Minha História

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[ NOTAS INICIAIS ]

FELIZ ANO NOVO! Eu sei que prometi maratona para amanhã, mas fiquei tão ansiosa, que decidi adiantar um capítulo, assim vocês comentam para vir mais kkkkk' Vou logo avisando que vai ter fortes emoções, então não vou pagar terapia para ninguém. Bom, boa leitura à todos e vamos ao capítulo!

Twitter: sfvbrie
Curiouscat: pughlarson

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Narrador POV

Na manhã seguinte, Sheilla estava determinada a conversar com Zé, mesmo que Thaisa tenha pedido para que ela não entrasse com esse assunto justamente agora, já que os jogos decisivos estavam prestes a começar. Mas ela queria entender isso primeiro, para ter mais ou menos uma ideia de como iria contar tudo isso para Gabriela sem que a deixasse tão abalada. Terminou de se arrumar e desceu junto de sua amiga, que preferiu ir tomar café da manhã com as meninas do que se meter no assunto.

- Oi, Sheilla. – O mais velho sorriu para a morena, que havia acabado de entrar na sala de reuniões. – Foi ótimo você ter me mandado aquela mensagem ontem, realmente temos que conversar, é sobre o nosso próximo adversário...

- Você já pensou em ter filhos gêmeos? – Ela interrompeu Zé, que largou a pasta sobre a mesa e a olhou.

- Não, por quê? – Sorriu fraco desviando o olhar.

- Não? – Sheilla se aproximou olhando fixamente para o mais velho, que respirou fundo. – Você achou mesmo que ia esconder essa história por muito tempo?

- Que história? Do quê você está falando? – A olhou nos olhos.

- Giovanna e Gabriela, acho que você sabe do que estou falando. – Puxou uma cadeira e se sentou ajeitando o cabelo. – Estou sem fome e tenho tempo de sobra para ouvir. – Deu um sorriso falso para o mais velho e apontou a outra cadeira.

- Como você descobriu isso? Quem te contou? – Ele se sentou e desviou o olhar para baixo.

- Resumindo, uma carta da própria Giovanna. – Ela ainda o olhava com um certo julgamento. – Me diz, por quê?

- Gabriela já sabe? – Levantou seu olhar para a morena, que negou. – Bom, isso é bom... – Suspirou. – Você pode me julgar, dizer que fui um péssimo pai, mas eu tive as minhas razões e hoje eu me arrependo tanto por isso.

- E que razões seriam essas? – Ajeitou novamente seu cabelo.

- Giovanna e Gabriela são fruto de uma relacionamento fora do meu casamento, eu a amava, ainda a amava na verdade. – Se ajeitou na cadeira. – Nos conhecemos na faculdade e namoramos por um tempo, mas aí nossos caminhos tiveram que ser separados por ambas as famílias, então eu fui para a Europa, conheci uma brasileira lá, filha de um empresário milionário no ramo do vôlei e eu queria ser treinador de um time. – Sorriu fraco desviando o olhar. – Bom, então começamos a namorar, de início a nossa relação era boa, legal, mas aí o pai dela fez uma proposta, eu iria entrar como assistente técnico do time que ele patrocinava, se eu me casasse com a filha dele.

- E foi o que você fez. – Sheilla concluiu junto de Zé, que concordou.

- Minha carreira cresceu, voltamos para o Brasil e então me reencontrei com a Júlia. Eu não sabia que ainda sentia aquele amor por ela e que era recíproco, então um dia nós resolvemos matar as saudades pela última vez e nos separamos. – Suspirou abaixando o olhar. – Nove meses depois, ela apareceu quando eu estava entrando para o time do Osasco, que na época foi a contratação mais cara que um clube havia feito, ela me contou que era meu e eram duas meninas, lógico que eu fiquei atordoado na época e a ignorei por um tempo, mas eu fiquei sabendo do nascimento delas e que a Júlia havia morrido no parto e de quebra a minha esposa também.

Spectrum - SheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora