ᵖ ᵃ ʳ ᵗ ᵉ ⁴

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Dia seguinte...

Aurora estava regando as flores que precisavam de água na floricultura de dona Rita quando Sophia aparece de repente.

- Sophia?! - Aurora diz surpresa ao vê-la.

- Oi... - Sophia parecia preocupada com algo. - Como você está?

- Estou bem... Então você também soube, né?

- Sim. A escola inteira ficou sabendo...

- Nossa...

- O que aconteceu exatamente?

- Eu não me lembro... Só sei que saí da sala para lanchar e depois disso está tudo confuso... Onde eles me encontraram?

- No banheiro.

- Ah... Que estranho... Eu não me lembro de estar precisando usar o banheiro quando saí da sala...

- Eu preciso de te contar uma coisa.

- O que?

- Eu acho que é melhor você não ir para a escola durante alguns dias. Usa alguma desculpa de que ainda está passando mal... Ou pega um atestado médico, não sei...

- Mas porque?

- É que está rolando uma foto sua na escola...

- Foto?! Que foto?? - Aurora pergunta assustada.

- Não é nada demais, é só de você desmaiada no banheiro. Eu tenho quase certeza de que foi a turminha da Daniela quem fez isso. Não tem graça nenhuma! Sinceramente! Aquelas garotas são doentes!

- Bom... Se não tem nada demais na foto, então não tem problema eu ir para a escola.

- É claro que tem! Aqueles adolescente são animais!

- Eu não posso faltar de escola, Sophia! O senhor Matias me mataria!

- Quem é Matias?

- O meu padrasto.

- Ah... - Sophia parecia mesmo estar preocupada com o que poderia acontecer com Aurora. - Seria melhor se você ficasse um tempo fora de lá, pelo menos até eles esquecerem isso.

- Eu não posso...

- Ta... Então a gente se vê na escola.

- Tudo bem. Obrigada por me contar, Sophia.

- Não se preocupe... É que se fosse comigo eu gostaria que alguém me contasse o que estava acontecendo.

- Tem razão, obrigada novamente. Te vejo na escola.

- Certo... Então... Tchau!

- Tchau. - Aurora sorri gentilmente para Sophia.

Horas mais tarde...

Aurora entra na sala de aula e estranhamente todos se calam e olham para ela. A jovem caminha rapidamente até a sua carteira e se senta, tentando ignorar o desconforto que estava sentindo ao receber tanta atenção desnecessária.

- Oi, Aurora! Como você está, amiga?? - Daniela aparece colocando as mãos na mesa de Aurora.

- Eu... Eu estou bem... - Aurora responde com a voz trêmula.

- Foi eu quem avisei a coordenadora sobre o que aconteceu com você.

- Ah... Entendi.

- "Entendi"?! Como assim?! - Daniela sorri de canto. - Acho que um "obrigada" seria ótimo!

- Obrigada.

- De nada! - Daniela força um sorriso. - Bom, agora que você sabe que eu salvei a sua vida, acho que mereço alguma coisa em troca, né?

Demônio Da GuardaOnde histórias criam vida. Descubra agora