Capítulo Dois

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ANDEI TÃO distraída que esbarrei em alguém no corredor dos quartos

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ANDEI TÃO distraída que esbarrei em alguém no corredor dos quartos.

— Ah! Desculpe, não estava...

— Oi, Dary. — Drystan sorriu em sua magnífica calma, abriu os braços e me envolveu, ele sequer sabia da existência da tradição, ninguém o contaria até o dia da coroação, ele não poderia saber. — Quanto tempo não vejo você! Como vai? Acho que você cresceu, você já está tão alta... Estavam jantando? — Minha garganta fechou e eu não consegui responder, apenas retribuí o abraço e consegui me acalmar, mas meus olhos ainda estavam vermelhos e eu não consegui esconder isso dele. — Você está bem? Estava chorando? — Ele olhou para frente, como se procurasse alguém pelos corredores. — Mamãe fez algo à você?

— E quando que ela não faz algo? — Ele estalou a língua e pensei em contar sobre a história da coroa.

Mas minha língua enrolou, eu não poderia jamais revelar isso à ele, seria egoísmo meu preocupá-lo com isso.

— O que ela fez? — Meneei a cabeça, senti que se abrisse a boca jogaria todo meu estresse nele. — Você está bem? Está bem, mesmo?

— Estou bem, sim. — Soltamo-nos e ele bagunçou meus cabelos, passou o polegar em minhas bochechas, ainda preocupado. — Mamãe... Mamãe sempre tem algo pra falar, não é? — Tentei sorrir mas não passou de um soluço reprimido.

— Quer dar uma volta de cavalo?

— Agora? — Ele acenou. — Perdão, Drys, agora não posso... Podemos ir amanhã... ou... que tal fugir do palácio e ir passear de madrugada? Nunca mais vi o sol nascer perto do...

— Eu não posso sair de madrugada, estou tendo pouco tempo para dormir ultimamente, desculpe. — Ele pareceu triste, eu também estava triste, mas não quis demonstrar. — E tenho uma reunião amanhã bem cedinho...

— Podemos jogar cartas com Dan e Dareen antes de você ir deitar...

— Drystan! Meu filho! — Ouvir a voz doce e melosa de mamãe no fim do corredor me fez congelar por inteiro, ela sabia o que estava fazendo e eu odiava isso.

O enjoo em meu ventre quase me fez vomitar, não quis enfrentar os nervos de vê-la mais uma vez na mesma noite então beijei a bochecha do meu irmão, fingindo que não queria chorar. Ele não sorriu ao ver mamãe, manteve-se parado.

— Vejo você mais tarde! — Despedi-me e ele beijou minha testa.

Corri direto para o meu quarto. Eu perderia completamente a postura se tivesse de ouvi-la falar, tão alegremente, sobre a coroação dele.

Assim que fechei a porta atrás de mim, deixei-me cair em desespero.

— Você perdeu, Princesa?

— Ah! — Cobri minha boca com as mãos e arregalei os olhos de susto, tinha esquecido que Castiel, meu guarda, aguardava-me voltar do jantar. Acalmei meus nervos e assenti. — Sim, Cassy, eu perdi.

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