The sake of being with you [ TRADUÇÃO ]

2

Eu sou um monstro, penso comigo mesmo enquanto estou sentado em outro jantar em família com Harry, sua esposa e seus três filhos.

Já se passaram três semanas desde a noite em que dormimos juntos pela primeira vez, e depois disso, simplesmente não conseguimos parar. Nós tentamos, no entanto. Nós tentamos o tempo todo. Tentamos ficar longe um do outro, mas Harry sempre volta para mim.

Continua acontecendo da mesma maneira quase todas as noites. Quase todas as noites, depois que os filhos de Gina e Harry adormecem, Harry foge de sua casa, aparata no meu apartamento e bate na minha porta. Eu nunca consigo dizer uma palavra para ele antes que ele já esteja me beijando e me levando para minha cama, onde ele me fode. Logo depois, ele sempre sai, volta para casa para dormir ao lado de sua esposa... só para voltar na noite seguinte.

Sim, nós dois estamos mais do que conscientes de quão errado e doentio isso é. Nós dois estamos nos sentindo muito culpados por isso, fazendo coisas assim pelas costas de Ginny... mas não podemos parar. Não podemos ficar longe um do outro. Algo continua nos puxando juntos, vez após vez.

E aqui estou eu de novo, jantando com Harry e sua família, fingindo que somos apenas um afilhado normal e seu padrinho. E é difícil. Tão difícil.

É terrível ver Harry com sua esposa e seus filhos. Ele está agindo normal, fazendo o papel de um inocente e amoroso marido e pai, agindo como se nada tivesse acontecido entre nós, quando na realidade ainda há um pouco de sua porra dentro de mim da noite passada. Eu sei que ele tem que fingir por causa de sua família, e eu sei que ninguém pode saber sobre nós... mas ainda dói.

O que me faz sentir ainda mais mal é que Ginny está mais uma vez agindo tão docemente, de um jeito maternal comigo. Ela continua perguntando sobre minha saúde, meu trabalho e minha vida amorosa. Ela também está perguntando se está tudo bem, tendo notado minha falta de apetite durante o jantar. Digo a ela que está tudo ótimo, evitando cuidadosamente olhar para Harry, cujos olhos estão mais uma vez me observando do outro lado da mesa da cozinha.

Eu nunca me senti mais terrível. Gina não deveria agir tão bem comigo. Eu não mereço a gentileza dela. Se ela soubesse o que está acontecendo pelas suas costas, ela me expulsaria de sua casa com certeza.

Eu sou um monstro. Uma puta. Um destruidor de lares. Sinto-me tão culpado... mas ainda assim, mal posso esperar por esta noite. Mal posso esperar para passar mais tempo a sós com Harry.

*

Eu sou uma puta suja, eu penso comigo mesmo uma hora depois, Harry está me beijando contra a parede na biblioteca do andar de cima, enquanto James, Alvo, Lily e Gina estão todos lá embaixo, sem saber o que está acontecendo. Todos eles acham que Harry está aqui para me ajudar a encontrar um livro da biblioteca deles, uma desculpa que inventamos para podermos nos beijar sem ninguém suspeitar de nada.

"Merlin... Harry...", eu gemo entre o beijo, meus dedos desesperadamente agarrando seu cabelo bagunçado.

"Esses jeans", é tudo o que Harry murmura contra meus lábios, mãos tateando minha bunda através do tecido do meu jeans apertado. "Eles deveriam ser proibidos... Seu maldito provocador."

Outro gemido escapa dos meus lábios enquanto Harry se move para beijar meu pescoço, nossas virilhas firmemente pressionadas uma contra a outra.

"Ssh... Cale a boca", ele sussurra contra a minha pele. "Nós não queremos que ninguém descubra sobre nós, não é?"

Eu balanço minha cabeça. Não, eu não quero que ninguém descubra, porque então teríamos que parar de fazer isso, e de jeito nenhum eu quero que isso pare. Eu sei que isso foi longe demais, mas não posso parar. Eu preciso de Harry, e ele precisa de mim. Nós precisamos um do outro.