— ONDE É este lugar?
Perguntei tomando do café que me ofereceram e comendo de uma bandeja enorme de biscoitos. Fui tomada pela distração e pela conversa calorosa e receptiva e quando percebi estávamos em um campo aberto, comendo biscoitos e conversando com mais pessoas.
Nunca estive ali e nunca tinha visto nenhuma daquelas pessoas, mas mesmo assim, sentia a forte sensação de que podia confiar nelas, minha intuição geralmente não falhava e dessa vez decidi que era correto segui-la.
Honestamente, no fundo do meu coração, talvez, eu estava mais agarrada ao fato de Ana confiar em Kompidine que evitei pensar sobre o quão distante estava, se corria perigo ou não. Também não me importava muito.
Alguns estavam em bancos de pedra e outros no chão. O céu azul combinava com a grama verde e o palácio dourado e tive a impressão de realmente ter invadido o paraíso, de ter morrido e estar nos jardins celestiais, na vida pós morte.
— É confuso... — Falara "Kompidine".
Observei as feições de cada um, mesmo já tendo sido devidamente apresentados eu não lembrava de seus nomes.
— E você? — A mulher que vi mais cedo tirando flores do cabelo dirigiu-se a mim. — De onde é?
— Moro em um reino chamado Anwar, sou filha de um casal... importante.
— Ela é princesa. — O homem de cabelos pretos ao qual, se não me engano, chamava-se Klyo, revelou e senti meu rosto queimar.
— É... faz sentido, mesmo. — Outra pessoa abriu a boca, era um homem de cabelos castanhos e ondulados.
— Cale a boca, Apolo. — Repreendeu a que gostava de botânica.
— Eu não sei como vim parar aqui. — Pigarreei. — Mas...
— Ela busca uma coroa de um príncipe do reino vizinho... — Começou Klyo. — Ela não sabe qual é a coroa correta e não sabe onde está e...
— Já falei para você parar com isso. — Winter jogou uma fatia de pão nele, o pão caiu na grama, ele pegou, soprou e comeu.
Eu estava alucinando?
— Depois que você conseguir o que procura, talvez eu lhe conte. — Klyo falou e eu soube que a confusão ficou estampada em meu rosto. — A nossa história é muito longa, eu não conseguiria contá-la tão brevemente... Talvez não passemos de um conto.
— E se eu não conseguir? Muitas coisas dependem disso e... — Encarei as nuvens no céu. — Eu não queria afetar as pessoas à minha volta, acabei envolvendo muita gente nessa aventura. — Estranhei, foi como se eu não tivesse movido a boca para falar, não ouvi minha voz e no entanto, eles pareciam ouvir e prestar atenção.
Talvez tudo isso fosse invenção de minha cabeça e eu estivesse enlouquecendo aos poucos.
— Enfim, se veio aqui é porque precisa de algo. — Falou um homem sentado ao lado de Apolo. Ele era forte e seus cabelos curtos eram brancos como os da moça que se chamava Winter. — Se estiver ao nosso alcance, ajudaremos.
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A Coleção do Príncipe
Romance"Não tinha como me esconder dos olhos de minha mãe. Eles estavam por todos os lados. Eles viam todos os meus movimentos. Ela sabia onde eu estava." Princesa miserável, minúscula, ansiosa e surpreendentemente pobre. Após uma...