Ravi sempre ligou os sentimentos a cores.
Como por exemplo para ele amarelo simboliza o amor da família, algo quente, aconchegante e acolhedor.
Mas ainda há algo sem cor e definição específica.
O amor.
Mas isso logo acaba quando ele encontra Eros e...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Olho pro relógio e vejo que faltam cinco minutos para acabar a aula, guardo meu material e pego minha bolsa no exato minuto que a aula acaba.
Me levanto e saio da sala caminhando em direção ao dormitório, pego a chave no bolso e vinho pelo corredor que dá no quarto onde durmo, franzo o cenho ao ver uma meia na porta, as vezes Allan passa do limite na bagunça.
Destranco a porta e entro, mas me arrependo assim que vejo Allan transando com alguém.
- Merda, Ravi, você não viu a meia na porta? - questiona envergonhado cobrindo a garota abaixo dele.
- Vi, você está desorganização, sua meia foi parar na porta - falo e coloco a meia no canto - Porque está transando aqui?
- Porque foi o único lugar que pensei, você pode sair? - questiona.
- Por que não vai a outro lugar? - questiono de volta.
- Por que não vai para o Eros? - rebate.
- Quem é Eros? - a garota se pronuncia tirando o lençol do rosto - Oi eu sou Ella, você deve ser Ravi o menino que meu irmão fala.
- Eu não sou seu irmão - Allan diz bravo.
- Tecnicamente é - diz de volta - Você também é autista né? Meu irmão falou.
- Eu não sou seu irmão - fala novamente.
- Sim eu sou autista, grau mediano - falo e ouço Allan suspirar.
- Eu tenho grau leve, menos que o seu um pouco - diz sorrindo.
- Perdi o clima para sexo, mas você podia pelo menos sair para que eu me vista e vista a Ella? - questiona e assinto.
- Eu só vim pegar essa bolsa - falo me abaixando e pegando a bolsa no chão - Podem voltar a transar.
- Nós voltaremos - a garota diz - Até logo Ravi.
- Até logo Ella - falo e saio fechando novamente a porta.
Pego meu celular e vejo uma mensagem do Eros dizendo que está me esperando na frente da faculdade.
Vejo o carro dele e sorrio caminhando até ele, abro a porta e sorrio, olho para atrás e vejo o bebê balançando um chocalho.
- Oi - falo - Pode me dar um beijo de boas vindas?
- Sempre que quiser - diz me puxando e dando um beijo rápido - Como foi seu dia?
- Normal, estudei, organizei as roupas que vou deixar na sua casa e vi o Allan transando com a irmã dele que não é irmã - falo colocando o cinto.
- E isso é seu normal? - questiona.
- Sim, são coisas que acontecem - falo dando de ombros, ele balança a cabeça e da partida no carro em direção ao seu apartamento.