Chapter 3.

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[ NOTAS INICIAIS ]

Cheguei com mais um capítulo! Prometi postar um no início da tarde e outro hoje a noite, mas domingo bate aquela preguiça né? Kkk Enfim, vamos à leitura e não esqueçam de ler as notas finais!

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Sheilla POV

Minha cabeça estava um turbilhão de sentimentos, raiva, dor, agonia, saudade... Tudo isso por conta do efeito Gabriela Guimarães. Quando eu soube da sua existência através de mensagens das meninas, eu tive que ir até Saquarema e ver com os meus próprios olhos se era verdade. E assim que eu entrei naquele refeitório e a vi, não vou negar que minha vontade era de chorar, eu estava de luto e ver uma cópia de Giovanna bem ali, ocupando o seu lugar no time e sentando no mesmo lugar que ela sentava durante as refeições com as meninas, me deixou em puro estado de raiva. Ela podia ser idêntica, mas nunca iria ser a minha Giovanna. Desde aquele dia, eu não conseguia engolir a sua presença, o seu jeito sorrateiro, quieto e tentando ser divertida com as meninas, mas então veio a pandemia e tivemos que ficar longe por um ano e isso foi bom para mim, pois pude trabalhar meu psicológico e aproveitar mais as minhas filhas e com isso acabei me aproximando do meu ex, pai das meninas e criamos uma forte amizade e ele quem me fez voltar a trabalhar com o time e seu argumento foi que Giovanna jamais iria aceitar eu abraçar a minha dor e bom ele estava certo. Mais um ano se iniciou, a rotina começou a melhorar, mesmo nessa pandemia e agora estávamos preparando o nosso final de ciclo olímpico, só faltava um campeonato antes de Tóquio e eu estava determinada a ganhar todos eles pela Giovanna. Mas era impossível de ter uma concentração com a sua duplicata no time fingindo que nada aconteceu.

- Zé, você vai colocar a Gabriela como titular? – Olhei para o rapaz, que estava sentado em um dos bancos montando um esquema tático enquanto as meninas se aqueciam.

- Estou pensando. – Me olhou. – Por quê?

- Não sei, não gosto muito do estilo dela. – Eu estava errada em julgar, mas era o que eu estava sentindo.

- Sheilla, é difícil para mim também, mas a Giovanna nunca vai ser esquecida e além do mais, é a irmã gêmea dela ali. – Apontou para a morena, que estava se aquecendo e brincando com Carolana.

- Entendo, mas não sei não. – Joguei meu cabelo para o lado e desviei o olhar.

- Meninas! – Zé gritou ao começar a andar até a quadra. – Vamos!

O treino seguiu com Zé mostrando o esquema tático e instruindo as jogadoras para acertarem passes, saques, acelerar a bola, bloqueios e pude notar o quão empenhada Gabriela estava, mesmo tendo suas técnicas e seu estilo, ela estava gostando de aprender com Zé Roberto e com as meninas, mesmo quando era ignorada por algumas. Zé terminou o treino e liberou para que elas fizessem uma partida de três sets de quinze pontos, sorri para o rapaz que me olhou sorrindo e apenas me sentei ao seu lado. Gabriela realmente tinha um estilo único de jogar e soube bem escolher o seu time, optou por jogar com as meninas que ignoravam a sua presença, mas em quadra começaram a admirar e ver que ela não estava querendo ser a Giovanna.

Ela e Dani Lins formaram uma dupla igual Macris e Gattaz e confesso que era bonito de ver a confiança que uma tinha na outra naquele momento. O jogo foi árduo e faltava apenas um set para desempate, mas o inesperado aconteceu, quando Gabi foi mergulhar para recepcionar o saque de Gattaz, o tênis acabou aderindo e fez com que ela caísse de mal jeito no chão e logo em seguida abraçando o seu joelho direito gritando de dor. Zé foi desesperado até a morena e eu fiquei intacta, pois isso já havia acontecido com Giovanna em um dos treinos e eu me vi em um deja vu. Gattaz apareceu batendo em meu ombro e eu acordei do transe indo de encontro aos demais para ajudar a jogadora, que se levantou sendo ajudada por Zé e Rosamaria, me afastei dando espaço para que eles a levassem até o centro médico e pude ver que Gabi estava chorando de dor conforme caminhava mancando devagar.

Spectrum - SheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora