ᴍᴜsɪᴄᴀʟ ɪɴᴅɪʀᴇᴄᴛ ♫︎ - ᴊᴀᴅᴇ ᴡᴇsᴛ x ʏᴏᴜ (ᴘᴛ ʙʀ)

19⌫

JADE WEST'S POV:

Eu não acredito. Eu não acredito! Eu vi os braços de S/n. Seus lindos braços, cheios de hematomas e cortes, profundos e rasos. Parecia que ela usava um instrumento diferente a cada vez que se cortava. Eu não posso julgá-la, é difícil. Eu já passei por isso. Me cortava sempre, sempre. No chuveiro, na pia, na escola. Em todo lugar que me fazia sentir raiva, tristeza, desapontamento, decepção e muitos outros inúmeros sentimentos. Mas, depois de longos 6 anos na terapia e inúmeras sessões entediantes que eu jurava não ajudarem nada no meu desenvolvimento pessoal, eu venho controlando esse vício. Eu estava a caminho da recepção chamar uma enfermeira para avisar sobre Olívia, enquanto pensava em tudo isso. Encontrei um enfermeiro e o avisei. Ele me seguiu até o quarto de Olívia e começou a checar todas aquelas bobagens, como batimentos cardíacos, a temperatura, pulsação, a respiração, entre outros.

Enfermeiro- Bom, ela está bem, porém, vamos pedir para que ela não faça esforço. Daqui a pouco eu trago uma lista de recomendações. Ah, e prazer, meu nome é Zack.

S/n- Obrigada, Zack. Eu sou a S/n.

Essa conversa já estava me tirando do sério. Ele parecia um tonto! Estava a fim da minh- quer dizer, da S/n. Dava pra ver só pelo olhar.

Jade- Voltando a conversa hospitalar, quando a pequena vai ter alta?

Zack- Quem sabe, no mesmo dia que eu levar essa bela moça para jantar. O que acha?

Eu estava incrédula! Quem ele pensa que é? Um idiota, só pode.
E a S/n riu! Eu ainda mato esse moleque!

S/n- Quem sabe, né?

Ela falava sorrindo.
Eles ficaram lá só conversando. Até que eu resolvi me pronunciar, né!

Jade- Zack, querido. Você não tem outros pacientes não? Quem sabe alguém pode estar morrendo neste momento, e você não vai estar lá para tentar ajudar com essa sua fama de bom moço, não é? Então, eu eu acho melhor você ir lá, atender esse senhor que esta engasgando, ou tendo uma parada cardíaca! Nunca se sabe, não é? Bom ao julgar pela idade dele, se ele levantar a mão para o céu, Deus leva!

Apontei para o quarto ao lado, onde tinha um senhor quase morrendo.

Jade- Sai daqui! E sai de perto dela! Tá bom? Estamos entendidos?

A este ponto eu já tinha minha tesoura, que estava em minha cintura, apontada para o pescoço dele, e ele se cagando de medo.

S/n- Jade! Caramba! Solta ele!

Ela fala arrancando a tesoura da minha mão, eu tava indignada!

Jade- Ei! Devolve minha tesoura! Ninguém fala comigo assim! Nem me trata desse jeito!

Eu disse indo pra cima dela.

S/n- Obviamente, alguém deveria!

Abusada!
Estávamos nos atacando e brigando a um tempo, e nem percebemos que o cagão- digo, Zack, saiu de fininho.
Eu estava em frente a S/n, e ela perto do sofá. Estávamos discutindo quando eu fui dar um passo a frente, que resultou em uma torção em meu pé, fazendo com que eu tropeçasse, empurrando ela. Ela caiu no sofá e eu cai em cima dela. Nossos rostos estavam tão, mas tão próximos que se eu quisesse beijá-la, não teria esforços. Trocamos olhares e ficamos um tempo nos encarando, uma em cima da outra. Até que meu lábio inferior encostou levemente em sua boca, o que fez nós nos afastarmos. Droga, que ambiente com um clima bizarro! Eu decidi nem falar sobre os cortes de S/n, pois naquele ponto, já tinha esquecido este detalhe.

Jade- Hmm, acho que já vou indo.

Eu avisei, de um modo confuso, assim como meus pensamentos.

S/n- A-ah, claro. Muito obrigada pela visita.

Jade- Te vejo na escola?

S/n- Talvez, se Olívia melhorar.

DEUS! A OLÍVIA! Ela tava lá o tempo todo! Ela viu o nosso quase beijo! E a nossa discussão! Eu iria traumatizar uma criança para sempre! Olhei para a menor, e graças a bondade do universo, ela estava dormindo novamente. Dei tchau para S/n e sai rapidamente do quarto, com minha cabeça a mil. Quando cheguei em casa, estacionei o carro na frente da mesma, e entrei. Ainda não havia caído a ficha do que aconteceu. Em meio aos meus pensamentos, esbarrei em meu irmão de 9 anos, que corria pela casa, o que gerou uma outra discussão.

Jade- MERDA! Nick! Dá pra olhar por onde anda ou seus quatro olhos não servem pra nada?!

Fiz um mini bullying com seus óculos do homem-aranha. Eu amo- quero dizer, tolero meu irmão, mas naquele momento, não tinha paciência pra nem olhar pra cara dele e de ninguém.

Nick- Ei! Vou contar pra mamãe! MÃEEEEEE! A JADE FALOU PALAVRÃO, GRITOU E FEZ BULLYING COMIGO!

Ele grita, tentando chamar atenção de minha mãe que está no andar de cima. Porém os gritos dela e do meu pai são maiores.

Jade- Ei, pequeno.

Eu me acalmei e abaixei pra falar com ele.

Jade- Para de ser tonto e lembra que eles estão brigando!

Eu dou um tapa leve em sua cabeça.

Nick- MÃE! AGORA ELA ME BATEU! Mãe? Mãe...?

Ele perguntou de novo, quando não obteve resposta.

Jade- Vamos, eles não vão responder. Vá para o seu quarto, toma um banho, por que tá parecendo que lutou com o homem-aranha na segunda guerra mundial de tanto suor.

Eu apontei para o óculos dele. Dá pra perceber que eu adoro zoar com o óculos dele, né?

Jade- Depois que você estiver arrumado, eu te levo pra passear em algum lugar.

Eu estava tentando distrair ele da grande briga que estava acontecendo no quarto dos meus pais.

Nick- Tá bom, mas você não devia estar na escola?

Jade- Chega de perguntas, cabeção! Cala a boca e vai tomar um banho.

Dei outro tapa nele e ele saiu choramingando dramaticamente. Eu bato nele, mas é amor.

Subi para meu quarto, e fiquei assitindo televisão enquanto esperava o meu irmão terminar de se arrumar. Como esse menino demora!

Notas da autora

Oiiii genteee! Outro cap aqui pra vcs❤︎ Vcs gostam de capítulos mais longos ou mais curtos? Me falem aí! Espero muito que gostemシ︎

Capítulo revisado. 1035 palavras.

Beijos, ☽︎Moon☾︎