Bônus

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Abro a porta de casa vendo tudo silencioso, estranho já que sempre que eu estou chegando Ellinor está me esperando.

Fecho a porta e subo as escadas indo em direção ao nosso quarto, abro a porta e vejo ela dormindo de bruços na cama, suspiro aliviado e vou até o banheiro, retiro minhas roupas e tomo um banho demorado, me enxugo e visto uma cueca.

Caminho até a cama e me coloco por cima dela deixando meu membro encostado em sua bunda, movo meu quadril e ela suspira resmungando.

- Amor cheguei - falo ao seu ouvido e beijo seu pescoço ouvindo seu suspiro baixinho.

- Pi? - questiona sonolenta e vira - Você chegou cedo.

- Na verdade cheguei atrasado hoje - falo beijando o rosto dela que me abraça apertado - Você está doente?

- Não - responde.

- Estava dormindo quando cheguei - falo beijando a sua testa, ela fecha os olhos e me aperta, beijo o pescoço dela a ouvindo suspirar, desço beijos por sua clavícula e ela se afasta.

- Agora não Pi - diz se sentando na cama e engolindo em seco.

- Por que não? - questiono - Não que eu ache que sexo seja obrigação, mas logo você vem me negando a dias, o que está acontecendo?

- Nada - diz se movendo na cama.

- Ellinor o que esta acontecendo? - pergunto mais uma vez e vejo ela suspirar.

- Nada Pi, eu só não quero transar, vai me obrigar agora? - questiona irritada e fecho os olhos.

- Por acaso nesses dezenove anos que estamos juntos eu te obriguei a transar comigo? - pergunto também irritado - Se alguma vez já fiz isso me diga porquê será a última vez que me verá na sua frente.

- Você não fez Pi, é que... - vejo ela começar a chorar.

- O que aconteceu amor, me diz sei que está escondendo algo de mim - falo abraçando ela que me aperta enquanto chora.

- Uma mês atrás descobri que estava grávida - diz chorando.

- Um mês? Por que não me contou? - questiono.

- Seu aniversário está chegando e eu queria fazer uma surpresa - diz e sorrio - Mas aconteceu algo.

- O quê? - indago.

- Eu perdi o bebê Pi, tem cinco dias - diz chorando e engulo em seco.

- Perdeu? - questiono baixinho - Como?

- O médico disse que as vezes os ovários ficam fracos por conta do anticoncepcional que tomo a muitos anos, em algumas não acontece, mas eu fui uma das "sorteadas" - diz e aperto ela que soluça encostando a testa em meu ombro, engulo em seco sentindo um pequena dor em meu peito pelo filho que não vou conhecer - Eu sinto muito por isso Pi.

- Amor não me pede desculpas por isso, não foi sua culpa - falo tocando o rosto dela.

- Foi sim - fala chorando - Eu quem não quis ter outro bebê antes, talvez tivesse conseguido gerar mais um.

- Ei amor pare de falar com os e fosse culpa sua - falo a fazendo me olhar - Não aconteceu porquê não era para acontecer, nós podemos ver o que fazemos depois, mas agora quero que pare de se culpar ouviu bem?

Olho para ela que comprime os lábios tentando não chorar.

- Ouviu bem amor? - ela assente e a puxo para ficar aconchegada entre meus braços - Vai ficar tudo bem amor, eu e você podemos adotar, lembra que já falamos sobre isso?

Azul É A Cor Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora