Demônio Da Guarda

ᶜ ᵃ ᵖ ᶦ́ ᵗ ᵘ ˡ ᵒ ˣᶦ ・ ʲ ᵃ ʳ ᵈ ᶦ ᵐ ᶠ ˡ ᵒ ʳ ᵃ ˡ

TERRA

Três anos depois...

Mais um ano havia se iniciado na vida de Aurora, e ela estava mais do que ansiosa. Agora ela iria começar o Ensino Médio e finalmente teria sua matéria preferida separadamente.

Física sempre fora sua paixão desde de quando era criança justamente por conta dos astros e estrelas. Uma matéria bem rara de atrair a atenção de uma criança, mas Aurora sempre foi diferente das demais. Ela sempre se atraiu por desafios e coisas ditas como inexplicáveis.

O primeiro dia de aula em sua nova escola foi assustador, mas ao mesmo tempo intrigante. Aurora conheceu seu novo ambiente de estudos e seus novos professores. O que mais a atraiu nessa nova escola foi o tamanho da biblioteca que ela tinha.

Em sua antiga escola não havia uma biblioteca, apenas uma pequena sala onde eles guardavam livros velhos que não abrangiam muitos conteúdos interessantes. Dessa vez era diferente, Aurora encontrou uma sessão somente de livros sobre astronomia, o que a deixou extremamente empolgada.

Aurora caminhava de volta para casa no final do dia, pois estudava durante a tarde. Ao virar na primeira esquina da escola, ela vê uma senhora de idade tentando carregar um vaso de flores. A idosa parecia ter bastante dificuldade, então Aurora correu até lá e a ajudou a carregar o vaso.

- Obrigada... - A senhora agradece gentilmente e olha para Aurora. Logo em seguida a idosa olha atrás de Aurora com seus olhos cerrados como se tentasse ver algo. Sua cabeça se move para cima e ela encara Eliel diretamente nos olhos, que a encara de volta estranhando a reação da mulher. Ela o olhava com os olhos cerrados como se estivesse se esforçando para enxerga-lo, enquanto sua boca estava um pouco aberta. Será que ela podia vê-lo? Eliel se questionava.

- A senhora está bem? - Aurora pergunta olhando para trás na mesma direção da idosa.

- O que? - A senhora volta a olhar para Aurora.

- A senhora está bem?

- Estou! Muito obrigada! Qual o seu nome?

- De nada. Meu nome é Aurora, e o seu?

- Que lindo nome! Eu sou a Rita.

- Esse vaso é muito pesado para a senhora, não tem ninguém para te ajudar?

- Não tenho. Essa floricultura era da minha mãe. Nós duas trabalhávamos aqui juntas, mas ela faleceu faz um mês.

- Eu sinto muito... E porque a senhora não se aposenta? Não faz bem para a saúde ficar pegando esses pesos.

- Eu quero morrer trabalhando com as minhas flores, elas me deixam feliz.

- Entendi. E você faz isso todos os dias?

- Sim. Carrego os vasos para fora de manhã quando abro, e depois os carrego de volta para dentro quando fecho.

- E se eu viesse ajudar a senhora a carregar esses vasos para que você não tenha que pegar peso de novo?

- Ah, seria ótimo!

- Tudo bem, então deixa que eu termino de guarda-los para você. Só me diga onde você quer que eu os coloque.

- Muito obrigada! Você é um Anjo!

Aurora deixa sua mochila em um canto da loja, e carrega todos os vasos para dentro. Assim que termina ela pega sua mochila de volta e se prepara para ir embora.

- Que horas a senhora abre amanhã?

- Oito horas.

- Tudo bem, então amanhã as oito eu venho aqui para ajudar a colocar os vasos para fora.