Capítulo - 2 "Até os cachorros o amam"

8.4K 539 92
                                    

- Bom, aqui será seu quarto. - Falou Miguel, abrindo uma porta.

O quarto era de cor azul bebê, com vários brinquedos e ursinhos. Havia um armário branco com duas portas transparentes, com prateleiras ao lado, onde estavam alguns dos ursinhos e a cama ficava no outro lado, com uma janela atrás, dando uma vista para um laguinho com patinhos. De frente para a cama havia uma tv bem grande, e ao redor delas havia uma estante preta rodada de brinquedos e livrinhos. Também havia uma cômoda, com um colchonete de ursinhos em cima e ao lado da cômoda uma mesinha amarela com uma cadeirinha.

- O que achou? - Pediu Mike

- Se não gostar de alguma coisa aqui, só me falar que mando trocar.

Enquanto eu olhava as coisa do quarto, que eu havia achado muito bonito, o homem que havia me buscado continuava a olhar para as minhas coxas.

- Eu gostei, é bem gandi. - Falei baixinho.

- Ah, naquele porta tem um banheiro, você não pode entrar lá sozinho, principalmente se for tomar banho, já que você pode acabar caindo. - Miguel falava, mas não estava prestando atenção.

Eu olhava para um ursinho nas prateleiras que havia chamado minha atenção, Carlos viu que eu o olhava com atenção e perguntou a mim.

- Você o quer?

Eu apenas afirmei com a cabeça, levando meus dedinhos a boca, por medo que ele pudesse o derubar já que o ursinho estava em um lugar bemmm alto.

Carlos me deu ele e eu o abracei. Olhei para os olhos de Carlos que me olhava com as bochechas meio vermelhas.

- O-obigado. - Falo, admirando os olhos dourados dele.

- Bom, tá com fome? - Perguntou Miguel, chamando minha atenção.

E afirmo com a cabeça.

- O que essa coisa linda quer comer? - Mike me perguntou.

- Maishimelo. - Falo animado, fazendo eles ficarem vermelhos.

- Ok, mas primeiro vamos te dar um banho e trocar de roupa. – Jake fala.

Ele pega minha mão e me guia até uma porta, acho que o cara grande falou que ali ficava o Banheiro.

- Eu dou banho nele!

- Ei! Eu quero dar. - Protestou o irmão dele.

- Nos dois damos então. Os dois ali são muito brutos, vão assustar o menino.

Miguel e Carlos apenas viraram o rosto para o lado, o que achei engraçado e ri.

- Do que está rindo pequeno? - Pediu Carlos.

- De vocês não é óbvio? - Falou o homem que segurava a minha mão.

- Vamos logo Jake, deixa eles pra lá. Eu quero ver esse pequeno sem roupa.

- Olha lá o que vão fazer com ele! - Falou Miguel com a voz mais grossa que antes, e saiu do quarto com Carlos.

- Não somos que nem você, babaca. - Murmurou Mike.

Entrando no banheiro, Jake começou a tirar minha camiseta. Como a mamãe fazia sempre isso quando eu ia tomar banho não me importei.

Mas me assustei quando ele ligou o chuveiro, eu não gosto de água, e a banheira ficava cada vez mais cheia dela, comecei a chorar e sai correndo para fora do banheiro, só de cueca.

- Ei, garoto! Volta aqui! - Jake gritou.

Passei correndo por Miguel e Carlos, que também gritaram, mas eu tava com muito medo da água. Tanto que começaram a sair água dos meus olhinhos.

- Eu não quelo!! Aaah.

Narrador(a):

- Ei Carlos. Você trancou o portão, certo?

- Que port...ah. Merda! - Ele saiu correndo para o portão do pátio, onde seus cães ficavam, e com essa gritaria do menor eles certamente o atacariam.

- Que poha Carlos! – Miguel gritou.

O menino que agora estava longe o suficiente da água, longe do "perigo" parou de correr e se escondeu atrás de uma árvore no jardim.

- Ufa! - suspirou aliviado colocando a mão no coração.

*Latido e rosnado

O menino se assustou e virou-se devagar, vendo quatro cachorros gigantes a sua frente.

- AAH!

.

.

.

- Poha Carlos! Aquela merda dos seus cachorros vão comer o menino. Onde ele se enfiou? – Miguel reclamava.

Eles procuravam tanto o menino quanto pelos cachorros, quando um grito chamou a atenção deles.

- Lá! - Gritou Carlos, saindo em disparada para o lugar.

Os homens com medo que o menino podesse estar totalmente machucado, se não morto, no pior dos casos. Quando chegaram no local, se surpreenderam ao ver os cães sanguinários de Carlos, lambendo o rosto do menino.

- kkk, para! Faz cócegas. Para. - O menino tentava se livras deles, mas era inútil, ele estava deitado no chão, com os quarto em cima dele.

- Ah mano. Até os cachorros o amam. - Make falou para o irmão, que olhava os cães em cima de Nicolás

- Zeus, Bruce, jade, Ozzi! - Chamou Carlos - Senta!

Os cachorros o olharam, e Carlos fazia uma cara assustadora, assustando os cachorros que pararam assim que o dono os ordenou.

- Você está bem? - Perguntou Miguel levantando o menor, assim que os cães se afastaram.

- Eu *atchin. Tô bem. - O menino estava com o nariz vermelho, e uma sequência de espiro veio.

- Acho que ele é alérgico a pelo de cachorro. - Falou Jake.

- *Atchin, Atchin.

- Até o espiro dele é fofo! - Falou Mike, com os olhos brilhantes.

- Vem, vamos entrar. - Falou Miguel pegando o menor no colo, e voltando para o banheiro.

O Baby DelesOnde histórias criam vida. Descubra agora