18. Por favor, não.

1.5K 177 58
                                    

DEVON.


Eu era ótimo em fingir confiança em tudo que fazia para que as pessoas acreditassem que eu realmente sabia o que estava fazendo. Quando não tinha argumentos nas reuniões da Cosa Nostra, eu inventava alguma coisa na minha mente e usava palavras bonitas, todos me achavam culto e inteligente, mas eu só estava falando merda. Eu era bom em improvisar em todas as situações, em fingir que eu realmente sabia o que estava fazendo. Não foi diferente naquele momento, mas pelo visto, meu fingimento estava dando certo porque por mais perdido que estivesse, Liam estava segurando meus cabelos com força e gemendo a porra do meu nome entre arquejos. 

Se um ano atrás alguém me dissesse que eu teria cedido ao que sentia por garotos e estaria de joelhos chupando um cara, eu teria rido pra caralho, mas lá estava eu, de joelhos, coisa que eu nunca fiz antes; as pessoas se ajoelhavam para mim, não ao contrário. No entanto, foi bom. 

Excitado para o inferno, com o pau duro nas calças, eu me permiti ceder aos impulsos que sentia, aos sentimentos e desejos dentro de mim. 

— Porra. — Liam sibilou e aquela curta palavra carregada de tesão me deixou em êxtase.

Eu sabia como gostava de um boquete e tentei aplicar isso, improvisando como sempre. Esvaziei minhas bochechas ao engolir seu cumprimento até que atingisse minha garganta e ele gemeu mais alto, segurando meus cabelos com uma força que eu não imaginava vindo dele. Eu engoli novamente, sua ponta batendo na minha garganta conforme eu acelerava meus movimentos, meus lábios deslizando por seu pau. Era estranho que eu estivesse gostando tanto daquilo? Eu poderia ter a porra de um orgasmo apenas porque ele estava gemendo e agitando os quadris em minha direção. 

— Eu vou gozar. — Liam avisou firmando seu aperto em meus cabelos. Eu aumentei a velocidade que minha cabeça descia e subia, segurando com mais força a base de seu pau. Ele gemeu mais alto, quase desesperado, e seu corpo estremeceu, sua ereção se expandindo em minha boca. 

Eu gostava quando as mulheres engoliam, mas não sabia se isso seria bom; eu nunca tinha perguntado. Céus, isso poderia ser mais hétero babaca? Liam gozou em espasmos acelerados, um jato de líquido quente em minha garganta. Não era ruim, também não era bom, mas fiquei feliz por não ser insuportável. Eu engoli ruidosamente e ele gemeu uma outra vez antes de afrouxar o aperto no meu cabelo. 

Ofegante, eu me sentei no chão. Era horrível que não tivesse luz, eu teria gostado de ver seu rosto cheio de tesão enquanto eu chupava a porra do seu pau. Só de pensar nisso eu fiquei mais excitado ainda; dolorosamente duro. 

— Você tem certeza de que é a primeira vez que faz isso? — Liam perguntou entre respirações ofegantes. 

— Tenho. — Murmurei com uma risada orgulhosa. Eu era ótimo em fingir confiança. — Bom? 

— Incrível. — Ele disse com uma risada constrangida. Eu poderia imaginar seu rosto ficando vermelho pela vergonha. 

— Em comparação com os outros? — Uma pitada de ciúmes surgiu no meu peito quando perguntei aquilo. Bom, pitada era um eufemismo. Eu quase broxei de tanta raiva. Liam riu novamente. 

— Foi a primeira vez, então não poderia dizer. 

— Primeira vez? — Aquilo me deixou confuso. — Mas você e Oliver…? 

Eu odiava Oliver com todas minhas forças, eu queria tortura-lo com a minha faca. 

— Não era muito sobre mim. Nunca era sobre mim, na verdade. — Liam bufou. — Ele só… Eu fazia coisas por ele e pronto. 

— Que tipo de coisas? — Perguntei forçando minha voz a permanecer calma, mas saiu num tom perigoso. O que diabos era aquilo? 

— A gente transava, algumas vezes. Não era bom. Era doloroso e eu me sentia nojento. Depois eu vomitava e prometia que não ia acontecer de novo. Mas aí acontecia porque eu era fraco para dizer não.

DESTRUA-ME. - Saga Inevitável, Segunda Geração: Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora