Ravi sempre ligou os sentimentos a cores.
Como por exemplo para ele amarelo simboliza o amor da família, algo quente, aconchegante e acolhedor.
Mas ainda há algo sem cor e definição específica.
O amor.
Mas isso logo acaba quando ele encontra Eros e...
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Balanço Yllian nos braços o colocando para dormir, ele está agitado, essa é a primeira vez que tem alguém além de mim e ele em nossa casa, talvez ele esteja estranhando isso.
- Acho que ele está com fome - Ravi fala parando ao meu lado, próximo demais.
- As vezes ele fica manhoso - falo balançando meu irmão, tento colocar o peito na boca dele, mas ele fica resmungando - O que foi Yllian?
- Ele não vai responder - Ravi fala e assinto - Eu posso tentar pegar ele?
- Não acho que seja uma boa idéia - falo apertando meu irmão.
- Porque não? Eu posso me sentar no sofá e você me auxilia, se nós estamos namorando eu acho que preciso me acostumar a ele né? - questiona e o olho fazendo uma careta.
- Quem disse que estamos namorando? - questiono me movendo.
- Nós nos beijamos, achei que estava claro - diz como se fosse óbvio.
- Não é assim que as coisas funcionam - falo e ele me olha atento, suspiro e olho para meu irmão, quanto antes ele dormir, logo eu converso com Ravi - Dois minutos e você me dá ele.
- Ok - ele senta no sofá - Vou colocar a almofada, assim ele fica apoiado.
- Não aperta ele, nem movimenta se não ele vai vomitar em você - falo e ele assente, respiro fundo antes de colocar meu irmão nós braços dele que pega com cuidado.
- É mole - diz fazendo uma careta, Yllian sorri e tenta pegar no rosto dele que nega balançando os cabelos um pouco longos, Yllian consegue segurar uma mecha e parece ter gostado - Não puxa meu cabelo.
- É o mesmo que nada você dizer isso, ele não te entendo - retruco e ele me olha de olhos cerrados.
- Você sabia que segundo algumas pesquisas os humanos a milhares de anos nasciam com mais tempo na barriga ao invés de nove meses? Só que isso era difícil para as mães e elas tiveram que se adaptar e evoluir para poder sobreviver, por isso nós nascemos sem andar, falar ou coisas do tipo - diz e assinto.
- É muito interessante - falo e ele assente.
- Toma já passou os dois minutos - diz me entregando meu irmão - É legal segurar um bebê, é como segurar um gato, só é mais pesado.
- Esse garoto é comilão - falo ajeitando Yllian em meu braço e colocando ele para mamar e dormir, fico balançando ele pelo local apertado e logo dorme, caminho até o quarto e coloco ele no berço beijando sua testa e o cobrindo, coloco a chupeta em seus lábios e ele suga devagar soltando os sons fofos que bebês soltam.
Me sento na cama e fico encarando ele, só então em lembro de Ravi e levanto voltando para a sala.
Sinto meu rosto ficando vermelho e o encaro, ele parece a vontade com tudo e sem vergonha alguma.
