21. Alívio.

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PARTE DOIS. 
presente

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DEVON.

Sentado no sofá de Liam enquanto comiamos os doces do casamento de Jhenifer, meu namorado continuava rindo enquanto eu contava sobre Manoel Giordano dizendo “eu tenho” quando o padre perguntou se alguém tinha algo contra aquela união. 

— E o que ele disse? — Liam perguntou vermelho de tanto rir. 

Eu contei a história por cima, tentando não falar sobre como minha irmã foi atacada. Estupro era uma palavra proibida entre nós. Liam não queria lembrar, mesmo quatro meses depois, e eu não queria que ele lembrasse. 

— Quer conhecer minha casa? — Perguntei depois de um momento. Silêncio se seguiu conforme Liam arregalava os olhos. 

— Como assim? — Perguntou parando com um doce na altura da boca. 

— Meus pais viajam esse final de semana para Las Vegas. — Dei de ombros. — Tenho a casa só para mim.

— Não é perigoso? — Liam perguntou baixinho. Eu ri e me aproximei para beijar seus lábios. 

— Estou levando um amigo para casa. Qual o perigo? — Eu lambi seu lábio inferior e ele retornou o sorriso, mas eu me afastei porque aquele simples gesto haviam me dado ideias e dado ideias ao meu pau. Desde que eu perdi a virgindade, aos treze, nunca passei quatro meses sem transar. Céus. Eu nunca tinha passado uma semana sem transar. Liam franziu as sobrancelhas como sempre fazia nos últimos meses quando eu me afastava dele repentinamente. Eu sabia que ele estava incomodado, mas o fato dele não dizer nada me dava a sensação de que ele não estava pronto. E eu respeitaria. Poderia ficar o resto da vida sem transar se isso singificava que Liam estava bem, se sentindo cuidado e amado. 

A esse ponto ele já deveria saber que eu o amava, mesmo nunca tendo dito. Minha vida girava ao redor dele, cada momento livre eu passava com ele e quando estava ocupado ficava contando os minutos para vê-lo. 

— Passe o final de semana comigo? — Pedi de novo. Eu amaria ter Liam em minha casa, passar horas na piscina aquecida ou vendo filmes no cinema privativo. 

— Passo. — Ele abriu o sorriso mais meigo do mundo e eu jurei que faria de tudo para sempre vê-lo sorrir. 

Observei enquanto Liam ia para o quarto pegar algumas roupas e depois para a cozinha colocar seus remédios na mochila. 

— Você podia parar no posto para comprar cigarro. — Ele sugeriu com um sorriso faceiro. Ele sabia que eu odiava que ele fumasse, mas também sabia que eu não negava nada que ele pedisse. Revirei os olhos mudando a rota para passarmos no posto. 

— Qual cigarro você fuma? — Perguntei quando estacionei na pista acimentada ao lado da loja de conferência. 

— Qualquer um. — Ele murmurou tirando o cinto. 

— Deixa que eu compro. 

Saí do carro antes que ele pudesse argumentar. Seis meses de namoro e ele ainda odiava que eu gastasse dinheiro com ele; se ele soubesse o que eu tinha lhe comprado de presente de aniversário, que era em seis dias, ele surtaria. Pensei em comprar um carro, mas ele não sabia dirigir e quando tentei ensinar quase atropelou a porra de uma idosa. Decidimos que eu seria o motorista do relacionamento porque ele era um perigo para a sociedade. Entrei na loja de conveniência, minha presença sendo anunciada pelo tilintar de um sino irritante quando empurrei a porta de vidro. 

Segui até a seção de cigarros, pegando alguns de filtros diferenres, fortes e fracos e até mesmo alguns mentolados e caminhei até o balcão; o atendente entediado passou os códigos de barras no leitor enquanto eu desviava minha atenção para a televisão acima dele. 

DESTRUA-ME. - Saga Inevitável, Segunda Geração: Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora