mão em minha boca e nos abaixa- Shiii, olhe la.

E apontou para a estrada que se encontrava ao nosso lado, uma carroça balançava de um lado para o outro, e nós começamos a seguir ela.

Depois de alguns minutos andando, paramos na vila humana que estavamos a procura.

Estava tudo muito silencioso, tirando uma taberna que estava de portas abertas de onde saia música alta e alguns bêbados que eram chutados de la.

Clare: Não- Ela disse como se lesse minha mente.

Grace: Mas Clare, preste atenção...

Clare: Mas nada, você sabe o que a Senhora Deméter vai fazer quando perceber que saimos, que Zeus nos ajude- Ela disse olhando para o céu procurando algum sinal.

Grace: Tudo bem- Eu disse andando em direção a taberna enquanto Clare xingava atrás de mim- Só não se esqueça da bronca que vai levar caso chegue la sem mim.

E ela me seguiu, acho que fui bem convincente.

~ 2:59 da manhã~

Quando entramos, a maioria das pessoas nem se quer ergueu o olhar para nós, o que não era ruim, ja que não podiamos chamar a atenção de ninguém.

Estava tudo indo bem, até que quando o relógio bateu 3 da manhã o ar ficou gélido e tudo começou a ficar devagar, as pessoas, as vozes e ouvi passos pesados atrás mim.

New AmsterdamOnde histórias criam vida. Descubra agora