Capítulo XXIX(Part II)

468 45 1
                                    

By Grace

Rebecca: Estão loucos- A filha de Hermes disparou- Acham mesmo que venceremos Kronos no mano a mano?

Leo: Talvez possamos fazer alguma máquina grande- Ele coçou a cabeça olhando em direção a seus irmãos.

Brianna: O que sugere?- A nova chefe do chalé de Hefesto mantinha as mãos juntas em cima da mesa.

Leo: Precisamos de outro Festus- Isso provocou uma troca de olhares na mesa.

Brianna: Perigoso, mas útil. Precisamos de tempo.

Luther: Quanto?- Ele estava sério, mal havia me olhado desde o começo da reunião.

Brianna: Normalmente demoraria quase um ano- Ele levantou uma sombrancelha- Ou, na melhor das hipóteses, um mês.

Leo: Temos pessoas e material, em um mês podemos fazer 1 Festus e outras coisas, quem sabe um elefante- Ele se animou.

Brianna: Não prometemos nada, Leo. Onde essa coisa vai rolar?

Nico: Meu pai liberou o sub-mundo. E voltando ao assunto anterior, posso conseguir alguns monstros. Quem sabe até arrumo a cabeça da Meduza, seria útil para a primeira linha de soldados, ja que eles estaram sob proteção divina e não morrerão fácil.

Luther: Ótimo, vocês ficaram com o exército e eu e Lorenzo com Kronos. Se falharmos- Ele fez uma pausa e olhou para o filho- Quero que chamem Zeus e os 11, acredito que eles não viriam antes disso.

Senti que fosse vomitar.

Passamos mais um tempo conversando.

~ 3 horas depois ~

Luther: Suponho que esteja tudo nos seus caminhos. Agora, proponho um brinde- Taças surgiram- Brindemos a todos aqueles que lutaram ao nosso lado, que nossos inimigos regem o solo negro do Tártarl com vermelho e dourado. E principalmente brindemos as mentiras- Ele se virou a mim- As doces mentiras.

Senti meus olhos arregalaram, sua espada brilhava ao seu lado.

Ele me encarava com aquele brilho roxo no olhar, dessa vez discreto.

Ele virou de uma vez a taça, não me senti apta a beber a minha.

Desviei meu olhar, meu sonho, droga.

Não sabia que mentira era essa que eu havia contado, mas ela seria a fonte do meu fim.

Luther: Vamos- Ele passou por mim indo em direção a saida, tremi ao ouvir sua voz rouca com um toque seco me chamar.

Andei até ele, mas o mesmo ja havia sumido, caminhei até o quadro e entrei na fenda.

Aparentemente tudo estava normal, mas daquela vez os vagalumes não sobrevoavam a grama.

Apenas um cômodo estava iluminado, o que julgo ser o nosso quarto.

Caminhei lentamente até o mesmo, a porta estava entre-aberta, Luther olhava para um recipiente vidro em suas mãos.

Pó Crepuscular.

Como ele achará aquilo?

Luther: Era assim que pretendia fazer com que eu lutasse?- Perguntou pausadamente- O usou em mim?- Levantou o seu olhar.

Grace: Não- Sussurei- Nunca faria isso- Pisquei incrédula.

Ele se levantou e eu ativei as Roma9 o fazendo as encarar.

Luther: Está com medo, Grace?- Ele se aproximou- Sabe que eu poderia fazer com que essas malditas pulseiras explodissem em milhares de pedacinhos com apenas um estalar dedo?- Me mantive firme- Apostaria que Zeus a mandou aqui- Apenas neguei com a cabeça- Ou até mesmo aquela vadia de Hera- Senti meu sangue ferver.

Grace: O que disse?- Trinquei meu maxilar, senti minhas mãos queimarem- Se acha o máximo não é, Luther? Não sei da onde raios você tirou essa merda de teoria, não precisei usar essa maldita poção em você, até porque, isso é raro demais para ser desperdiçado com tão pouco- Eu o olhei de cima abaixo, não tinha medo dele- O que vai fazer agora? Vai me matar por ter uma poção?- Dei um passo a frente colando nossos peitos.

Ele se manteve calado, achei que aquela discussão havia terminado até sentir sua mão em meu braço.

E do nada fomos teletransportados.

Estavamos em Roma, ela estava exatamente do jeito que eu me lembrava.

Grace: Por que me trouxe aqui?- Olhei em volta.

Luther: Quero que veja uma coisa.

Questionaria o que era se não tivesse descoberto segundos depois.

Um homem usava roupas velhas, aparentemente estava com uma das pernas machucadas, parecia com fome.

O reconheci após uns segundos, senti uma lágrima quente escorrer.

Meu pai.

Meu pai estava bem ali, ferido e com fome.

Corri até ele e desabei ao seu lado, meu rosto molhado passou despercebido ppr ele ja que o mesmo nem se quer me olhou.

Eu não estava la, não totalmente.

Tentei o tocar, mas minha mão passava por ele.

Luther: Miserável- Ele andou até mim- Sabe qual é a diferencia entre mim e ele, Grace?- O encarei- Ele não só perdeu seu império por um amor forjado por uma maldição como deu origem para sua própria ruina. Eu não estou disposto a fazer o mesmo.

Me levantei.

Grace: O que quer dizer?

Luther: Eu? Nada. Só estou apresentando os fatos. Seu pai morreu sozinho e definhando, enquanto sua filha dançava com ninfas drogadas. Deméter teve sua colheita roubada e queimada por abrigar a filha bastarda de Hera. Todas as deusas perderam parte de seus territórios para Zeus após apoiarem seu nascimento. Pense, Romany. Todos que estão a sua volta acabam se fudendo de alguma forma- Ele tocou no meu rosto- Não estou disposto a passar pelo mesmo.

Fomos teletransportados de volta antes que eu pudese responder.

Uma carta com a letra de Luther se encontrava em cima da cama.

"Espero que encontre outro para salvar o mundo, não me importo se não o salvarem, a imortalidade voltou a perder o sentido."

Naquele momento uma última lágrima ousou escorrer, a sequei rápidamente e coloquei o Pó Crepuscular em uma bolsa.

A porta foi aberta bruscamente.

Piper: Kronos mandou um mensageiro- Ela parecia cansada- Onde Luther está?

Senti meu sangue parar.

Me levantei, fiz um sinal e passei por ela.

Os planos haviam mudado, não tinha tempo para deixar que a dor me dominasse.

New AmsterdamOnde histórias criam vida. Descubra agora