Capítulo 22: Dias Felizes

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Aspen dirigiu até lá em silêncio, ao chegarmos na casa dele entro e olho ao redor. Era um apartamento sem divisórias e grande, as janelas eram enormes o que deixava o apartamento bonito, as paredes cinza gelo, móveis sofisticados, uma cozinha no estilo americano, cama de casal grande e ali uma porta que imaginei ser o banheiro, do lado oposto um sofá de couro e televisão, já ao lado uma porta de vidro grande que dava para a sacada. Era irônico como um local combinava tanto com seu morador, aquele lugar era a cara de Aspen.

—É bonito, o apartamento - digo por fim acabando com o silêncio.
— Valeu, tá meio desorganizado mas pode ficar a vontade.
— Beleza - me sento no sofá e o silêncio volta a tona - acho que devíamos conversar...
— Também acho.
— Por que não me consultou? Achei que íamos resolver isso juntos - pergunto calma.
— De verdade? Nem eu sei, acho que fiquei com ciúmes e um pouco de raiva na hora...

(Que? Ciúmes do que meu pai amado?)

— Ciúmes? Por quê?
— Você sabe, Maxon pode ir no seu quarto sempre que quer, podem sair em público juntos...
— Mas isso você sempre soube, o que mudou dessa vez? - perguntei levantando a sobrancelha.
— Você - Aspen me encara - você tinha sofrido um acidente e eu nem pude te abraçar ou pegar na sua mão por mais tempo, só pra mostrar que estava ali, e quando voltamos pro castelo e ele ficou lá cuidando de você e eu sem fazer nada... aquilo me consumiu.
Fiquei surpresa e sorri achando aquilo a coisa mais fofa do mundo, balancei a cabeça e o olhei.
— Você só queria ficar do meu lado então.
— É. 
— Você é um idiota - me levanto e vou até ele colocando meus braços ao redor de seu pescoço - ficou comigo a maior parte do tempo e ainda fala como se estivesse longe de mim por um ano - brinquei
— Sabe como é - ele me lançou um sorriso provocador e colocou as mãos na minha cintura - não aguento ficar longe de você.
— Obrigada por se preocupar comigo - sorri e o abracei.
Ele me abraçou e depois se afastou um pouco, colocou sua mão em meu rosto e me beijou, era um beijo doce e suave, que eu retribui e sorri.
— Pode dormir na cama comigo hoje - falei perto de sua boca e nós dois sorrimos.

Fomos até a cama e me sentei enquanto Aspen foi ao banheiro, suspirei e sorri depois me deitei na em um dos cantos. Ele apareceu e se sentou no outro lado, respirou fundo e disse:

— Elisa.
— Oi - me sentei e o olhei.
— Eu disse a mim mesmo que faria isso quando pudéssemos nos assumir... - ele disse de cabeça baixa.
— O que? - o olhei confusa
Aspen se levantou e abriu uma das gavetas da sua cômoda, pegou algo e veio até mim se sentando ao meu lado.
— Elisa, sei que talvez não seja o momento perfeito pra isso mas não quero esperar mais - ele abriu uma caixinha de veludo mostrando duas alianças - quer namorar comigo? Desta vez sem ser as escondidas.
O olhei surpresa e sorri feliz para um c******.

— Você ainda pergunta?
Aspen sorriu é pegou as alianças, colocou uma em seu dedo e a outra no meu, ele beijou minha mão e sorrio novamente me olhando.
— Eu te amo muito.
— Eu também te amo - disse e o beijei.
— Agora finalmente vou poder dizer aos quatro ventos que você é minha namorada - Aspen disse e se deitou na cama.
— E agora eu não posso dizer por aí que estou solteira - disse o provocando fazendo cara de arrependimento.
Ele me olhou de boca aberta e me puxou para se deitar com ele.
— Aceitou porque quis, ou melhor, porque meu beijo é beleza te enfeitiçou - disse ele se gabando.
Eu ri e balancei a cabeça.
— Não posso negar.
Nós sorrisos e ele me dá um selinho, por fim dormimos abraçados e completamente felizes, o sorriso bobo no rosto de Aspen era impagável. Naquela noite fechei meus olhos sentindo que tudo daria certo, que nada poderia me abalar e eu esperava muito que estivesse certa.

Nos dias seguintes eu e Aspen nos encontrávamos sempre depois do seu trabalho, normalmente ele me buscava na casa da irmã da Katt me levava para sua casa para ficarmos juntos.

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