13. Você Me Salvou.

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LIAM.

Devon cumpriu com o que tinha dito e passou o dia todo comigo. Eu não conseguia parar de olhar para ele, não conseguia parar de olhar para o seu cabelo escuro, seus olhos azuis de oceano, tão belos que pareciam irreais. Eu amei cada momento daquele dia. Por fim, no fim da tarde, sentamos no sofá e comemos pizza direto da caixa. Eu ri limpando o ketchup do canto de sua boca e ele ficou estupefato quando eu disse que achava um crime comer pizza com molho. 

— Como você pode por ketchup na pizza? Você é italiano, porra! — Balancei a cabeça em falsa decepção. — O Papa deveria te excomungar. 

— Eu sou italiano e tampouco sou católico, então, já estou pecando de qualquer forma. — Devon rolou os olhos de oceano. — Deixe meu ketchup em paz.

Eu ri como sempre fazia; cheio de amor e esperança, feliz como a porra de uma criança, porque Devon Rizzi despertava o melhor de mim. 

— Depois da virada, tem uma festa. Jhenifer, Lorenzo e eu vamos. Você… Quer ir também… Comigo? 

— Sim. — Eu respondi simplesmente.  Como poderia negar algo a ele? 

Horas mais tarde nós nos deitamos na minha cama. Ele tirou sua camisa e calça, ficando apenas de cueca, e eu continuei com minha calça de moletom, observando ele se mexer na cama por vários minutos até se virar e descansar a cabeça no meu peito. E assim ele pareceu dormir, sem mais girar de um lado para o outro. Passei horas acordado, acariciando seus cabelos escuros, observando-o em seu sono suave. Seu rosto quente contra o meu peito era a melhor coisa que eu já havia sentido. 

— Eu te amo. — Sussurrei. — Passar a semana longe de você foi uma merda.

E então eu adormeci depois de ter confessado para mim e para Devon que o amava. O amava mais do que conseguiria por em palavras. 

Acordei na manhã seguinte sozinho na cama; eu me levantei meio sonolento, ouvindo barulhos vindo da cozinha e cheiro de café. Eu não bebia café, eu nem tinha café em casa. Caminhei até a sala, vendo de longe Devon sentado no sofá com uma xícara de café e um pão doce na outra mão. 

— Onde você arrumou café? — Perguntei franzindo as sobrancelhas. Olhei para a cozinha, vendo um monte de sacolas sobre o balcão e uma cafeteira nova e brilhante. — Você comprou uma cafeteira? 

— Eu gosto de café, não sei fazer café sem uma cafeteira automática, então, comprei uma. — Ele deu de ombros dando um longo gole em seu café. 

— Você… — Eu respirei fundo. — Você precisa parar de gastar dinheiro comigo. 

— Não é com você. — Devon discordou com um sorriso falsamente angelical. — Como eu posso namorar um cara que não faz café? Preciso fazer o meu! 

— E as sacolas? 

— Comida para mim. — Ele piscou. 

Porra. Eu não conseguia mesmo ficar irritado com ele, então apenas revirei os olhos e voltei para o banheiro para escovar os dentes e passar uma água no rosto. 

— Você está irritado? — Ele estava me esperando sentado na cama quando saí do banheiro. Balancei a cabeça em negativa. 

— Não. — Me apoiei em seus ombros para me inclinar na altura do seu rosto e beijar seus lábios, mas minha cabeça girou prontamente e eu soltei uma respiração entrecortada quando caí para frente, sem forças, completamente mole. 

— Liam? — Devon chamou com um quê de desespero na voz. Eu pisquei lentamente tentando compreender o que tinha acontecido. Num momento estava caindo sobre Devon e agora estava deitado na cama. — Porra! Você está bem? 

DESTRUA-ME. - Saga Inevitável, Segunda Geração: Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora