Capítulo Doze

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ESTÁVAMOS VOLTANDO no mesmo carro para casa, eu e meus irmãos

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ESTÁVAMOS VOLTANDO no mesmo carro para casa, eu e meus irmãos. Por nossa sorte apenas mamãe e papai ficaram em Calanthe para terminarem de resolver os assuntos que tinham com Cristina, nossa presença, depois do desastroso café da manhã, era desnecessária. Não conversamos muito nos primeiros minutos de viagem, mas como era de se esperar, o silêncio morreu ainda nas ruas do palácio.

Comemos biscoitos de manteiga no caminho e tomamos café, Drystan preferiu comer pão enquanto observava a paisagem da cidade de ouro se desfazer conforme entrávamos na estrada.

— Então... — Começou Damir. — Acho que perdi alguma coisa.

— Eu também. — Dareen complementou.

— Também perdi alguma coisa. — Disse eu e Drys já entendeu o que queríamos, antes de sequer abrir a boca ele olhou para Ana, como se tentasse calcular se valia a pena contar com ela presente. — Está tudo bem, pode falar.

Ana apenas sorriu e os três franziram a testa.

— Não a conheceu ontem? — Damir abriu a boca de novo.

— Sim, mas...

— E a considera confiável? — Dareen parecia descrente.

— Eu estou dizendo que é. — Respondi por fim e Drystan aceitou a resposta.

Mas eu não considerava, por algum motivo, só parecia a coisa certa a falar.

— Mãe quer casar Daryia com qualquer rico aleatório de Calanthe.

Silêncio.

— Com o príncipe? — Para não perder o costume, Damir fez a primeira pergunta.

— Uma princesa? — Ainda seguindo o roteiro, Dareen falou após ele.

— Casar? — Engasguei e Ana me deu um copo d'água.

Drystan massageou as têmporas e apertou os lábios, fechando os olhos como se repassasse na memória o que deveria contar e o que não deveria.

— Ela queria ter decidido isso meia noite mas você desapareceu...

— Por que? — Damir.

— Ela vai vender a Dary? — Dareen. — Pai sabe disso?

— Não, ele não sabe e ela não quer que ele saiba.

— E como você soube? — Perguntei contendo o enjoo que me fazia querer vomitar tudo que tivera comido no mês inteiro. Drystan não abriu a boca. — Drystan, como você soube?

— Ela achou que eu ia aceitar...

— Ai meu Deus. — Damir.

— E precisava que eu assinasse em meu nome como rei, já que as coisas viriam a público depois e...

— Não creio. — Dareen.

— Assim ela poderia convencer a Rainha Cristina que era de boa vontade, que você ia aceitar e que pai e eu tínhamos concordado com isso.

A Coleção do PríncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora