LIAM.
Devon cumpriu com o que tinha dito e passou o dia todo comigo. Eu não conseguia parar de olhar para ele, não conseguia parar de olhar para o seu cabelo escuro, seus olhos azuis de oceano, tão belos que pareciam irreais. Eu amei cada momento daquele dia. Por fim, no fim da tarde, sentamos no sofá e comemos pizza direto da caixa. Eu ri limpando o ketchup do canto de sua boca e ele ficou estupefato quando eu disse que achava um crime comer pizza com molho.
— Como você pode por ketchup na pizza? Você é italiano, porra! — Balancei a cabeça em falsa decepção. — O Papa deveria te excomungar.
— Eu sou italiano e tampouco sou católico, então, já estou pecando de qualquer forma. — Devon rolou os olhos de oceano. — Deixe meu ketchup em paz.
Eu ri como sempre fazia; cheio de amor e esperança, feliz como a porra de uma criança, porque Devon Rizzi despertava o melhor de mim.
— Depois da virada, tem uma festa. Jhenifer, Lorenzo e eu vamos. Você… Quer ir também… Comigo?
— Sim. — Eu respondi simplesmente. Como poderia negar algo a ele?
Horas mais tarde nós nos deitamos na minha cama. Ele tirou sua camisa e calça, ficando apenas de cueca, e eu continuei com minha calça de moletom, observando ele se mexer na cama por vários minutos até se virar e descansar a cabeça no meu peito. E assim ele pareceu dormir, sem mais girar de um lado para o outro. Passei horas acordado, acariciando seus cabelos escuros, observando-o em seu sono suave. Seu rosto quente contra o meu peito era a melhor coisa que eu já havia sentido.
— Eu te amo. — Sussurrei. — Passar a semana longe de você foi uma merda.
E então eu adormeci depois de ter confessado para mim e para Devon que o amava. O amava mais do que conseguiria por em palavras.
Acordei na manhã seguinte sozinho na cama; eu me levantei meio sonolento, ouvindo barulhos vindo da cozinha e cheiro de café. Eu não bebia café, eu nem tinha café em casa. Caminhei até a sala, vendo de longe Devon sentado no sofá com uma xícara de café e um pão doce na outra mão.
— Onde você arrumou café? — Perguntei franzindo as sobrancelhas. Olhei para a cozinha, vendo um monte de sacolas sobre o balcão e uma cafeteira nova e brilhante. — Você comprou uma cafeteira?
— Eu gosto de café, não sei fazer café sem uma cafeteira automática, então, comprei uma. — Ele deu de ombros dando um longo gole em seu café.
— Você… — Eu respirei fundo. — Você precisa parar de gastar dinheiro comigo.
— Não é com você. — Devon discordou com um sorriso falsamente angelical. — Como eu posso namorar um cara que não faz café? Preciso fazer o meu!
— E as sacolas?
— Comida para mim. — Ele piscou.
Porra. Eu não conseguia mesmo ficar irritado com ele, então apenas revirei os olhos e voltei para o banheiro para escovar os dentes e passar uma água no rosto.
— Você está irritado? — Ele estava me esperando sentado na cama quando saí do banheiro. Balancei a cabeça em negativa.
— Não. — Me apoiei em seus ombros para me inclinar na altura do seu rosto e beijar seus lábios, mas minha cabeça girou prontamente e eu soltei uma respiração entrecortada quando caí para frente, sem forças, completamente mole.
— Liam? — Devon chamou com um quê de desespero na voz. Eu pisquei lentamente tentando compreender o que tinha acontecido. Num momento estava caindo sobre Devon e agora estava deitado na cama. — Porra! Você está bem?
VOCÊ ESTÁ LENDO
DESTRUA-ME. - Saga Inevitável, Segunda Geração: Livro 2.
RomanceO mundo da máfia era construído por honra e dever. A honra ditava os princípios, o dever dizia o que você faria. Devon Rizzi sempre soube seu lugar, o que era, e o que seria no futuro. o próximo Capo da Cosa Nostra nasceu e foi criado para ser o fut...