ᵖ ᵃ ʳ ᵗ ᵉ ²

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- POR FAVOR!!! POR FAVOR!!! NÃO!!! SOCORRO!!! MEU DEUS!!! AHHHHHHHHH!!!

- Aqui você não vai precisar de língua! – Belzebu puxa o homem pela perna e o suspende na altura de seu rosto demoníaco. Ele pega um alicate que estava esquentando nas brasas ardentes e o enfia na boca do homem, arrancando sua língua fora.

- Querido irmão! – Lilith fala assim que pousa em frente a Belzebu. Ela cobre sua nudez com suas asas, que circulam na frente de seu corpo.

- Minha amada Princesa! – Belzebu se ajoelha e apoia sua mão na cabeça do homem, que engasgava infinitamente com o próprio sangue.

- É impressionante como você e Lúcifer são os únicos que ainda demonstram respeito por mim. – Lilith faz um sinal com a mão e Belzebu se levanta.

- É uma honra tê-la por aqui. Desculpe pela bagunça, não pensei que receberia visita. – Belzebu olha em volta juntamente com Lilith, e ambos veem corpos e restos humanos espalhados por todo canto.

- Não se incomode com isso, você sabe muito bem que eu sou o tipo de mulher que não se importa de sujar as mãos. – Lilith sacode uma de suas asas velozmente e arranca a cabeça do homem que Belzebu segurava. O sangue escorre pela sua pena e ela a move até seus lábios e lambe o sangue. – Esses humanos... – Lilith cospe. - Sempre com o mesmo sabor merda.

- O que te trás aqui? – Belzebu joga o corpo decapitado em uma montanha de corpos humanos ao lado.

- O Príncipe exige sua presença.

- Aconteceu alguma coisa? Já fazem algumas centenas de anos que não nos falamos. Inclusive, o que ele anda fazendo?

- Meditando. – Lilith observa as ferramentas enferrujadas e banhadas em sangue na mesa de Belzebu. – Ele está em sua forma de serpente para poupar energia e se fortalecer. Tanto mentalmente como fisicamente.

- Entendo. – Belzebu estica suas asas. Muita poeira e sangue seco preenche o ar quando ele as sacode. Fazia tempo que ele não as usava. – Vamos?

- Claro.

Lilith com uma única batida de asas alcança o céu, e Belzebu vai logo atrás, deixando um rastro de fumaça atrás dele. Não demoram chegar de volta ao trono do principal líder de Sheol, e Belzebu não perde tempo em seu ajoelhar.

- Belzebu está aqui. – Lilith fala, depois volta sua atenção para o Anjo demoníaco. – Eu falarei pelo nosso Príncipe.

Lúcifer aparece dentre o lençol de seda e ergue sua cabeça, encarando Belzebu.

- Ele disse que é bom revê-lo depois de tanto tempo. – Lilith começa.

- Digo o mesmo, irmão.

- Mamon nos trouxe notícias do Paraíso. Ele disse ter avistado um Anjo, mas não o reconheceu. Disse que ele não é daqui.

- E você acreditou nele?

- Sim. Mamon odeia os humanos como qualquer um nesse lugar, ele não iria até o Paraíso se não tivesse um bom motivo.

- Mesmo que ele esteja falando a verdade, isso é impossível. Anjos não surgem assim do nada. Talvez Deus tenha o criado.

- Deus não tem tanto poder assim. Você sabe que não foi ele quem nos criou, e sim o Universo. Assim como o Universo também o criou.

- E porque o Universo criaria um único Anjo assim do nada?

- Lúcifer disse que se nós não conhecemos os planos de Deus, quem dirá os planos do Universo...

- Meus lordes! – Um demônio aparece voando e pousa logo abaixo de onde estavam os líderes de Sheol. – Trago uma notícia urgente!

- O que aconteceu dessa vez? – Lilith fala impaciente.

- Os planetas! Eles estão parando!

- Parando?!

- Sim! Alguma coisa está fazendo com que eles fiquem presos em uma única parte no espaço.

- Talvez isso seja obra desse tal Anjo. – Belzebu fala com Lilith.

- Mas o que iria ganhar parando os planetas?!

ᘛ ••• ᘚ

ɢᴏsᴛᴏᴜ ᴅᴏ ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ? ᴇɴᴛᴀ̃ᴏ ɴᴀ̃ᴏ sᴇ ᴇsǫᴜᴇᴄ̧ᴀ ᴅᴇ ᴠᴏᴛᴀʀ, ᴇ sᴇ ᴘᴏssɪ́ᴠᴇʟ ᴄᴏᴍᴇɴᴛᴀʀ!

Demônio Da GuardaOnde histórias criam vida. Descubra agora