Capítulo Quinze

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QUANDO FINALMENTE estávamos longe da cidade e ainda longe da divisa, Grandioso parou de trotar

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QUANDO FINALMENTE estávamos longe da cidade e ainda longe da divisa, Grandioso parou de trotar. Cansado. Castiel nos levou até um pequeno rio e desceu do cavalo, depois me colocou em seus braços e me ajudou a descer. Lavei as mãos na água do rio e observei o reflexo do meu rosto, meus cabelos ainda estavam aceitáveis, mas não pude evitar de penteá-los com os dedos uma segunda vez.

Ana chegou segundos depois.

— Por que paramos? — Castiel, que alimentava o cavalo com macaxeira, arqueou a sobrancelha, incrédulo.

— Porque, infelizmente, não viemos de tapete mágico. Cavalos precisam descansar um pouco. — Ele acariciou o focinho do cavalo e Ana desmontou, roubando duas macaxeiras da cesta dele e dando para o cavalo branco comer. — Já estamos há três horas correndo sem parar, não podemos matá-los de exaustão.

Grandioso se deitou e Castiel apoiou-se nele enquanto tirava da cesta de piquenique de Ana um misto quente enrolado em guardanapo, já estava frio e o queijo talvez tivesse endurecido, mas o homem comeu com gosto, como se não se alimentasse há dias.

Ana apenas cruzou os braços e pegou um morango.

— Um pão por uma macaxeira. — Ele sorriu e deu outra mordida no pão, roubei um também, Ana, porém, não pegou nenhum.

— Não vai comer? — Perguntei e ela negou com um aceno, encostando-se no próprio cavalo.

— Comi antes de sair, não estou com fome, obrigada.

— Faz três horas que saímos. — Falei novamente e tirei de minha bolsa um pente de madeira, Castiel olhou para mim e riu quando comecei a desembaraçar meus cabelos.

— Eu não quero comer. — Ana repetiu. — Não agora, não comam tudo.

— Tarde! — Castiel roubou outro pão, agora sem queijo, só requeijão.

Era implicância dele, como Ana só deu uma risadinha, Castiel colocou o pão de volta na cesta e deitou de barriga para cima.

— O que faremos quando chegarmos lá?

— Afinal quem é essa sua amiga? — Perguntou Castiel, sentando-se bruscamente. — Pode confiar nela?

— Chamo de amiga, mas não somos próximas. Ela me deve um favor, só isso.

— E quem é ela?

— Diz ela se chamar Kompidine.

— Meu Deus, que nome horrível. — A gaitada de Cassy me fez perder a postura e lhe joguei uma pedrinha na cabeça.

— Você não poderá dizer isso quando chegarmos lá. — Ana o repreendeu e levantou-se indo até o rio para lavar o rosto suado. — Não podemos usar os nossos nomes de verdade enquanto estivermos lá... E você não poderá falar, Castiel.

Ele pareceu profundamente ofendido.

— Oxe, por que não?

— Kompidine não gosta de homens. — Ela sorriu como se tivesse ganhado alguma briga. — Principalmente os tagarelas.

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