Capítulo 12

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Acordo em um lugar escuro, frio, mas não tanto pois havia algo fofo e macio em baixo de meu corpo. Tudo é quieto, tão quieto que era ensurdecedor.

Não enxergava nem um pouco sequer. Fui tomada pelo medo e senti meu coração acelerar, queria gritar por ajuda. Por Jason. Mas não o fiz por medo de ninguém escutar, pois o lugar era silencioso o suficiente mostrando que não havia uma alma sequer por perto.

Espalmei as mãos sobre a cama macia procurando algo para me cobrir daquele frio gélido, puxei um fino tecido o tacando sobre meu corpo e me embrulhando nele.

Tento levantar, mas não sinto muito minhas pernas e minha cabeça latejava a cada movimento de olho que fazia. Vendo que não enxergava nada, mesmo com os olhos abertos, resolvi os fechar tentando diminuir a dor latejante que se espalhava por todo o lugar.

Tento pensar em algo para fugir, uma corda ou se eu estiver em um lugar alto poderia simplesmente fazer uma junção de todas as couxas da cama e fugir por uma janela.

Me assustei quando um barulho alto se fez na porta a mostrando que era feita de ferro. Olhei rapidamente para o pequeno feixe de luz que se estendeu como um fio por certa parte do lugar.

Fecho meus olhos rapidamente quando percebo alguém entrando. Tento acalmar minha respiração e ficar calma como se estivesse em um sono profundo e longo.

Os passos soam cada vez mais perto, toc, toc, toc, toc, parecia o barulho de uma bota e a cada barulho meu coração batia em sintonia, mostrando o medo em meu corpo.

Uma mão macia passa por meu rosto deslizando da testa até a ponta do queixo.

Começo a me lembrar claramente o que aconteceu antes de apagar. Tomas havia me drogado na festa, como não tinha conseguido o que quiz, fez o mesmo só que dessa vez na escola.

Ele palnejou tudo desde o início. A carona, os casos de Jason, a aproximação fazendo com que eu e meu parceiro entrasse em uma briga mantendo Jason afastado.

Meu corpo paralisa quando sinto algo humido, macio e quente em meus lábios o precionando com força.

Abro os olhos e tento o empurrar, mas falho. Suas mãos grandes seguram as minhas, seus olhos de duas cores me encaram e sua respiração calma se espalha por meu rosto.

- Tomas... - seu nome sai com um sussurro trêmulo o que me deixou brava por parecer fraca.

-  Sabia que estava acordada - sorriu maliciosamente. - Finalmente - sua mão passa novamente em meu rosto - finalmente pude te ter Manylla, ter a minha ômega.

- Eu NÃO sou sua, não tenho nenhuma ligação ou destino com você - cuspi todas as palavras com todo o ódio que pude. Ele sorriu e deu uma gargalhada que me fez tremer de medo.

- Você estar aqui  é o destino. Você estar em minha cama é o destino. A lua cheia será na próxima semana e já estão marcando para Sexta, nesse dia a tornarei minha predestinada, se tornara minha luna e por fim nos casaremos e você terá meus queridos filhos herdeiros da nova geração.

Senti um embrulho se espalhar em meu estômago e a vontade de vomitar me preencheu, estar escutando aquilo de Tomas era nojento e podre.

- Você não pode dormir comigo, sou a Luna de outra pessoa e é o alfa, posso morrer se fizer isso, posso morrer antes mesmo de ter as crianças. - falo tentando o fazer mudar de idéia.

- Minha querida Manylla, você não entende?! Não foi marcada, Jason poderia ter deixado uma marca temporária em você, mas não o fez. Jason prefere ficar livre e aproveitar o máximo enquanto Sexta não chega, ele está se divertindo ao máximo enquanto não está preso a uma garota que ele mal conhece e já dizem ser sua noiva. Vê se percebe, ele te despreza e te mantém afastada. E com isso posso te fazer minha a qualquer hora. - seu rosto se retorce em pena e seus olhos ficam escuros tomando todo seu olho. - Agora você é minha e só MINHA! Olhe em emus olhos Manylla - tento desviar o olhar, mas ele puxa meu rosto me impedindo.

Destinada a vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora