CAPÍTULO 22

1.5K 138 42
                                    

ɢᴀʀ/ᴍᴜᴛᴀɴᴏ

Depois que o jantar chegou ao fim Conner e eu arrumamos tudo na cozinha, ele estava mais animado que os outros dias, parece que a irmã da Kory mandou uma mensagem por ela. Acho que logo os pombinhos irão se encontrar.

- Mas você não vai embora né?

- Como assim embora? - ele me olha confuso - Tipo, ir embora pra valer?

- Embora pra valer, se você conseguir mesmo ir pra Tamaran provavelmente não vai querer voltar mais.

- Bem... Eu não sei Gar, mas assim que eu decidir o que eu vou fazer você será o primeiro a saber.

- Ótimo, por que ainda não conseguimos dar um jeito de andar no batmóvel - dou um tapinhas nas costas dele.

- Nós nunca vamos conseguir isso mas, sonhar não custa nada pequeno tigre.

Bufei batendo o pé no chão, desde que Conner inventou esse apelido infeliz pra mim eu não tive um minuto de paz.

- Pequeno tigre, porra, para com isso.

- Foi mal, é que saiu sem querer - ele riu - Mas você tem que admitir que combina com você.

- Vou parar de falar com você viu, escuta o que eu tô te falando.

Saí andando da cozinha tentando deixar ele pra trás mas Conner me segura pela camisa me puxando um pouco mais forte que o normal pra que eu voltasse. 

- Que foi? Não tem mais nada pra fazer aqui.

- Quero falar uma coisa com você.

- Você tem toda a minha atenção, é uma fofoca de alguém? - sussurro dramaticamente.

- Sim, sobre você - ele aponta pra mim - Você tá passando muito tempo com a Rachel, mais tempo que o normal.

- Somos amigos, o que você espera?

- Eu sei, mas uma hora vocês não olham um na cara do outro e outra hora vocês ficam se encarando, dando sorrisinhos e tentando disfarçar. Eu sou um bom observador, Gar.

- Isso é coisa da sua cabeça, a saudade da sua namorada está começando a mexer com seus neurônios - dou um tapinha na sua testa - Maluquinho, maluquinho.

Dou uma risada nervosa e tento sair mas ele faz o mesmo de antes, me puxa pela camisa, mais um pouco Conner consegue rasgar minha camisa linda. Uma das minhas favoritas.

- Você não consegue me enganar, eu sempre percebi o jeito que você ficava quando falava dela. Seu coração ficava acelerado, bizarro. Comece a me contar tudo.

- Bizarro é você vendo coisa onde não tem.

- Gar! Vou usar a força bruta com você - Conner me mostra o punho e aproxima do meu rosto.

- Conner pelo amor de Deus - falo desesperado - Um murro seu me desmonta inteiro, que brincadeira sem graça.

- Tudo bem, sem violência. Me conta, vocês estão namorando?

- Vocês quem?

- Rachel e você.

- O que tem?

- Vocês estão... Você entendeu - ele me olha desconfiado - Vocês estão!

- Você é esquisito - começo a me afastar.

- É diferente agora, você sempre fugia do assunto mas agora tá agindo diferente.

- Tchau, Conner.

Sai correndo da cozinha mas ainda consegui ouvir ele rindo e dizendo que estava certo, ele realmente está mas eu não acho que esteja na hora de contar o que está acontecendo entre Rachel e eu. Nós nem sabemos o que é isso, só estamos dando alguns beijos. Acho que eu deveria perguntar a ela mas não sei como.

HAPPIER || GARCHELOnde histórias criam vida. Descubra agora