Capítulo 25

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As festas de fim de ano foram legais. Nossas famílias resolveram se unir, no dia de natal para um almoço, e isso rendeu muitas risadas para Michele e Taiana, que provocavam Fabrício que estava ressaca por beber demais com os primos na véspera de natal, e ele fingia que nada disso havia ocorrido para não causar uma má impressão a meu pai. Que nem ao menos estava dando tanta importância ao estado dele, pois passou a maior parte do almoço conversando com a mãe de Fabrício sobre hospital e coisas relacionadas.

No ano novo passamos na casa dele, pois Tatiana havia organizado uma festa. Eu não estava animada por isso, mas meus pais sempre iam para a praia, o que eu não gostava, e o Saulo, que geralmente era com quem passava, iria passar com os pais de Adelaide, então acabei indo para a festa.

Um mês depois ela organizou outra festá, uma despedida das férias. Eu claramente não queria ir, mas Tatiana e Fabrício insistiram, e apenas por realmente ser uma semana antes do início das minhas aulas, fui.

Quando cheguei a casa já estava cheia de universitários, e como Tatiana havia decidido fazer um evento a fantasia, todos vestiam roupas coloridas e estrafegantes, alguns de super-heróis e personagens fictícios. Eu não gostava de fantasias, então foi ideia de Michele que eu apenas colocasse meu jaleco e óculos das aulas de química avançada que fiz. Fabrício, se vestiu de químico também, só que usando um macacão amarelo e mascará especiais, segundo ele, em referência a uma série sobre um professor de química que passava a fabricar drogas ilícitas.

Fiquei uma parte da festa do lado de dentro, mas a companhia dos primos de Fabrício nunca me era confortável, então optei por enfrentar o som alto e dar uma volta no jardim da casa em algum momento, quando a noite já avançava.

Encontrei com Tatiana ao lado da mesa de bebidas, onde peguei uma das latinhas de refrigerante e troquei algumas palavras com ela antes de virar no intuito de voltar para dentro, não suportando muito o som e a agitação ali, mas acabando por esbarrar em um rapaz, derrubando sua bebida de cor vermelha tanto no meu jaleco, quanto na blusa branca dele.

— Merda! — disse ele alto, aproximando o rosto do meu. — Você sabe onde é a lavanderia? Porque isso é vinho e vai manchar sua roupa.

O encarei levemente, notando que ele não parecia esta fantasiado, e teria dito que estava tudo, se ele não avisasse que era vinho, então assinto e caminho apressada para dentro da casa, tirando o jaleco no caminho. Entro na cozinha, passando direto até a lavanderia. Eu nunca havia usado algum equipamento dali, então parei um momento para analisar como ligar aquele equipamento.

— Posso colocar minha blusa junto? — me assusto, virando e vendo o rapaz com quem esbarrei. — Desculpa, não quis assustar.

Ele dá um sorriso sem graça e pisco olhando para a máquina.

— Se souber mexer nisso, pode colocar junto. — respondo.

Sem problemas ele avança e tira a camisa, ficando com o torço nu, logo estendendo a mão para mim, pedindo o jaleco, mesmo levemente incomodada pela "nudes" dele, lhe entrego o jaleco e olho ele apertar alguns botoes, colocar as duas peças de roupa na lavadoura e apertar mais um botão para iniciar o processo.

— Gente, o que houve... PJ, porque está sem camisa com a minha cunhada? — Tatiana olha entre nós dois.

— Cunhada? — ele me olha. — Então você é a famosa, Beatriz?

— Famosa? — arqueio uma sobrancelha.

— Comento sobre você com meus amigos, mas o foco aqui é, porque PJ está seminu com você na lavanderia. — ela cruza os braços o encarando.

Explico o ocorrido e ela balança a cabeça com um suspiro, entrando mais no não muito espaçoso cômodo e puxa uma blusa de uma pilha, jogando para o amigo.

Don't Falling For MeOnde histórias criam vida. Descubra agora