Capítulo 52 " Lasanha"

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- AVISO NO FINAL DO CAPÍTULO.


°•Miguel °•


Enquanto eu gritava com alguns acionistas em uma vídeo chamada, recebo uma ligação e ao notar que quem me ligava era da escola de Niki, silencie meu microfone e desliguei a câmera.

— Boa tarde. Eu falo com Miguel Santorine?

— Eu mesmo, aconteceu alguma coisa?

— Na verdade sim. O Nicolas se meteu em uma briga hoje, durante o recreio e preciso que você ou um dos outros responsáveis por ele compareça a escola.

— Como o Niki está? – É a primeira coisa que me vem pela cabeça, se meu pequeno estava machucado.

— Ele está com alguns arranhões, mas já foram tratados na enfermaria da escola. Seria possível você estar na escola em meia hora?

— Sim, logo estarei aí.

Desligo o celular não acreditando no que acabei de ouvir. Niki se meteu em uma briga e estava machucado, e pode apostar que o culpado por isso iria sofrer por ter encostado nele.

Volto para a vídeo chamada lhes informando que teria que sair, isso certamente me causaria uma perda de alguns milhões, mas isso não chega nem perto do que Niki vale para mim.

Pego a chave do meu carro e vou para a garagem, onde encontro Carlos mechendo no motor do carro dele.

— Onde vai com tanta pressa? – Ele me pergunta sem retirar seus olhos do carro.

— Niki se meteu em uma briga, tô indo pra escola. – Falo já entrando no carro, e antes mesmo de ligar ele Carlos entra no carro.

— Tá esperando o que? Liga logo essa porcaria de carro.

Reviro os olhos, mas faço o que ele mandou e vou para a escola.

Chegando lá, vamos direto para a direção onde uma secretária já nos esperava e nós encaminhou para a sala da diretora.

— Bom dia. Vocês devem ser os responsáveis pelo Niki, por favor, sentem.

Ela aponta para uma cadeira vazia ao lado de Niki, onde Carlos se senta e eu pego meu pequeno no colo e me sentei em sua cadeira.

Niki estava com as roupas sujas e alguns furos, e seu rosto estava vermelho e com alguns arranhões. Ao lado dele estava uma menina de cabelos pretos junto de seus pais.

Puxo o rosto dele para mim examinar melhor, o que me deixou puto, ao escutar o mesmo soltar um gemido de dor.

— Quem fez isso com ele? – Carlos pergunta autoritário.

— Estamos aqui para conversar, já que os dois se recusaram a falar qualquer palavra desde que entram aqui.

— Você está bem? – Pergunto para Niki, que com os olhos marejados nega com a cabeça.

— Que tipo de educação vocês dão a este menino? Olhe só para o que esse pirralho fez com a minha filha. É por isso que está escola não deveria proporcionar bolsas a marginais.

— O QUE VOCÊ DISSE?  – Carlos bate na mesa e se levanta. – Repete.

— Por favor, se acalmem. Estamos aqui para entender o que aconteceu.

Puxo Carlos pela manga e ele senta, ainda furioso, ele se encosta mais na cadeira.

— Então, Marina. Pode me contar o que aconteceu?

O Baby DelesOnde histórias criam vida. Descubra agora